De
que modo às pessoas são arrastadas para um falso cristianismo? Muitas vezes
começa nas relações interpessoais normais, quando algumas pessoas tentam
convencer outras a adotar um certo ponto de vista ou a participar de um
determinado grupo.
A
partir do momento que uma pessoa é levada para dentro de um grupo, a dinâmica
do grupo começa a atuar. Ao longo dos anos, temos visto o surgimento de
movimentos de grupo que usam vários meios de manipulação para atrair,
persuadir, intimidar e prender.
O
povo de Israel aderia à idolatria das nações vizinhas quando o verdadeiro Deus
vivo não lhe dava o que queria, na hora em que queria. É só lembrar que Saul
preferiu procurar a feiticeira de En-Dor do que buscar o conselho do Deus vivo.
Quem
está com pressa fica vulnerável a cair na tentação carnal de ir atrás desses
aventureiros espirituais que afirmam ter encontrado um meio melhor, mais rápido
e mais prático de alcançar a plenitude espiritual. Os testemunhos, cura e
experiências profundas surgem aos montes.
Embora
muito cristãos estejam prevenidos quanto alguns abusos espirituais, eles podem
ser atraídos para esses desvios pelo uso de técnicas que descreveremos adiante.
À
primeira vista, muitas dessas técnicas parecem inofensivas e até benéficas, mas
elas podem ser apenas os primeiros passos que conduzirão o crente a ciladas e
experiências contrárias à Bíblia, algumas delas oriundas do ocultismo.
As
igrejas começaram a desenvolver ministérios com pequenos grupos, seguindo
modelos semelhantes.
Tem
ocorrido uma verdadeira explosão de grupos dentro da comunidade cristã que
utilizaram atividades individuais e em grupo para promover doutrinas
antibíblicas. Os cristãos precisam ter discernimento, porque esses grupos podem
usar a Bíblia e parecer muitos bíblicos.
Existem
métodos mais enganadores, como usar meios tortuosos para induzir alguém a
entrar para um grupo ou seita e induzi-lo a aceitar um determinado sistema religioso.
Uma
das mais eficazes dinâmicas de grupo é aquela que apela para as emoções. Se uma
pessoa puder se induzida a participar de um evento que envolva as emoções, ela
poderá passar facilmente de um sistema de fé para outro. Por exemplo, uma
pessoa convidada a participar de uma reunião onde acontecem experiências
emocionais.
Durante
uma reunião, ela ouve apelos emocionais e vê outras pessoas participando de
várias atividades. No meio de toda aquela excitação, a pessoa acaba se deixando
envolver emocionalmente e participando daquela experiência. Em geral, essa
pessoa se torna participante e apologista.
Quando
pessoas se envolvem em experiências, seu sistema de crenças com certeza é
alterado para se ajustar a elas.
As
principais formas de atrair os cristãos para participarem de grupos são os
convites pessoais contendo testemunhos de crescimento espiritual, curas e
aumento da percepção do poder e da presença de Deus.
Quase
todos os grupos influenciam seus membros, começando pela família, passando
pelos grupos informais de amigos e chegando até grupos mais estruturados.
Os
grupos controlam seus membros através de uso de recompensas e castigos sociais
(isolamento e desaprovação social).
Os
cristãos precisam ficar atentos aos grupos que não são firmados na Palavra de
Deus e que atraem e tentam doutrinar através do uso da psicologia e em
promessas que agradam à carne.
Algumas
técnicas são apenas meios que as pessoas empregam para influenciar umas às
outras, tais como usar todo tipo de manifestação de carinho e amor para atrair
os membros para o grupo.
Desse
modo, elas apelam para o desejo que as pessoas têm de serem amadas e aceitas
pelos outros. Primeiro vêm o amor e o carinho; depois vem a pressão para se
fazer o que o grupo quer.
De
inicio, os pedidos podem ser modestos e fáceis de atender, mas quanto mais a
pessoa reagir positivamente, mais comprometida se tornará, chegando ao ponto de
assinar acordos, dedicar tempo e/ou dinheiro, assumir mais compromissos e
servir aos objetivos do grupo.
Uma
técnica de atração particularmente eficiente e bastante utilizada é tratar o
convidado de maneira especial, o cobrindo de gentilezas, como demonstração de
afeto.
O
mecanismo psicológico usado aqui é chamado de “reciprocidade”, cujo o principio
é: quando alguém lhe dá alguma coisa, você deve retribuir.
Outra
forma de persuasão de grupo tem a ver com a autoridade do líder. Se uma
determinada pessoa é considerada uma autoridade, muitas vezes os outros acreditam
no que ela diz sem questionar.
De
fato, as pessoas frequentemente dão apoio ao líder quando qualquer elemento de
fora questiona seus sentimentos.
Embora
cada grupo tenha seus procedimentos próprios, há sempre um processo de indução:
ser querido, aceito e amado, abandonar certos hábitos, obter cura emocional,
ser transformado ou ter propósito e importância na vida.
Outros
grupos correm atrás de uma causa comum, como resolver o problema da pobreza
mundial.
Quanto
mais nos identificamos com um grupo, mais propensos nos tornamos a participar
de suas atividades e incorporar suas crenças.
Grupos
que demonstram aceitação e amor fazem a pessoa se sentir bem vinda. Isso é
comum a todos os grupos que desejam expandir seu número de membros.
A
pessoa que já está emocionalmente ligada ao grupo pode aceitar facilmente
crenças e práticas contrárias àquilo em que anteriormente acreditava e passar a
fazer coisas que nunca teria feito antes.
Em
alguns grupos,as pessoas são levadas a participar de atividades de cura
interior e libertação de demônios que têm mais a ver com a psicologia e o
ocultismo do que com a verdade bíblica.
Baseado
em seu amplo conhecimento sobre as formas de controle da mente, o Dr. Philip
Zimbarbo argumenta que “a verdadeira força de controle mental eficiente reside
nas necessidades básicas que as pessoas têm de serem amadas, respeitadas,
reconhecidas e necessárias”.
A
teoria da influência social procura explicar várias fases da mudança do sistema
de crenças através do envolvimento em grupos.
Primeiro
vem a identificação com o grupo depois vem uma fase de transição e a etapa
final é a internalização das crenças do grupo. Agora as crenças do grupo passa
a ser as do novo membro.
Durante
o estágio de identificação com o grupo, algumas pessoas podem descobrir que não
se adéquam para elas, ou que não preenchem suas necessidades como pensavam,
desta forma, deixam o grupo.
Contudo,
existem outros que gostariam de sair, mas têm medo, porque foram convencidas de
que precisam participar para sobreviverem.
Este
é um sistema de obras nas quais cristãos estão sob o controle de homens que
exercem o poder através de autoritarismo, intimidação e manipulação de grupo.
Os
membros são mantidos sempre ocupados com as atividades (reuniões, cultos,
evangelismo, etc), até que passam a ter problemas em outras áreas, pois colocou
todo seu tempo livre em função do grupo principal (igreja).
Os lideres agem como mediadores entre Deus e o
homem, e usam sua posição de autoridade para falar como se estivessem falando
por Deus, tanto acusando como absolvendo.
Qualquer
um que exerça esse tipo de liderança sobre a mente de outra pessoa está usurpando
a autoridade de Deus e causando danos espirituais e emocionais ao individuo.
Para
sabermos se um grupo tem base Bíblica devemos analisar:
1.
Tudo que for dito ou feito deve passar pelo
teste de examinar as escrituras;
2.
Não se baseia em testemunhos mas no ensino
Cristocêntrico;
3.
Tem como único mediado a Cristo (I Timóteo
2.5) não há homens;
4.
O líder jamais expõe os pecados dos membros;
5.
Os lideres não fazem da oração pregações para
atingir determinadas pessoas;
6.
Não permite testemunhos que expõem pecados de
terceiros;
7.
Cultiva a verdade e não se baseia em emocionalismo;
8.
Não se deixa guiar pela emoção que neutraliza
a inteligência;
9.
Não usa meios de manipulação;
10.
Seus
membros estudam a Bíblia.
Só
grupos que não se fundam em sistemas humanos podem cumprir os mandamentos
Bíblicos. O grupo deve ser o corpo de Cristo, e portanto deve funcionar de
acordo com a Palavra de Cristo.