Como advogado que atende na área trabalhista, tenho notado o crescente problema do estresse no ambiente de trabalho e seus reflexos na economia.
Apenas para exemplificar, foram registrados 87,2 milhões dias de afastamento do trabalho por doenças mentais na Alemanha e provavelmente esse problema é mundial.
Um aumento de 97% nos últimos 10 anos. Especialistas estimam que os custos relacionados beira 26 bilhões de euros.
Por outro lado, já foi comprovado que o maior motivador para um funcionário não é ganhar aumento de salário, mas sim ter um ambiente de trabalho leve e o reconhecimento profissional.
Mas em meio a competividade e cobrança no mundo corporativo cabe a pergunta: Ainda temos tempo de sermos humanos na gestão de pessoas?
Não precisamos apenas de administradores de empresa, mas precisamos de líderes.
Expor os colaboradores a jornadas abusivas de trabalho e cobrar resultados como se pessoas fossem máquinas, ao contrário do esperado, não vai gerar resultados positivos, vai resultar em mais resultados negativos.
A ganância tem transformado homens em monstros. Precisamos resgatar o amor ao próximo também no ambiente de trabalho.
O medo do desemprego caso tenha um baixo desempenho, leva os colaboradores a neurose, estresse e ansiedade. Fora que vai consequentemente desencadear problemas familiares.
O Departamento de Pessoal dentro de uma empresa tem que atuar desde a contratação até a demissão, mas seu principal papel é de atuar de forma inteligente criando formas de manter os colaboradores motivados proporcionando um ambiente saudável.
Os líderes do século 21 têm uma tarefa muito difícil. Porque as antigas estratégias são irrelevantes na atualidade. Tem que se pensar na produção, mas sem se descuidar do bem estar de seu colaborador.
O verdadeiro líder esta sempre em alerta e é sensível ao que acontece a seu redor.
Nesse ponto que observamos que os grandes líderes são chamados para liderar porque fazem a diferença.
Desta forma, nossa proposta com essa reflexão é de causar mudanças institucionais. Pois ambos os cenários devem coexistir, economia e bem estar.
Pesquisas cientificas recentes, estão estudando os efeitos da compaixão e gratidão entre as pessoas e como isso afeta nossas vidas e diminui os níveis de estresse. Essas novas descobertas no campo psicológico e neurológico devem ser estimuladas dentro das instituições para que assim se mude a cultura e traga resultados positivos para todos.
A cultura só pode mudar através de cada individuo.
Não quer dizer que o colaborador ficará livre pra fazer o que quiser, mas dá-lhe confiança de provar seu valor. Certo sábio disse: “A liberdade é ter o direito de assumir a responsabilidade”.
Na idade Média, no Império Romano e na Antiga Grécia era diferente. Tinham que desenvolver a razão. Todavia, nós temos que desenvolver o amor e a consciência. Interesse nos humanos e no mundo.
As pessoas em um ambiente de trabalho tem que sentirem úteis, saber que tem opções, e que pode pensar soluções nas mais variadas situações de trabalho. Isto é algo, que todo mundo sabe, mas ninguém tem coragem de aplicar em suas empresas.
Cada um de nós tem a responsabilidade de deixar uma pequena contribuição no mundo, deixar a sociedade cada vez melhor. Saber que a vida de alguém foi mais fácil porque você viveu a sua vida e facilitou para outras pessoas, isso sim, significa que você não viveu em vão.
Saudações a todos!
