segunda-feira, 11 de novembro de 2013

SERVINDO A HOMENS AO INVÉS DE DEUS – POR WAGNER PEDRO


 
Por mais que relute contra os ensinamentos que vem crescendo nos dias atuais, no sentido de dizer que a Igreja tem se tornado vazia de sentimentos ao próximo, que não serve mais de Hospital para os doentes, e que é uma instituição falida do ponto de vista da fraternidade, sou obrigado a concordar, que os bons costumes, tem ficado de lado, e atualmente a Igreja está trilhando um caminho perigoso.

Às vezes, a nossa comunhão com Deus nos anima, e nos permite ter um espírito voluntarioso para ter disposição de servir na Igreja, desempenhando qualquer função, pelo simples fato de ser membro ativo e participante.

Todavia, o partidarismo na igreja, os esquemas, as trocas de favores entre uns e a exclusão de outros, a inveja, a contenda e principalmente o sistema militar, faz com que pensemos se estamos servindo a Deus ou servindo a homens.

As cobranças são diárias, sempre é dito que Deus está insatisfeito conosco, dizem que nossa relação com Deus tem que ser de escravo, ao invés de uma relação de pai para filho.

No livro de Romanos está escrito que fomos libertos da lei, mas quando chegamos à Igreja, nos colocam um jugo pesado, somos obrigados a bater cartão, e se errarmos no desempenho das funções, nos é cobrado publicamente de maneira vexatória.

Aquelas pessoas que desempenham a mesma função que nós, às vezes fazem papel de mexeriqueiros, procuram arrumar intrigas para nos tirar do caminho, visando as promoções que o ministério promete.

Na igreja, as normas internas, são mais importantes que as pessoas, quem desiste de frequentar, são pejorativamente chamados de fraco, e para os desanimados, enfermos e de coração em aperto, estes ficam a deriva, sem apoio nenhum, sequer uma visita.

Os fracos na fé crêem em Jesus, mas sentem que precisam também obedecer a certas leis para não serem rejeitados por Deus.

Muitos na igreja ao invés de querer servir ao próximo, querem ser chefes. Os jovens da igreja estão se esgotando, quando não são engolidos pelos pecados deste mundão, são colocados para fora, pelos próprios obreiros, que só criticam, ofendem, e quando percebe que alguém tem potencial, fazem de tudo para abafar as qualidades deste, para que só ele seja o referencial.

Veja essa história abaixo:

Certo homem, com uma bengala em uma das mãos e uma mala na outra, aproximou-se vagarosamente da porta do vagão do trem. Já era hora do trem partir, mas o idoso homem não parecia ter pressa de embarcar.

 O jovem condutor, exibindo um alinhado uniforme, observava-o com desdém. Por fim gritou:

- Ei, seu aleijadinho, é melhor entrar, se não o trem parte sem você!

Mais tarde, quando o condutor pediu o bilhete da passagem, o velho respondeu:

- Eu não pago.

- Quem pensa que é? Lógico que vai pagar – disse o condutor com a mão estendida.

- Não senhor.

-Então desembarca na próxima estação! Falou asperamente o condutor.

-Ninguém viaja de graça neste trem!

Carrancudo, o condutor continuou pelo corredor verificando as passagens. Um dos passageiros perguntou:

- Sabe quem é o senhor coxo com quem esteve falando?

- Não, e não me interesso em saber.

- Bem, se fosse você, eu me interessaria muito. – respondeu o passageiro. – ele é Peter Warburton, o presidente da Viação Férrea.

O condutor ficou pálido.

- Tem certeza?

- Conheço-o pessoalmente. É Peter Warburton.

Após concluir sua tarefa de recolher as passagens, o condutor envergonhado aproximou-se do idoso senhor novamente. Entregou a ele seus livros de controle e as passagens.

- Estou pedindo demissão, senhor – disse o condutor.

- Sente-se meu filho – ordenou gentilmente o Sr.Warburton.

- Quero fala com você. O Presidente continuou:

- Não é necessário que você se demita. Não tenho desejo de vingança. Você foi rude. Eu poderia demiti-lo, mas não o farei. No futuro, seja educado com todos os que viajarem neste trem. Aqui estão seus livros e as passagens. Apenas lembre-se de que todas as pessoas merecem ser tratadas com bondade.

- Sim, senhor! Muito obrigado senhor! Respondeu atônito o funcionário.

No caso supracitado, é evidente perceber, que este funcionário estava servido ao dono, e não percebeu!

Assim como na igreja, que às vezes a pessoa pensa que está servindo a Deus, mas está servindo a homens. Mal tratando os pequenos, e advogando para o pastor, sem ao menos refletir se é a posição correta.

Nosso dever como cristão é servir uns aos outros, nunca se esquecendo, que todos são iguais para Deus.

Que Deus nos ajude a lidar com os bajuladores que estão em nosso meio como joio que não pode ser arrancado.

Amém!

 

 

 

 

 

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