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O êxodo – Por Wagner Pedro


Segundo o dicionário Michaelis[1] êxodo significa:

1 Ato de emigrar. 2 Emigração de um povo. 3 Saída. 4 O segundo livro do Pentateuco de Moisés, que narra a saída dos hebreus do Egito.

Logo, o êxodo bíblico é a narrativa da saída povo hebreu do Egito guiado por seu líder e legislador Moisés.

 

1-          Livro êxodo

Vários sábios julgaram que o Pentateuco não pode ter sido escrito por Moisés. Dizem que da própria Escritura se evidencia que o primeiro exemplar conhecido foi encontrado no tempo do rei Josias, e que esse único exemplar foi apresentado ao rei pelo secretário Safã. Ora, entre Moisés e essa aventura do secretário Safã existem mil cento e sessenta e sete anos pelo cômputo hebraico. Porquanto Deus apareceu a Moisés no espinheiro ardente no ano do mundo dois mil duzentos e treze, e o secretário Safã publicou o Livro da Lei no ano do mundo três mil trezentos e oitenta. Esse livro encontrado sob o reinado de Josias foi desconhecido até o retorno da sujeição a Babilônia. [...] quem escreveu esse livro, isso é absolutamente indiferente desde que o livro foi inspirado [...].[2]

 

2- Formação do povo Israel

 

Deus fez promessas a Abraão, dizendo que a sua semente no futuro se tornaria uma grande nação. (Gênesis 15:13,14). Deu-se inicio ao período dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó).

 

José um dos 12 filhos de Jacó foi odiado pelos seus irmãos, e segundo a narrativa, foi vendido para mercadores de escravos para o Egito, emergindo como grande governador, abaixo apenas de Faraó (Gênesis 45:5,-8). Cumpre mencionar que, José não se esqueceu da promessa feita a seus antepassados.

 

Existe um hieróglifo que faz menção da Bíblia Sagrada, também foi encontrado o selo de José e os nove selos de seus oficiais no Egito.

 

3-          Inicio da escravidão

 

Jacó e José morrem no Egito (Gênesis 47:29-31). Os israelitas chegarão 400 anos antes do êxodo no Egito, houve um grande crescimento dos hebreus no Egito. Inicia-se a escravidão no Egito (Êxodo 1:6-10).

 

Basicamente se utilizava dos escravos para:

1-   Construção das cidades de Píton e Remesses (êxodo 1:11);

2-   Construção de represas para armazenar água no rio Nilo;

3-   Construção de sistema de canalização para abastecer a comunidade;

4-   Construção de pirâmides e muralhas.

 

4-          Quem era o Faraó?

O Faraó era Remesses o Grande (Êxodo 1:11). Notável guerreiro que aos 25 anos já era comandante da infantaria, e tinha colecionado várias vitórias.

Sob seu governo os egípcios adoravam mais de 100 tipos de deuses diferentes. Reinou por 67 anos e morreu invalido com quase 90 anos em seu palácio (Êxodo 2:23).

 

5-          Pragas atingem o Egito

Faraó não aceitou a ordem de Deus por intermédio de Moisés e Arão (Êxodo 7:19 – 12:33), no sentido de deixar o povo partir. Diante da recusa, pragas atingem duramente o Egito.

1º praga: Águas se tornam em sangue

A água no Nilo foi mudada em sangue e como o Egito não possui fontes, o povo experimentou que a sede é um dos maiores males.

Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Alegam que, houve um terremoto, desta forma, liberaram-se gases subterrâneos que veio a liberar ferrugem que escureceu as águas deixando-as vermelhas.

2º praga: das rãs

Um número incalculável de rãs cobriu a terra e comia tudo o que ela produzia.

As rãs entravam nas casas, nas vasilhas, nos pratos, estragavam todos os alimentos, pulavam sobre as camas e envenenavam o ar com seu mau cheiro.

Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Alegam que, a falta de oxigênio na água, devido à praga anterior, matou os peixes do Nilo, consequentemente houve um aumento da população de rãs que saíram para o solo.

 

3º praga: piolhos

Segundo os pesquisadores foi consequência das alterações ocorridas pelas pragas anteriores. Os egípcios ficaram cheios de piolhos, eram comidos por eles, sem remédio.

 

4º praga: moscas

Segundo os pesquisadores foi consequência das alterações ocorridas pelas pragas anteriores.

 

5º praga: peste nos animais

Segundo os pesquisadores foi consequência das alterações ocorridas pelas pragas anteriores.

 

6º praga: sarna e úlcera

Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Por causa da liberação de dióxido de carbono no ar, sendo o motivo do surgimento das bolhas e chagas.

 

7º praga: saraiva

Estragou todos os frutos, perdendo a esperança da colheita. Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Alegam que, devido a uma erupção de um vulcão, foi expelido granizo vulcânico.

 

8º praga: gafanhotos

Os pesquisadores acreditam que se deu por causa das variações climáticas no ambiente.

 

9º praga: trevas

Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Alegam que, a escuridão se deu por causa de 40 km de altura de uma intensa nuvem de cinza causada pelas cinzas da destruição da ilha Santorini na Grécia e apareceu ao longo do rio Nilo.

 

10º praga: morte dos primogênitos

Esta seria supostamente a única praga sem uma explicação cientifica.

 

6-          Travessia do mar

Não tinham bem saído os hebreus do Egito, os egípcios, bem como Faraó, se arrependeram.  Faraó não acreditava que as pragas eram castigos de Deus, mas pensava que era obra de magia, pensava ainda que, seria muito fácil matar um bando de homens cansados e desarmados.

Quando os hebreus chegaram às margens do mar vermelho viram-se rodeados de todos os lados pelo exército dos egípcios, composto por 600 carros de guerra, 50.000 cavaleiros, 200.000 homens de infantaria bem armados, sem possibilidade de escape, pois estavam cercados por uma montanha. Estavam acuados e com medo, atônitos por causa dos gritos de milhares de mulheres e crianças desesperadas.

Êxodo 14 registra o milagre da travessia do mar. Conforme se crê, Moisés toca o mar com sua vara maravilhosa e no mesmo instante o mar se dividiu, para deixar o povo de Israel passar livremente a pés enxutos, como se estivessem andando em terra firme.

Seguindo o povo, veio a cavalaria dos egípcios e o resto do exército. Depois que todos entraram, foram engolidos pelas águas que sepultaram a todos com suas enormes ondas. De todo temido exército de Faraó não restou NE sequer um único homem para relatar a noticia. Segundo Flávio Josefo, no dia seguinte os ventos e as ondas cuspiram as armas dos egípcios na orla da praia.

 

7-          Travessia do mar na ótica da ciência

Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Os cientistas acreditam que a tradução de mar vermelho, se deu de maneira equivocada, YAM SUF do hebraico seria traduzido como mar de juncos.  O junco cresce em lagos de água doce jamais no mar em águas salgadas.

Também se encontrou um granito esculpido denominando Moisés como príncipe do deserto e narrando a travessia do mar através de uma ilustração de três ondas e duas facas em alusão das águas.

Escrito em hieróglifo trás a palavra piarot segundo o professor Manfred significa antigo lago, também trás a palavra patuf que significa lago pantanoso, e faz menção a um lago chamado El Baloh que significa lago onde Deus destruiu.

Desta forma, os cientistas, acreditam que não era um mar, mas provavelmente um lago. E que devido a uma placa tectônica africana que se elevou 1 metro e meio, criou-se uma passagem seca e segura para o povo de Israel atravessar.

Quando as placas tectônicas voltaram tiveram força de um tsunami, facilmente matando os egípcios.  

Avaris era habitada não só por israelitas mas também por gregos, que provavelmente saíram junto com os hebreus. E curiosamente, foi encontrada na Grécia uma lápide de 3.500 anos atrás no alto das câmaras mortuárias esculpido em pedra o relato bíblico da passagem do mar.

E comprovado que o primogênito de Remesses morreu na época do Êxodo, devido às gravuras pintadas de todos os filhos e datados com sua morte.

Ainda foi encontrado uma estela (coluna, laje, lápide) mas precisamente uma pedra achatada que ficava em frente ao templo, espécie de avisos do templo, fazendo menção ao Êxodo, ela foi erguida pelo sucessor do Faraó.

 

8-          Conclusão

Moisés cumpriu sua carreira com fé em Deus. E Deus por sua vez, pelejou pelos hebreus fazendo cumprir todas as suas promessas. Ainda que os cientistas tentem dar uma explicação natural aos milagres ocorridos, é impossível eles explicarem a sincronicidade (fatos interligados) com que se deu cada evento.



[1] Dicionário Michaelis - 1998-2009 Editora Melhoramentos Ltda. © 2009
[2] Dicionário Filosófico Voltaire – Edição Ridendo Castigat Mores

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