Por
mais que relute contra os ensinamentos que vem crescendo nos dias atuais, no
sentido de dizer que a Igreja tem se tornado vazia de sentimentos ao próximo,
que não serve mais de Hospital para os doentes, e que é uma instituição falida
do ponto de vista da fraternidade, sou obrigado a concordar, que os bons
costumes, tem ficado de lado, e atualmente a Igreja está trilhando um caminho
perigoso.
Às
vezes, a nossa comunhão com Deus nos anima, e nos permite ter um espírito voluntarioso
para ter disposição de servir na Igreja, desempenhando qualquer função, pelo
simples fato de ser membro ativo e participante.
Todavia,
o partidarismo na igreja, os esquemas, as trocas de favores entre uns e a
exclusão de outros, a inveja, a contenda e principalmente o sistema militar,
faz com que pensemos se estamos servindo a Deus ou servindo a homens.
As
cobranças são diárias, sempre é dito que Deus está insatisfeito conosco, dizem
que nossa relação com Deus tem que ser de escravo, ao invés de uma relação de
pai para filho.
No
livro de Romanos está escrito que fomos libertos da lei, mas quando chegamos à
Igreja, nos colocam um jugo pesado, somos obrigados a bater cartão, e se
errarmos no desempenho das funções, nos é cobrado publicamente de maneira
vexatória.
Aquelas
pessoas que desempenham a mesma função que nós, às vezes fazem papel de
mexeriqueiros, procuram arrumar intrigas para nos tirar do caminho, visando as
promoções que o ministério promete.
Na
igreja, as normas internas, são mais importantes que as pessoas, quem desiste de
frequentar, são pejorativamente chamados de fraco, e para os desanimados,
enfermos e de coração em aperto, estes ficam a deriva, sem apoio nenhum, sequer
uma visita.
Os
fracos na fé crêem em Jesus, mas sentem que precisam também obedecer a certas
leis para não serem rejeitados por Deus.
Muitos
na igreja ao invés de querer servir ao próximo, querem ser chefes. Os jovens da
igreja estão se esgotando, quando não são engolidos pelos pecados deste mundão,
são colocados para fora, pelos próprios obreiros, que só criticam, ofendem, e
quando percebe que alguém tem potencial, fazem de tudo para abafar as
qualidades deste, para que só ele seja o referencial.
Veja
essa história abaixo:
Certo
homem, com uma bengala em uma das mãos e uma mala na outra, aproximou-se
vagarosamente da porta do vagão do trem. Já era hora do trem partir, mas o
idoso homem não parecia ter pressa de embarcar.
O jovem condutor, exibindo um alinhado
uniforme, observava-o com desdém. Por fim gritou:
-
Ei, seu aleijadinho, é melhor entrar, se não o trem parte sem você!
Mais
tarde, quando o condutor pediu o bilhete da passagem, o velho respondeu:
-
Eu não pago.
-
Quem pensa que é? Lógico que vai pagar – disse o condutor com a mão estendida.
-
Não senhor.
-Então
desembarca na próxima estação! Falou asperamente o condutor.
-Ninguém
viaja de graça neste trem!
Carrancudo,
o condutor continuou pelo corredor verificando as passagens. Um dos passageiros
perguntou:
-
Sabe quem é o senhor coxo com quem esteve falando?
-
Não, e não me interesso em saber.
-
Bem, se fosse você, eu me interessaria muito. – respondeu o passageiro. – ele é
Peter Warburton, o presidente da Viação Férrea.
O
condutor ficou pálido.
-
Tem certeza?
-
Conheço-o pessoalmente. É Peter Warburton.
Após
concluir sua tarefa de recolher as passagens, o condutor envergonhado
aproximou-se do idoso senhor novamente. Entregou a ele seus livros de controle
e as passagens.
-
Estou pedindo demissão, senhor – disse o condutor.
-
Sente-se meu filho – ordenou gentilmente o Sr.Warburton.
-
Quero fala com você. O Presidente continuou:
-
Não é necessário que você se demita. Não tenho desejo de vingança. Você foi
rude. Eu poderia demiti-lo, mas não o farei. No futuro, seja educado com todos
os que viajarem neste trem. Aqui estão seus livros e as passagens. Apenas lembre-se
de que todas as pessoas merecem ser tratadas com bondade.
-
Sim, senhor! Muito obrigado senhor! Respondeu atônito o funcionário.
No
caso supracitado, é evidente perceber, que este funcionário estava servido ao
dono, e não percebeu!
Assim
como na igreja, que às vezes a pessoa pensa que está servindo a Deus, mas está
servindo a homens. Mal tratando os pequenos, e advogando para o pastor, sem ao
menos refletir se é a posição correta.
Nosso
dever como cristão é servir uns aos outros, nunca se esquecendo, que todos são
iguais para Deus.
Que
Deus nos ajude a lidar com os bajuladores que estão em nosso meio como joio que
não pode ser arrancado.
Amém!
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