Sou filho de Antonia de Lima Pedro, uma das sete filhas de
Luiza Senhorinha de Conceição e Manoel Sebastião de Lima, nascida em 05 de
novembro de 1939 na cidade de São Luiz do Quitunde em Alagoas.
Minha mãe estudou o bastante para os padrões da época,
completou o primeiro grau e chegou a trabalhar em fábrica, mas o forte como
toda a mulher daquele período era o preparo que recebeu para ser uma dona de
casa.
Ainda na mocidade se mudou com sua família para interior
região de Campinas, depois para a Zona Leste de São Paulo.
Oriunda de um lar com ensinamento cristão frequentava
enquanto solteira, a Igreja Assembleia de Deus, congregação da Águia de Haia –
Setor 9 – Itaquera, tendo como presidente do setor o Pastor Pereira.
Aos 16 de fevereiro de 1963 com a idade de 24 anos, se se
casou com Marcelino Pedro no cartório da Santa Efigênia.
Dessa união advieram ao casal quatro (quatro) filhos:
Jeferson Pedro, Wanessa Pedro, Regiane Pedro, Wagner Pedro Lima (aqui um
adendo, inclui judicialmente o sobrenome). Ainda teve um neto Renan Pedro da
Mata filho de Regiane Pedro com Renan da Mata.
Depois de casada, se mudou para o bairro da Vila Maria
período que procurava igreja para congregar. Depois nos anos 80 se mudou para
Vila Medeiros e passou a frequentar a Igreja Assembleia de Deus do bairro
ministério do Belém.
No dia 14/02/14 aproximadamente 08h00m, ela teve um
aneurisma cerebral. Foi socorrida pelo SAMU e levada para o Hospital São Luiz
Gonzaga, devido à gravidade da situação, foi removida para o Hospital Santa
Casa na Santa Cecília.
No dia 15/02/14 foi feito o procedimento cirúrgico para
drenar o sangue que havia sido derramado no lobo frontal direito e para
grampear a veia.
Desde então, ela permaneceu em coma na UTI, até que devido a
uma infecção hospitalar em múltiplos órgãos (rim e pulmões) ela veio a óbito em
13/03/14 causa broncopneumonia.
Já meu pai é o Marcelino Pedro, um dos treze filhos de Pedro
Hermínio da Silva e Maria Alexandre da Hora, nascido aos 18 de junho de 1937 na
cidade de Limoeiro de Anadia em Alagoas.
Meu pai sempre teve uma vida de muito trabalho, dos homens é
o irmão mais velho, e veio muito novo para SP e teve que aprender a sobreviver
em meio essa grande metrópole do Brasil.
Ele um ex-soldado PM, onde ingressou na Corporação em
31/07/1961, e por processo regular administrativo (Conselho de Disciplina) foi
excluído injustamente das fileiras da Polícia Militar em maio de 1985, contando
mais de 23 anos de serviço (o que se provou posteriormente ter sido um erro na
decisão).
No meio da turbulenta vida militar teve outros
relacionamentos e lhe adveio outros três filhos de mais dois relacionamentos,
que são: Emerson Pedro, Daniela Bastos Pedro e Wellington Bastos Pedro.
Na época de solteiro
frequentava a Igreja Assembleia de Deus do Ministério de Madureira na antiga
sede Rua Major Marcelino, 331 - Brás e depois pouco tempo na Assembleia de Deus
Ministério do Belém na antiga sede Rua Conselheiro Cotegipe, 273 – Belenzinho.
Mas discordando da doutrina logo se afastou da igreja, vindo a retomar apenas
muitos anos depois, a partir de 2014.
Agora falando um pouco mais de mim, sou o filho caçula dos
irmãos, com uma diferença significativa de idade em relação aos meus irmãos
(sendo que eu ainda criança os demais já estavam na adolescência e o mais velho
nas Forças Armadas).
Neste sentido me sentia como um filho único dentro de casa,
mas não posso reclamar dos mimos do meu pai embora que fazia de tudo pra chamar
a atenção de minha mãe.
Mamãe sempre trabalhou muito para deixar os afazeres
domésticos a contento de meu pai. Inclusive ela já me teve com a idade de risco
após os 40 anos de idade e hoje entendo que foi muito cansativo para ela a
responsabilidade me criar.
Interessante, que, na minha infância me sentia muito
sozinho, me achava desprezado por todos, e procurava ficar o maior tempo que
pudesse na rua quando me era permitido.
Sentia-me um rebelde sem causa, apesar de ser bem vestido,
bem alimentado, bem tratado, sentia dentro de mim muita rejeição e raiva.
Minha vida começou a mudar interiormente quando comecei a
ter experiências de certa forma até traumáticas eu diria, porém que me
amadureceram e muito.
Lembro-me que estudava o pré-escolar no Colégio Escola
Municipal de Educação Infantil Prof. Ítalo Bettarello e em certa ocasião uma de
minhas irmãs foi me buscar na porta do colégio, e por culpa de minha
desobediência não quis lhe dar a mão ao voltar para a nossa casa.
Mas neste dia chovia muito, muito mesmo, e houve uma
enxurrada que me arrastou pela Rua Tosca. Lembro-me que engolia muita água, e
senti muito temor, mas em pensamento vinha às palavras que minha mãe sempre
dizia lá em casa: - Jesus! E então em pensamento comecei repetidas vezes a
pensar neste nome, quando de repente senti um solavanco e fiquei preso a algo.
Muito depois descobri que a mochila em minhas costas havia se prendido no
escapamento da carcaça de um carro poucos metros antes da boca de lobo, ou
seja, por pouco não cai no rio. Nesse dia comecei a entender que minha vida era
preciosa de alguma forma que ainda não sabia.
Eu sei que a vida seguia seu rumo, eu tinha poucos amigos,
um se chamava Douglas e outro Vagner... Mas logo eles se mudaram lá da rua e
fiquei sem amiguinhos por um tempo.
Passava meu tempo na rua e vez e outra ia à igreja de
domingo à noite, mas preferia mesmo ficar em casa assistindo TV com meu pai.
Mas daí passei a ir com minha mãe em uns cultos domésticos
em varias casas diferentes. Interessante que morria de medo, pois nesses cultos
tinha exorcismos e coisas que lembram filmes de Hollywood (risadas). Mas teve um dia em especial, em que cantaram
uma musica muito conhecia na igreja chamada “Eu navegarei” e recordo-me, que
senti algo que não sabia explicar na época (parecia meio que uma presença, do
tipo quando tem alguém do seu lado e você fecha os olhos – sabe que esta lá
mais não consegue ver), mas era uma sensação boa, me trouxe paz... Dai comecei
a entender que existia coisas muito além do que podemos ver.
Mas não muito depois disto, teve algumas ocasiões em que
ficava sozinho em casa, e lembro que comecei a ter calafrios, sensações ruins,
e às vezes ouvia barulho na garagem e ia até lá, e nada encontrava, às vezes ia
até cozinha porque ouvia a máquina de escrever datilografando e chegava até lá
e nada. Naquela mesma semana fui ao culto de domingo. E o Pr Alberto Rezende
pregava em Vila Medeiros (de certa forma era um sermão que poderia alguém até
dormir, sem muita eloquência), mas inexplicavelmente só lembro que ao final
estava em prantos indo em direção ao altar fazendo a confissão de que estava
aceitando a Jesus Cristo como meu salvador, e logo um garoto de minha idade,
chamado André foi ao meu encontro e me abraçou e ali recebi a oração.
Comecei a frequentar assiduamente os cultos, e a participar
do grupo dos adolescentes. Mas ainda continuava há ficar mais tempo na rua do
que em casa. Eu sei que sempre fui respondão (risadas). E sei que em uma dessas
vezes na rua, fui espancado de uma gravidade tão grande que corri o risco de
ter um traumatismo craniano fora que perdi alguns dentes. O que aconteceu? O grande segredo que poucos
sabem é que de alguma forma meu cérebro apagou tudo... Só sei o que me disseram
na época, que um garoto 5 anos mais velho tinha feito a quilo comigo, e pelo
que dizem por que também foi mandado por outro mais velho ainda que na verdade
queria atingir a meu pai através de mim. Se for verdade eu não sei, mas essa
acabou se tornando a historia oficial.
Foi um período difícil, fiquei alguns dias sem ir à escola,
até que meu pai arrumou uma prótese dentária, mas daí ficava acuado em sala de
aula, envergonhado, já me sentia um pouco assim por ser um gordinho, e agora
banguelo, imagina? E tive um efeito sanfona, comecei a perder peso, e perdi a
vontade de ir à igreja, de ir à escola e de sair de casa. Fora o medo de
acontecer algo pior comigo na rua, e mesmo sem saber o porquê? Também fui
julgado pelos meus próprios pais que diziam que tudo era culpa minha, pelo fato
de ter sido desobediente e sempre ficar na rua.
Eu sei que após um período, algo aconteceu, eu já tinha o
hábito de ler muito, livros e principalmente gibis do Conan, mas minha mãe
sempre pegava no meu pé para eu ler a Bíblia.
E um dia, sozinho, ouvindo música, peguei uma Bíblia e abri
totalmente aleatoriamente, e caiu em Isaias 43:19 “Eis que farei uma coisa
nova, e, agora, sairá à luz; porventura, não a sabereis?”. Eu senti algo tão
forte dentro de mim, como se alguém tivesse enfiado a mão no meu coração e
tirado todo o lixo que estava ali. Naquele dia eu decidi voltar a frequentar a
igreja.
Nesse intervalo eu recebi ainda em casa a visita do
Robertinho e Taciana amigos lá da igreja. E sempre depois do culto outro amigo
Jeremias me trazia até em casa até o dia que retomei a confiança para andar
sozinho na rua (bastante tempo depois se diga). Mas na igreja tinha uma turma
que gostava muito de ficar junto, Salatiel, Marcelo Amorim, Priscila Amorim
(amigos que até hoje mantenho contato).
Passado pouco tempo, por incentivo do Pr. Natanael Farina,
me tornei candidato ao batismo e me batizei nas águas em 28/12/1997.
Depois desse período minha vida era escola e igreja e antes
dos 15 anos já tinha lido a Bíblia pelo menos duas vezes.
Nos anos 2000 arrumei um trabalho dos 14 para os 15 anos de
idade, era office boy (adorava trabalhar na rua) o local era uma loja de
refrigeração chamada Karijó (esse nome mesmo – risadas), pensava que antes dos
21 anos já seria independente (coitado de mim – risadas).
No ano de 2002 com 17 anos comecei a dedicação aos estudos
da Bíblia Sagrada já tendo como foco ser pregador. Queria ser um pregador
famoso (risadas) era apenas um garotão, mas logo alguém quis jogar um balde de
água fria, dizendo que quem troca o “r” pelo “l” ao pronunciar as palavras só
tinha vocação pra ser “cebolinha”.
Mas pouco tempo depois estava em um culto doméstico na casa
de uma irmã chamada Maria José, e havia uma irmã de estatura bem alta que
falava firme, chamada Ivonete, ela se dirigiu até mim dizendo que Deus havia me
chamado para ser um pregador, e que tudo que havia passado até então é para me
direcionar a meu destino. Disse que seria muito desprezado e que teria poucos
amigos, e que um dia Deus me daria uma esposa que estaria comigo lado a lado.
Lembro que pouco tempo depois, do nada, em um dia de
quinta-feira, igreja meio vazia, o saudoso Pr Rômulo me deu oportunidade para
pregar, e logo de cara foram 20 minutos falando, o sermão tinha até título “o
tempo de cantar chegou”.
No ano de 2003 com 18 anos fui convidado para auxiliar o
grupo de adolescentes local, atendi ao chamado prontamente, ao ponto que fiz
inclusive um curso na Igreja Batista, PAVI (Preparando o Adolescente para Vida)
recebendo aulas do Pr. Wanderley Rangel Filho. E já em 2004 entrei no CPO Curso
Preparatório para Obreiros (interessante que na minha sala só tinha diáconos,
presbíteros e até pastores ordenados e apenas eu de garoto) a turma nem me dava
bola. Sentava ao lado de um amigo, Milton Prado.
Mas logo cedo fui aprender que ministério em igreja não é
fácil, como tudo na vida tem espinhos. Minha primeira experiência marcante
ocorreu em meio a uma situação um tanto como estranha. Após dirigir e encerrar
a um culto (reunião), já do lado de fora da congregação, percebi um alvoroço,
um aspirante a obreiro na época, havia se desentendido com um jovem que fazia
pouco tempo que tinha reconciliado.
Depois fiquei sabendo
que o desentendimento ocorreu porque o jovem estava com intuito de namorar uma
garota do grupo da mocidade, e no juízo daquele aspirante a obreiro ele deveria
ficar de observação até porque ele estava retornando e precisava ajustar
algumas coisas em sua vida.
Desta forma o jovem sabendo que tal situação havia se
instalado, ele supostamente teve um comportamento ríspido ou algo similar com a
esposa deste obreiro. Dado o calor do momento, ambos entraram em uma calorosa
discussão.
Depois de toda a confusão, ouvi o então dirigente da
congregação dizer, que iria tomar duras atitudes em relação ao jovem “brigão”,
foi então o momento que tomei parte e disse que havia testemunhado a toda
confusão e que ambos haviam se exaltado.
Mal compreendido, fui chamado a comparecer a uma salinha que
naquele dia serviu de gabinete pastoral, e na conversa que aconteceu, foi sugerido
que eu estava com inveja do aspirante a obreiro, que teria que apoiar qualquer
decisão pastoral, porque na ótica daquele pastor, eu devia muito a ele pelas
oportunidades que eu estava recebendo, e fui ofendido, foi me dito, que eu não
era absolutamente ninguém, logo não teria credibilidade qualquer testemunho que
me propusesse a dizer em contrário.
Sem experiência, retruquei afirmando que seguiria
permanecendo convicto da minha opinião. Resumindo, fui corrigido publicamente,
por suposta afronta e ainda coagido a pedir perdão no culto de Ceia perante
toda a igreja, juntamente com os outros dois (entrei de gaiato no navio –
risadas).
Não demorou muito veio outra frustração, quando cuidava
juntamente com outra irmã, de aproximadamente 15 adolescentes, esta contagem
era superior ao grupo de jovens na época.
O fato é que, ambos os grupos deveriam encaminhar para Sede
Regional um determinado valor mensal, que segundo a liderança geral servia para
a preparação de Congressos (eventos promovidos pela Igreja).
Desta forma, como o grupo jovem local estava sem uma
liderança, consequentemente não estavam contribuindo. Neste contexto, um dia
fui chamado naquela mesma salinha que vez e outra serviam de gabinete pastoral,
sendo comunicado que ambos os grupos estavam sendo juntados, sem ao menos poder
opinar.
Na tentativa de explicar o que aprendi no curso de liderança
na Igreja Batista, argumentei que os grupos deveriam ser separados de acordo
com sua respectiva faixa de idade, mas foi ratificada a decisão, e
consequentemente fiz minha renúncia do cargo, fui imediatamente chamado de
“bode” pelo então pastor por não atender a sua pretensão.
Após o ocorrido, tive uma passagem rápida por outra igreja
pentecostal, entre 2006 a 2008 na AD Madureira de Vila Sabrina não demorou
muito fui recomendado ao pastor por alguns amigos que lá tinha e que já eram
obreiros, para compor uma equipe de líderes de jovens formando um grupo de
quatro líderes, sendo que eu seria o primeiro vice, para cuidar de um grupo de
aproximadamente 70 jovens.
Período este muito difícil pra mim, pois não consegui me
entrosar com os demais líderes que já se conheciam há muitos anos, e que
aparentemente não gostaram da decisão do pastor em me incluir na equipe (sendo
eu um novato, ficou parecendo que ocupava o cargo por conta da indicação)
enfim, talvez tenha sido impressão minha, mas o fato é que não me encaixei
muito bem no trabalho ou poderia dizer que não me sentia com liberdade para
desenvolver algum projeto que viesse a idealizar.
Depois retornei a minha igreja mãe em vila Medeiros, sendo
que ainda fui vice-líder de jovens e por um período bem curto líder. Ainda me
mantive firme no meu chamado, pregando em outros ministérios, em pontos de
pregação e em evangelismo.
Mas por um tempo, voltei a desanimar, e decidi abrir mão de
minha vocação por um período, procurando novas aspirações, desta forma
ingressei na Universidade para cursar Direito, inclusive na época algumas
pessoas da igreja me disseram que iria perder meu tempo e outras que não iria
conseguir pagar a mensalidade e me formar, porém insisti no meu objetivo, sendo
que entre 2006 até 2011 só me dediquei a minha carreira e por fim consegui meu
bacharelado.
Nesse período também foi de muitas mudanças, estava com meu
segundo carro, fazia parte do serviço auxiliar voluntário da PM, uma espécie de
soldado temporário, mas com direito a fardamento. Pensa como me sentia?
Risadas... Então neste período tinha deixado de lá a baixa alta estima da
adolescência e pensei comigo, agora vou namorar, e conheci algumas supostas
jovens que se intitulavam cristãs (mas muito rápido percebi que o testemunho
que se apresentava dentro da igreja não condizia com o testemunho que se
apresentava fora, isso me deixou bastante desapontado).
Mas após meu tempo na PM, fui iniciar os meus estágios da
Faculdade e durante meu estágio na Defensoria Pública do Estado de SP conhecia
a Suzana. A primeira vista sua beleza me chamou muito atenção, mas não era o
suficiente, queria algo sério pra minha vida, queria conhecer a pessoa, seus ideais
etc.
Lembro-me muito claramente, que um dia fui acompanha-la até
sua Faculdade a FIG e ali paramos em um local para tomar um suco, e ali comecei
a relatar todos meus temores, o medo de quando não tivesse mais meus pais
presentes, o medo de não conseguir me formar, e de não ser ninguém importante
na vida, o medo de não conseguir deixar minha marca neste mundo (papo
totalmente sem noção para um encontro não é verdade?), mas ali ela (Suzana) foi
atenciosa e compreensiva comigo, e dali houve outros encontros... Enfim,
percebi que ela era a pessoa certa para construir uma vida juntos, e estamos
juntos até hoje, enfrentando muitas coisas, mas sempre tendo vitórias.
E neste período comecei a escrever, a principio para ajudar
um amigo Pedro Silva, depois comecei a escrever materiais que o propósito era
para conscientizar minha esposa e seus familiares acerca da minha fé, e por fim
comecei a escrever o que não conseguia pregar nos púlpitos (risadas). Se eu me
considero escritor? Absolutamente não! Se eu gosto de escrever? Adoro escrever
mesmo sabendo que não sou tão bom, mas também sei que não sou tão ruim.
No ano de 2012, com 27 anos, voltei aos poucos a colaborar
na minha igreja, dando algumas aulas eventualmente na EBD até receber o convite
pelo superintendente para assumir de vez um lugar entre os professores.
Depois passei a ajudar na portaria da igreja e com tudo mais
que estivesse a meu alcance.
Em 2012 já estava inscrito nos quadros da Ordem dos
Advogados do Brasil e trabalhando na Operadora Claro o qual pretendia seguir
firme na empresa e fazer carreira. Mas infelizmente por algo alheio a minha
vontade fui dispensado.
Neste período já estava me planejando para casar então
mergulhei de cabeça na advocacia mesmo sem ter apoio financeiro de ninguém, a
não ser incentivo do meu pai, até procurei alguém da família pra ajudar, mas
sabe como é né? Tem coisas que é só com a gente apenas e mais ninguém...
Em 2014 perdi a minha mamãe como disse no inicio de minha
escrita... fiquei meio desnorteado e muitas pessoas me ajudaram a superar o meu
drama. Lembro que minha amiga Edna Castro até passou e lavou minhas roupas por
um tempo. Tempos tenebrosos em que acordava suado no meio da noite com
pesadelos. Mas mais uma vez Deus falou comigo (na verdade a essa altura já
havia tido muitas experiências sobrenaturais, mas que não caberia aqui escrever
tudo).
Nesse mesmo ano eu e minha esposa decidimos subir ao
altar. Bastante estresse na organização.
Até para casar tive que falar com um amigo Pr Sergio Moreira da IBAVIME (Igreja
Batista de Vila Medeiros) porque como ela não era de minha igreja não poderia
ser feito o casamento na Assembleia de Deus (mas como diz o ditado, quem tem
amigo não morre pagão). Pr Serginho foi como um pai e nos cedeu seu templo e
salão para cerimônia e recepção. Muitos até foram duros dizendo que iria
estragar meu ministério da pregação da palavra casando com a Suzana (o que
nunca ocorreu, minha esposa embora nem sempre me acompanhar, sempre respeitou
muito minha vocação ministerial).
Voltando a parte do casório, o pessoal da minha igreja super
me ajudaram. No meu dia de noivo estive na casa da Edna e do Adilson e comemos
uma baita feijoada, olha que coisa hilária (risadas). Lembro-me que nas
vésperas ficamos até de madrugada na arrumação das coisas. Solange, Edna,
Luciana, Salatiel, Gabriel que dia memorável! Essas pessoas citadas arregaçaram
as mangas e trabalharam duro neste dia. E outra benção aconteceu, faltavam
ainda muitas coisas para comprar e montar a casa, daí sem mais nem menos o Salatiel
acessou a lista de compras pelo celular e comprou tudo que faltava (que amigo
heim), louvado seja Deus. Enfim nos casamos...
Ainda em 2014 iniciei uma sociedade profissional com o Dr.
Fernando Maciel e Dr. Luiz Paulo, mas o primeiro se removeu ficando apenas o
Dr. Luiz e foi um período bom do ponto de vista comercial para se ganhar
honorários, e ficamos em sociedade até 2016.
Voltando aqui rapidinho para questão da minha vida na
igreja. Como já disse, desde sempre estava frequentando a igreja. Tive muitos pastores: Edson de Melo, João
Alves, Eurotildes Antão, Sebastião Batista, Salvador Herrera, Eugênio de Jesus,
Alberto Rezende, Natanael Farina, Pedro Pereira, Isaias Alves, Manuel Neto,
Cesar Lopes, Marcus Vinicius, José Ari, Inácio (AD MADUREIRA) Davi Miranda,
Samuel Hissa, Casemiro Souza, Sidney Scarpini e Cícero Honorato.
E depois de muitos anos empenhado no serviço da igreja, por
indicação do Pr Gilberto Vilas Boas, finalmente fui reconhecido e consagrado em
2017 para o cargo de diácono (já estava até perdendo a fé – risadas).
Dei continuidade nos estudos teológicos, dei continuidade em
ler e escrever livros dei continuidade nos estudos seculares também, fazendo
vários outros cursos de curta duração. Hoje faço parte de vários projetos,
inclusive alguns sociais e outros de evangelização, faço ainda estudos
bíblicos, atualmente tenho pregado em várias igrejas de denominações diferentes
(e se tem uma coisa que me faz sentir vivo é exercer o ministério da pregação).
Minha esposa e eu estamos para completar 4 (quatro) anos de
casados e desde 2009 que estamos juntos e felizes e principalmente mais
experientes do que no inicio.
Enfim, quem sabe você tem se perguntado por que escrevi tudo
isso? E acredite se quiser, escrevi de uma só vez (risadas). Eu estou
escrevendo para externar o quanto sou grato a Deus, porque até aqui Deus me
ajudou em tudo. E eu ainda tenho muitos projetos para serem realizados. Mas
quando olho para trás eu tenho a certeza que TODOS ELES SERÃO CONCRETIZADOS
PORQUE DEUS É BOM EM TODO TEMPO EM TODO TEMPO DEUS É BOM.
Espero que tenha gostado afinal todos nós gostamos de uma
história (risadas).
Atenciosamente, Wagner Pedro Lima.
SOLI DEO GLORIA