terça-feira, 8 de outubro de 2019

REFLEXÃO SOBRE O AUMENTO DA ANSIEDADE ENTRE OS JOVENS


Tem sido comum entre os jovens relatos de ataque de pânico, que nada mais é que uma forma de ansiedade superintensa, mas que não afeta todas as pessoas.
A ansiedade é a doença mental mais comum, cerca de 30% dos humanos estão destinados a serem seriamente debilitados pela ansiedade. Existe uma chance grande de alguém agora a sua volta sofrer de ansiedade.
A ansiedade na verdade é uma emoção útil, no reino animal, por exemplo, por meio da ansiedade se libera a adrenalina necessária para os animais fugirem de seus predadores. As amigdalas dos humanos com ansiedade são supersensíveis, elas identificam ameaças em situações cotidianas e provocam reação em cadeia de adrenalina.
Os humanos estão preocupados com outras coisas e não fugirem, como por exemplo: o pagamento do aluguel, pagamento de impostos, trânsito, etc. Ficamos cheios de medo, de angustia, de ansiedade e dai o corpo reage produzindo química. Pense nos sintomas do estresse: coração disparado, músculos tensos, dor de estomago, sensação de alfinetadas, boca seca, fadiga.
Pessoas com transtorno de ansiedade veem o mundo de modo diferente, muitos desenvolvem fobia social. Medo de avaliação, esse é o símbolo da fobia social, o transtorno de ansiedade mais comum, um medo persistente e debilitante de ser observado e julgado.
Parte das causas de transtorno de ansiedade é genético, se um dos seus pais tem ansiedade, é mais provável que você tenha, e mulheres têm o dobro da probabilidade de sofrer de ansiedade.
A ansiedade também parece ter algo a ver com o equilíbrio químico do seu cérebro, provavelmente o mais famoso hoje em dia, a serotonina. Existe uma teoria de que pessoas com ansiedade tem pouca serotonina, a mesma carência é responsável pela depressão. Pessoas com depressão muitas vezes têm ansiedade, mas não se sabe qual a correlação.
A semente da ansiedade também pode ser plantada por experiências traumáticas, nosso cérebro é uma máquina de associação, ele faz a conexão das coisas do passado com o presente.
Nos último anos, produtos para ansiedade se tornaram best-sellers, a prescrição de benzodiazepinas, remédios contra ansiedade, só cresce, e as pesquisas no google aumentaram muito.
A maioria dos jovens de hoje procura ajuda psicológica e vê como sinal de força, ao contrário de gerações passadas. É uma coisa que está sendo muito discutida na mídia, muita coisa vem sendo publicada sobre a epidemia da ansiedade.
Importante dizer que as redes sociais podem causar ansiedade e depressão, por exemplo: nós olhamos os feed no instagram e vemos as vidas maravilhosas de todo mundo que nós seguimos, dai se formos vulneráveis vai surgir à sensação de ansiedade, nos sentiremos mais ansiosos nessa situação.
Muitas redes sociais são projetadas para prender sua atenção, e a ansiedade é uma forma poderosa de fazer isso. Segundo pesquisas, adolescentes que passam mais tempo olhando a tela do celular, têm mais probabilidade de sofrer com ansiedade. Mais ainda, as pessoas que passam mais tempo nas redes sociais se sentem mais isoladas, o que pode piorar os sintomas da ansiedade.
Se analisarmos as pesquisas sobre a incidência de ansiedade, os índices não mudaram. Em 2015, pesquisadores colecionaram algumas pesquisas grandes e rigorosas das últimas décadas e não encontraram evidências de que a prevalência de transtornos de ansiedade mudou [ou seja, em todo tempo houve ansiedade na sociedade].
Apenas para exemplificar que não é a primeira vez que as pessoas sentem que estão vivendo uma epidemia de ansiedade, por exemplo: na Inglaterra vitoriana [Séc. XIX], os ingleses se sentiam ansiosos com o crescimento das cidades, com a desigualdade social e com as novas tecnologias. Estressados ás vezes lançavam mão de álcool com ópio, para acalmar suas mentes turbulentas.
Em 2015, uma revisão de 234 estudos comparou os efeitos de não se fazer nada, de praticar exercícios, tomar pílulas de placebo, realizar terapia, fazer meditação e tomar medicação. Concluiu-se que o tratamento mais eficaz era uma combinação de remédios e terapia.
Uma das terapias mais comuns é a terapia cognitivo-comportamental ou TCC, o qual a pessoa conversa com o terapeuta para alterar pensamentos e comportamentos negativos.  Para pacientes com ansiedade existe também uma técnica chamada de terapia de exposição.
Não existe uma forma de se livrar da ansiedade definitivamente, mas uma forma de ajustarmos de um modo racional no nosso dia a dia de forma que nosso sistema emocional funcione com equilíbrio.
Eu particularmente recomendo para as pessoas que estejam sofrendo com síndrome de pânico um tratamento em conjunto: cuidado espiritual com ajuda pastoral [com aconselhamento e oração], cuidado do corpo com ajuda de um professor [com a prática de exercícios físicos] e emocional com ajuda de um psicólogo [realizando terapia].
Espero que este post tenha lhe ajudado.  Wagner Pedro

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