TEOLÓGICOS


Charles Swindoll Aconselha Novos Pastores



Ao apresentar o evangelho às pessoas, você as está apresentando algo no qual possam acreditar. Para isso, é necessária toda uma preparação. Você não chega, entrega a mensagem de maneira fria e se despede. É necessário despertar um desejo no povo. Por exemplo, quando Jesus falou sobre o semeador, ele não apresentou nenhuma fórmula. Ao invés disso, ele se utilizou de uma realidade conhecida das pessoas – o semeador saindo a semear – e talvez tenha até apontado para um semeador que fazia seu trabalho, enquanto contava a estória. Ao expor uma mensagem às pessoas, preciso fazer de tal forma que revele a elas as necessidades dos seu dia a dia; sua história. Algumas das coisas mais importantes a se pregar podem ser vestidas com roupagens históricas. É evidente que o objetivo é o de sempre pregar a Cristo, sua graça, amor, misericórdia, compaixão, discernimento e sabedoria. Acho que soa um pouco estranho criar uma estória só para encaixá-la na mensagem do evangelho. Nem todo texto carrega a mensagem do evangelho.
Gostaria que eles dissessem, ‘quero levar a sério minha tarefa de pregar a Bíblia. Não vou ficar enrolando o povo, fazendo da entrega da mensagem uma mera oportunidade de entretenimento. Quero apresentar a elas a Palavra, fazer com que tenham interesse por sua mensagem. Quero caminhar pelos livros da Bíblia, apresentando o que é importante, e fazendo disso minha grande tarefa. Quero ser conhecido, em vinte anos, como um expositor. Quero ser capaz de pegar as Escrituras e mostrar às pessoas como elas são relevantes. Quero começar a expor Romanos 1.1, e quando chegar ao final do capítulo 16, quero que as pessoas pensem, ‘como eu pude passar metade da minha vida sem conhecer essa mensagem?
Se eu, em algum momento, tivesse escrito um livro sobre pregação, ele conteria três palavras: pregue a Palavra. Livre-se de todas as coisas que lhe prendem e impedem de expor o evangelho com pureza; pregue a Palavra. 2 Timóteo 4.2 diz ‘pregue a Palavra a tempo e fora de tempo’.
Um de meus mentores, Ray Stedmen, costumava dizer, ‘nunca tire o dedo do texto, a despeito de você estar expondo-o ou aplicando-o. Faça com que os olhos das pessoas estejam fixos nele, e fale acerca de Jesus’. É simples assim.


Você é Um Apologista? - Por Matthew J. Slick



Uma de minhas preocupações quando faço seminários é o que eu chamo de "O orador influente". Basicamente, quando um grupo se junta para ouvir um locutor, supõe-se que o locutor sabe muito bem da matéria e tem experiência no assunto. Dado o fato que o falar em público é a fobia número um americana, o simples fato de uma pessoa ir lá em cima e pegar no microfone (e gostar de fazer isso) tem o efeito psicológico de distanciar o aluno do professor. O palestrante é freqüentemente elevado ao status de "um professor especial chamado de Deus". De fato, em meu caso, o locutor é simplesmente alguém que gosta de falar sobre o que ele sabe. Eu não sou diferente de ninguém. Isso faz todo o mundo um apologista.
A apologética é, em resumo, fazer uma defesa da fé cristã. Se você faz isso de alguma forma, então você é um apologista. De fato, nós somos ordenados a sermos apologistas por Pedro. "...e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós;" (IPe 3.15). Se Deus lhe ordena que faça uma defesa, então Ele está lhe ordenando a ser um apologista. Por isso, você é, quer queira, quer não, acredite ou não. Assim, Deus não também não tem o hábito de enviar pessoas sem as prepará-las antes.
Agora, o que eu vou dizer-lhe é verdade. Eu tenho experimentado isto muitas vezes. Mas por favor, entenda que este é um trabalho do Espírito Santo, não meu. Houve tempos em várias situações em que eu estava discutindo com um incrédulo. Ele fazia uma pergunta difícil que me fazia pensar. Eu refletia, confiava em Deus e respondia. A resposta vinha quando eu começava a falar. Em outras palavras, eu não sabia o que dizer, até que começasse a dizer. Me lembro das palavras de Jesus em Marcos 13:11, "Quando, pois, vos conduzirem para vos entregar, não vos preocupeis com o que haveis de dizer; mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai; porque não sois vós que falais, mas sim o Espírito Santo." O Senhor disse que Ele estaria conosco até o fim (Mt.28:20). Eu creio nisto. Ele está aqui quando precisamos Dele. Confie em Deus e vai!
Nota/Fonte: Tradução de Emerson de Oliveira em http://logoshp.6te.net/apovc.htm

Da autoridade temporal – Martinho Lutero



[...] o papa e os bispos deveriam ser verdadeiramente bispos e pregar a palavra de Deus. Mas eles negligenciam fazê-lo e se tornaram príncipes temporais governando com leis que só dizem respeito ao corpo e aos bens. Inverteram totalmente a ordem das coisas; deveriam governar as almas interiormente pela palavra de Deus; em lugar disso, governam exteriormente castelos, cidades, países e os habitantes e martirizam as almas por uma indizível violência assassina.
Entre os cristãos não pode haver autoridade superior; pelo contrário, cada um é submisso a todos os outros ao mesmo tempo. Assim Paulo diz na Carta aos Romanos, 12:3: “Que cada um tenha os outros como superiores a si próprios.” E na 1ª Carta de Pedro. 5:5. “Sejam todos submissos uns aos outros.” É também o que Cristo quer, segundo o Evangelho de Lucas, 14:10: “Quando o convidarem a bodas, tome o assento no último lugar.”
Não há entre os cristãos ninguém que seja superior aos outros, a não ser unicamente a Cristo. Que espécie de autoridade pode haver, pois, quando todos são iguais e têm o mesmo direito, o mesmo poder, o mesmo bem e a mesma honra e quando ninguém cobiça ser superior aos outros, mas cada um quer ser subordinado aos outros?
Certamente, onde houver seres desse gênero, seria impossível estabelecer uma autoridade superior, nem mesmo alguém haveria de querer, pois, sua maneira de ser e sua natureza não suportam ter um superior, uma vez que nenhum deles quer e pode ser superior. Mas onde não houver seres desse gênero, não há tampouco verdadeiros cristãos.
Mas os que são portanto os padres e bispos?
- Resposta: Seu governo não é nem uma autoridade superior nem um poder, mas um serviço e uma função, pois, não são colocados mais alto, nem são melhores que os outros cristãos. É por isso que não devem impor nem leis nem mandamentos aos outros, sem que esses tenham concordado e tenham dado sua permissão; seu governo consiste unicamente em difundir a palavra de Deus, em guiar graças a ela os cristãos e em triunfar sobre a heresia.
De fato, como já foi dito, não se pode governar os cristãos de outra forma senão unicamente pela palavra de Deus, pois, os cristãos devem ser governados na fé e não por meio externos. E a fé não pode vir pela palavra humana, mas somente pela palavra de Deus, como diz Paulo na Carta aos Romanos, 10:17: “A fé vem do que se ouve e o que se ouve vem da palavra de Deus.” Quanto àqueles que não creem, não são cristãos e tampouco fazem parte do reino de Cristo, mas do reino do mundo, a fim de que se possa coagi-los e regê-los pela espada e pelo governo exterior. Enquanto os cristãos fazem por si e sem coação tudo o que é bom e se satisfazem por si com a palavra de Deus. [...]

 

Onde estão os profetas?


Profeta é um indivíduo que recebe uma mensagem de D’us para transmitir ao povo. Maimônides relaciona a profecia como um dos 13 alicerces da fé judaica que "D’us Se comunica com a humanidade por meio da profecia."

Mas o que há de tão especial nestas mensagens?

O propósito das mensagens comunicadas a profetas não é para revelar o propósito da existência ou legislar as leis da vida. Está contido na Torá e suas 613 mitsvot (preceitos), que D’us comunicou a todos nós, juntos no Monte Sinai. Quando D’us passou a mensagem com a revelação no Sinai, Ele refreou-Se e deixou-a para que nós a estudássemos e a explicássemos. O Talmud relata um caso no qual Sábios de Torá estavam debatendo um ponto na Lei da Torá e uma voz celestial pronunciou-se em apoio da opinião da minoria; os Sábios não se impressionaram, e silenciaram a voz citando a declaração da Torá sobre si mesma: "ela não está no céu" (Devarim 30:12).

O objetivo da profecia é fazer correções de curso na direção da sociedade judaica, ou na direção da sociedade em geral. Às vezes um profeta vem para predizer o futuro, quando D’us considera necessário que saibamos o que está para vir para nos encorajar em nossa missão na vida. Outras vezes é para nos lembrar que estamos aquém daquilo que Ele espera de nós, e nos advertir das sombrias conseqüências que isso trará se não melhorarmos. Algumas vezes, D’us usou um profeta para transmitir mensagens pessoais a um indivíduo (especialmente para alguém importante, cujas ações poderiam ter um efeito em grande escala, como um rei).

Um profeta pode também transmitir uma instrução específica que não esteja contida na Torá como uma ordem "somente uma vez" vinda do Alto; nestes casos, deve-se seguir aquela instrução mesmo que seja contrária a uma ordem universal da Torá. Uma profecia, no entanto, jamais conterá uma nova mitsvá nem a anulação de uma mitsvá; um profeta alegando tal comunicação por parte de D’us prova que é um falso profeta.

Assim, Yeshayáhu foi enviado para descrever a era messiânica que é a culminação e recompensa de nossos esforços. Yirmiyáhu previu a destruição do Templo Sagrado. Yoná foi enviado a Nínive para advertir seus habitantes de que a cidade seria destruída a menos que eles se arrependessem de seus atos perversos. Shmuel levou a mensagem de D’us ao Rei Shaul para empreender guerra contra Amalek, ao passo que Eliyahu foi enviado para conduzir o famoso desafio dos dois novilhos no Monte Carmel (embora isso violasse temporariamente a proibição da Torá contra oferecer sacrifícios fora do Templo Sagrado). Porém nenhum profeta jamais disse qualquer coisa que fosse produto de sua própria mente. Eles falaram e agiram somente a mandado de D’us.

Como alguém se torna um profeta?


Primeiro, a pessoa tem de se fazer merecedora. Maimônides relaciona os seguintes critérios: é preciso ser sábio, com a mente lúcida e clara; de caráter impecável, e totalmente em controle dos próprios desejos e paixões; ter uma constituição calma e alegre; e abominar a materialidade e as frivolidades da vida, devotando-se inteiramente a conhecer e servir a D’us.

Tudo isso, no entanto, não faz surgir a profecia – apenas torna alguém um recipiente, digno de recebê-la. A verdadeira recepção da profecia vem do Alto, por escolha Divina. Embora "escolas de profecia" no antigo Israel treinassem aspirantes a profetas para que se tornassem receptivos à profecia, através de extensa meditação e estilo de vida rigorosamente espiritual, o aluno-profeta não podia fazer com que a profecia chegasse até ele por meio de ações específicas. Assim como a percepção extra sensorial ou poderes psíquicos, a profecia poderia manifestar-se subitamente, sem quaisquer sinais de aviso ou preparação por parte do profeta. O que ocorria era que D’us selecionava uma pessoa através da qual falar – e não da outra forma.

Como os profetas são verificados?

Em primeiro lugar, a pessoa deve ser conhecida como alguém que possui os atributos acima descritos. Então, se alguém deste calibre anuncia que recebeu uma profecia, presume-se que está dizendo a verdade. Porém o supremo teste é a precisão de suas profecias: se aquilo que disse que aconteceria realmente acontece, sabemos que é um profeta; caso contrário, sabemos que não é.

(Isso, no entanto, aplica-se somente à previsão de um evento positivo, pois uma vez que uma promessa Divina de algo bom é comunicada através de um profeta, jamais há uma retratação: no entanto, se o profeta adverte, em nome de D’us, que uma calamidade está destinada a acontecer e isso não ocorre, esta não desmente sua profecia, pois um decreto para o mal pode ser removido por meio de prece e arrependimento. Evidentemente, simplesmente predizer o futuro sem possuir as características de um profeta não faz de ninguém um profeta.
Como é experimentar a profecia?

Como a transmissão de um sinal de muitos megawatts a um instrumento de baixa voltagem, a profecia muitas vezes sobrecarrega o equipamento mental do receptor. A profecia freqüentemente provoca desmaio, insanidade temporária, espasmos musculares involuntários e tremores. Alguns profetas conseguiam receber o sinal durante o sono, tendo sonhos extremamente enigmáticos, como um quebra-cabeças, que eles decifravam ao acordar. Os profetas não tinham as conversas mentais ou verbais com D’us como se vê nos filmes de Hollywood. A única exceção foi Moshê, que falou com D’us "como um homem conversando com seu amigo" (Shemot 33:11).

Quais são as regras básicas da profecia?


Dos 613 mandamentos da Torá, alguns se referem à profecia. Estes incluem:

1 – Obedecer às instruções do profeta.

2 – Não duvidar ou testar as promessas ou advertências Divinas transmitidas pelos profetas.
E para o profeta:

3 – Cumprir pessoalmente as instruções de D’us (i.e., "pratique aquilo que prega").

4 – Não suprimir uma profecia que recebeu (como Yoná tentou).

5 – Não profetizar em nome de outros deuses (mesmo se o conteúdo for verdadeiro).

Quem foram os profetas?


Houve milhares de profetas na história judaica (conhecemos também pelo menos um profeta não-judeu, Balaam). A esmagadora maioria, porém, transmitiu mensagens específicas ao tempo e circunstâncias em que foram enviados para transmitir. Suas profecias, portanto, não foram registradas para a posteridade, e até seus nomes são desconhecidos para nós. Muitos desses profetas eram cidadãos comuns – estudantes, artesãos, fazendeiros – que, em virtude de sua integridade e elevada sensibilidade ao espiritual, foram selecionados por D’us para receber uma profecia. Muitas vezes eles não sabiam o que os atingira, somente mais tarde perceberam que tinham recebido uma profecia. Alguns, como Yoná, sabiam o que era, mas tentavam fugir dela (uma proibição da Torá, como foi dito acima).

O Talmud relaciona 55 profetas "históricos" cujas profecias foram registradas no Tanach porque contêm uma mensagem relevante a todas as gerações. A maioria desses era figuras públicas que profetizavam com freqüência e se tornaram líderes de seu povo por toda a vida. Neles estão incluídos os 15 profetas cujas palavras foram registradas em livros individuais que levam seus nomes: Yeshayáhu, Yirmiyáhu, Ezekiel e doze outros de menor importância, incluindo Amos, Hosea, Nahun e mais alguns. Os outros 40, que podem ou não ter profetizado em tempo integral, são mencionados em vários locais do Tanach, como Nathan (os Livros de Samuel) e Ido (Crônicas). Além desses houve um número não exato de experiências proféticas sem registro por escrito. O Rei Shaul fez algumas profecias durante algum tempo, mas não se sabe o que foi dito a ele.

A profecia parece ter sido em grande parte uma experiência masculina – 48 dos 55 profetas "históricos" foram homens, embora não possamos saber se isso reflete a proporção geral profetas/profetisas. As sete profetisas mais importantes são: Sara (mulher de Avraham, mãe de todos os judeus; incidentalmente, D’us disse a Avraham que "ela é superior a ti em profecia"), Miriam (irmã de Moshê), Devora (a única mulher entre os "Juízes"), Chana (mãe de Samuel), Avigayil, Chuldá e Esther (famosa por causa de Purim).

Existe profecia atualmente?


A era da profecia oficialmente chegou ao fim há 23 séculos. A última geração de profetas foi aquela que começou a profetizar antes da destruição do Primeiro Templo Sagrado, em 423 AEC, embora alguns daquela geração sobrevivessem ao exílio de 70 anos na Babilônia e vivessem para ver a construção do Segundo Templo. O mais famoso, Ezekiel, profetizou na Babilônia, e três profetas, Chaggai, Zacharia e Malachi, foram membros da "Grande Assembléia" que liderou o povo durante os primeiros anos do retorno da Babilônia. Mordechai e Esther também foram membros da geração que pranteou a destruição do Primeiro Templo e testemunhou a construção do segundo. Com o desaparecimento daquela geração, "a profecia deixou Israel".

Apesar disso, o princípio de que "D’us se comunica com a humanidade por intermédio da profecia" permanece uma fundação da fé judaica. Uma forma menor de profecia, conhecida como ruach hacôdesh (inspiração Divina), permanece privilégio dos tsadikim, os homens e mulheres justos de todas as gerações.

Segundo a tradição, um dos maiores profetas, Eliyahu, nunca morreu, e introduzirá a vinda de Mashiach. O próprio Mashiach é um profeta ("aproximando a profecia de Moshê", segundo Maimônides), e na Era Messiânica, a profecia se tornará um fenômeno universal – nas palavras do Profeta Yoel: "E acontecerá depois que Eu derramarei Meu espírito sobre toda a carne, e seus filhos e filhas profetizarão; seus anciãos terão sonhos, seus jovens terão visões."

E numa carta aos judeus do Iêmen, Maimônides relata uma antiga tradição de que "pouco antes da Era Messiânica, a profecia retornará ao povo judeu."


Fonte: http://www.chabad.org.br/biblioteca/index.html





Liberdade do Cristão – Martinho Lutero

 
Pode-se se perguntar: em que se consiste, portanto, a diferença entre sacerdotes e leigos no seio da cristandade, uma vez que todos os cristãos são sacerdotes?

Resposta: a multidão abusou dos termos “sacerdote”, “padre”. “eclesiástico”, etc., aplicando-os ao pequeno grupo que agora denominamos estado eclesiástico. A única distinção que a Sagrada Escritura reconhece se reduz ao que ela chama sábios ou cristãos consagrados, “ministri”, “servi”, “oeconomi”, ou seja, “ministros”, “servos”, “administradores” porque eles devem pregar aos outros cristãos, a fé e a liberdade cristã.

Com efeito, embora sejamos sacerdotes, não podemos todos oficiar ou assegurar o serviço divino e pregar. É o que diz São Paulo (1ª Epístola aos Coríntios 4:1 “Não queremos mais ser considerados senão como servidores de Cristo e como administradores do Evangelho”). Mas agora, dessa função de administrador surgiu uma dominação e um poder temporal e exterior tão pomposo e tão temível que o verdadeiro poder temporal não pode de modo algum lhe ser comparado, precisamente como se os leigos fossem outra coisa e não, cristãos.

Desse modo, desapareceu toda a compreensão da graça, da liberdade, da fé cristã e de tudo o que devemos a Cristo e do próprio Cristo. Em troca disso adotamos todos em massa as leis e obras dos homens e nos tornamos inteiramente escravos das pessoas mais vis que a terra jamais produziu.




Tipos de Sermões que atrapalham o culto - Robson Moura Marinho

Apenas para ilustrar, vamos fazer uma rápida classificação dos sermões que mais atrapalham o culto. Se você freqüenta igreja há vários anos, é provável que já se tenha encontrado com alguns desses sermões mais de uma vez. A seguir, descrevem-se os tipos de sermão que atrapalham o culto.
1) O SERMÃO SEDATIVO– É aquele que parece anestesia geral. Mal o pregador começou a falar e a congregação já está quase roncando. Caracteriza-se pelo tom de voz monótono, arrastado, e pelo linguajar pesado, típico do começo do século, com expressões arcaicas e carregadas de chavões deste tipo: "Prezados irmãos, estamos chegando aos derradeiros meandros desta senda", Porque não dizer: "Irmãos, estamos chegando às últimas curvas do caminho"? Seria tão mais fácil de entender. Ficar acordado num sermão desse tipo é quase uma prova de resistência física. Como dizia Spurgeon: "Há colegas de ministério que pregam de modo intolerável: ou nos provocam raiva ou nos dão sono. Nenhum anestésico pode igualar-se a alguns discursos nas propriedades soníferas. Nenhum ser humano que não seja dotado de infinita paciência poderia suportar ouvi-los, e bem faz a natureza em libertá-lo por meio do sono".
2) O SERMÃO INSÍPIDO– Esse sermão pode até ter uma linguagem mais moderna e um tom de voz melhor, mas não tem gosto e é duro de engolir. As idéias são pálidas, sem nenhum brilho que as torne interessantes. Muitas vezes é um sermão sobre temas profundos, porém sem o sabor de uma aplicação contemporânea, ou sem o bom gosto de uma ilustração. É como se fosse comida sem sal. É como pregar sobre as profecias de Apocalipse, por exemplo, sem mostrar a importância disso para a vida prática. O pregador não tem o direito de apresentar uma mensagem insípida, porque a Bíblia não é insípida. O pregador tem o dever de explorar as belezas da Bíblia, selecioná-las, pois são tantas, e esbanjá-las perante a congregação.
3) O SERMÃO ÓBVIO– É aquele sermão que diz apenas o que todo mundo já sabe e está cansado de ouvir. O ouvinte é quase capaz de "adivinhar" o final de cada frase de tanto que já ouviu. É como ficar dizendo que roubar é pecado ou que quem se perder não vai se salvar (é óbvio). Isso é uma verdade, mas tudo o que se fala no púlpito é verdade. Com raras exceções, ninguém diz inverdades no púlpito. O que falta é apenas revestir essa verdade de um interesse presente e imediato.
4) O SERMÃO INDISCRETO– É aquele que fala de coisas apropriadas para qualquer ambiente menos para uma igreja, onde as pessoas estão famintas do pão da vida. Às vezes, o assunto é impróprio até para outros ambientes. Certa ocasião ouvi um pregador descrever o pecado de Davi com Bate-Seba com tantos detalhes que quase criou um clima erótico na congregação. Noutra ocasião, uma senhora que costumava visitar a igreja confessou-me que perdeu o interesse porque ouviu um sermão em que noventa por cento do assunto girava em torno dos casos de prostituição da Bíblia, descritos com detalhes. E acrescentou: "Achei repugnante. Se eu quiser ouvir sobre prostituição, ligo a TV". De outra vez, um amigo me contou de um sermão que o fez sair traumatizado da igreja, pois o pregador gastou metade do tempo relatando as cenas horrorosas de um caso de estupro. Por favor, pregadores: o púlpito não é para isso. Para esse tipo de matéria existem os noticiários policiais.
5) O SERMÃO REPORTAGEM– É aquele que fala de tudo, menos da Bíblia. Inspira-se nas notícias de jornais, manchetes de revistas e reportagens da televisão. Parece uma compilação das notícias de maior impacto da semana. É um sermão totalmente desprovido do poder do Espírito Santo e da beleza de Jesus Cristo. É uma tentativa de aproveitar o interesse despertado pela mídia para substituir a falta de estudo da Palavra de Deus. Notícias podem ser usadas esporadicamente para rápidas ilustrações, nunca como base de um sermão.
6) O SERMÃO DE MARKETING– É aquele usado para promover e divulgar os projetos da igreja ou as atividades dos diversos departamentos. Usar o púlpito, por exemplo, para promover congressos, divulgar literatura, prestar relatórios financeiros ou estatísticos, ou fazer campanhas para angariar fundos, seja qual for a finalidade, destrói o verdadeiro espírito da adoração e, portanto, atrapalha o culto. A Igreja precisa de marketing, e deve haver um espaço para isso, mas nunca no púlpito. Isso deve ser feito preferivelmente em reuniões administrativas.
7) O SERMÃO METRALHADORA– É usado para disparar, machucar e ferir. Às vezes a crítica é contra um grupo com ideias opostas, contra administradores da igreja, contra uma pessoa pecadora ou rival ou mesmo contra toda a congregação. Seja qual for o destino, o púlpito não é uma arma para disparar contra ninguém. Às vezes o pregador não tem a coragem cristã de ir pessoalmente falar com um membro faltoso e se protege atrás de um microfone, onde ninguém vai refutá-lo, e dispara contra uma única pessoa, sob o pretexto de "chamar o pecado pelo nome". Resultado: a pessoa fica ferida, todas as outras, famintas, e o sermão não ajuda em nada.

Às vezes o disparo é contra um grupo de adultos ou de jovens supostamente em pecado. Não é essa a maneira de ajudá-los. Convém ressaltar que chamar o pecado pelo nome não é chamar o pecador pelo nome. Chamar o pecado pelo nome significa orar com o pecador e se preciso chorar com ele na luta pela vitória. A congregação passa a semana machucando-se nas batalhas de um mundo pecaminoso e de uma vida difícil e chega ao culto precisando de remédio para as feridas espirituais, não de condenação por estar ferida. Em vez de chumbá-la com uma lista de reprovações e obrigações, o pregador tem o dever santo de oferecer o bálsamo de Gileade, o perdão de Cristo como esperança de restauração. As obrigações, todo mundo conhece. Nenhum cristão desconhece os deveres do evangelho. Em vez de apenas dizer que o cristão tem de ser honesto, por exemplo, mostre-lhe como ser honesto pelo poder de Cristo. Isso é pregação com poder.

Todos esses sermões mencionados acima atrapalham o culto mais do que ajudam. Prejudicam o adorador, prejudicam a adoração. São vazios de poder. Se você quer ser um pregador de poder, busque a Deus, gaste dezenas de horas no estudo da Bíblia antes de pregá-la, experimente o perdão de Cristo e estude os recursos da comunicação que ajudam a chegar ao coração das pessoas.

(fonte: MARINHO, Robson Moura. A Arte de Pregar – A Comunicação na Homilética. São Paulo: VIDA NOVA, 1999. 192 p. p. 20-23.)



PROTESTO E UTOPIA – Por Wagner Pedro



Eu tenho um sonho que um dia nas igrejas todos serão tratados iguais, sem distinção de qualquer natureza.
Eu tenho um sonho que um dia ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude das Sagradas Escrituras.
Eu tenho um sonho que um dia ninguém será humilhado publicamente em uma igreja.
Eu tenho um sonho em que um dia a manifestação de pensamento em uma igreja não será interpretada como rebeldia.
Eu tenho um sonho em que um dia os líderes religiosos respeitarão a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem de seus liderados.
Eu tenho um sonho em que um dia os líderes religiosos respeitarão o ir e vir de seus liderados.
Eu tenho um sonho em que um dia se reunir pacificamente para um culto doméstico não será considerado conspiração contra a liderança.
Eu tenho um sonho em que um dia ninguém será persuadido a permanecer em cargo sob a ameaça de represálias.
Eu tenho um sonho em que um dia nas igrejas as ideias das pessoas simples não serão roubadas e colocadas em práticas por pessoas que só querem se autopromoverem à custa dos pequenos (pessoas sem cargo eclesiástico).
Eu tenho um sonho em que um dia todos na igreja terão o direito de saber informações sobre como está sendo investido o dinheiro dos dízimos.
Eu tenho um sonho em que um dia todo membro terá direito a uma carta de recomendação, mesmo se constar averbação, mas que isto não lhe será negado.
Eu tenho um sonho em que um dia na igreja a disciplina a ser aplicada terá critérios escritos, não apenas pela opinião do líder, que pode ser brando para com amigos e rígidos para com inimigos.
Eu tenho um sonho em que um dia nas igrejas não se farão discriminação contra idosos, viúvas, órfãos, pobres, analfabetos e deficientes.
Eu tenho um sonho em que um dia na igreja se fará inclusão social das minorias discriminadas na sociedade.
Eu tenho um sonho em que um dia todas as igrejas terão orfanatos, asilos, centro de recuperação de drogados, farmácia popular, velório, faculdades e hospitais.
Eu tenho um sonho em que um dia o racismo nas igrejas será erradicado.
Eu tenho um sonho em que um dia nas igrejas não se comercializarão os estudos bíblicos.
Eu tenho o sonho em que um dia todo acusado de pecado na igreja terá direito a contraditória e ampla defesa, para que a calúnia não tenha mais tanta força como atualmente.
Eu tenho um sonho em que um dia uma igreja respeitará a outra, sem pensar que adquiriu o direito da salvação com exclusividade.
Eu tenho um sonho em que um dia nas igrejas a viúva do obreiro não ficará desamparada.
Eu tenho um sonho em que um dia o obreiro jubilado será tratado com todas as honras até o final da sua vida.
Eu tenho um sonho em que um dia na igreja o obreiro terá segurado: auxilio funerário, seguro de vida, previdência, FGTS e espórtula.
Eu tenho um sonho em que um dia nas igrejas se um membro desejar ser candidato político, este não recebará patrocínio, e o mesmo será advertido pela liderança que, política não é ativismo religioso, porque se governa para cristãos e não cristãos.
Eu tenho um sonho em que um dia nas igrejas a mulher não será tratada como um mero objeto e que não só receberá cargos de doméstica.
Eu tenho um sonho em que um dia o voto para nomear a diretoria da igreja terá valores iguais para todos, e que todos terão o direito a voto.
Eu tenho um sonho em que um dia na igreja terá um tribunal de ética com poder de cassar direito de líderes, que descumprem as Sagradas Escrituras, após devido processo.
Eu tenho um sonho em que um dia na igreja será erradicada a corrupção.
Eu tenho um sonho em que um dia na igreja será erradicado o lobby (grupos de pressão que visa a influenciar decisões do corpo eclesiástico em favor de interesses individuais e não coletivos).
Eu tenho um sonho em que um dia será erradicado o nepotismo.
Eu tenho um sonho em que um dia na igreja será erradicada a vitaliciedade de qualquer cargo ou função.
Eu tenho um sonho em que um dia na igreja será erradicada a gerontocracia (governo dos velhos que não permitem as novas lideranças chegarem ao topo).



ARCA DE NÓE E A ARCA NOSSA - Por Wagner Pedro


INTRODUÇÃO:

 

A arca de Noé foi colocada por muito tempo em descrédito por aquele grupo de pessoas que duvidam da BIBLIA.

 

Principais argumentos dos que duvidam da existência do dilúvio e da arca de Noé:

·         Dizem que é um folclore religioso

·         Dizem que não havia água suficiente na atmosfera para destruir o mundo

·         Dizem que a arca não comportaria todos os animais

 

Pois bem, vamos às refutações:

 

A terra que existia no dilúvio era bem diferente do que vivemos hoje.

“E fez Deus a expansão e fez separação entre águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão” Genesis 1:7 (Deus fez separação entre o mar e o céu)

“E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente, e voem as aves sobre a face da expansão dos céus” Genesis 1: 20.

A terra era envolvida por inteiro de uma camada de vapor (Júpiter, Saturno e Venus), que a protegia dos raios. A terra era por inteiro tropical, repleto de verde e de neblina, contendo água suficiente na atmosfera.

 

Hoje temos provas do dilúvio:

·         Conchas de água doce no mar salgado

·         Turfeiras de água doce no mar salgado

·         Restos de arvore no mar

·         Restos de animais no mar

·         Amostra de cristais formados de sal a 1828 metros de altura no monte ararat

 

Da onde veio tanta água?

“... se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas do céu se abriram” Genesis 7: 11, segunda parte. (águas do oceano + águas dos céus).

 

O que fez as nuvens se transformar de estado gasoso em liquido?

A ação de um vulcão em erupção esfria a atmosfera da terra. Erupções em diversas partes da terra causariam a queda da temperatura, que faria a camada de vapor entrar em colapso liberando a chuva.

 

A arca existiu algum dia? E era de tamanho suficiente?

·         Formato de uma caixa 

·         137 metros de cumprimento

·         23 metros de largura

·         14 metros de altura

·         3 pavimentos, o mais baixo para os animais selvagens, o do meio para aves e animais domésticos e o nível mais alto para seres humanos, os animais machos foram separados das fêmeas para evitar procriação

Exemplos:

·         Equivalente a um prédio de quatro andares em um quarteirão

·         Metade do transatlântico Queen Mary

·         24 quadras de basquete

·         Capacidade para 528 vagões de carga

 

De onde veio a madeira?

Noé plantou arvores antes do dilúvio, conforme narrativa do gênesis.

 

Comportaria todos os animais?

Foi calculado que o tamanho médio dos animais é o de uma ovelha. Tendo outros menores e maiores. Nesta proporção caberiam em 200 vagões de carga.

Lembrando que espécie é diferente de variedades, então não entrariam um casal de tigre e outro de gato, pois ambos são felinos. Cerca de 45.000 animais poderiam ter entrado na arca.

 

Hoje temos provas da arca de Noé:

·         1904 – Jorge Racompiam escalou o monte ararat, descobriu a arca e a explorou

·         1915 – soldados russos avistaram sob o comando do coronel Alexsander Cool, porém as evidências foram destruídas em 1917 com a revolução russa

·         1953 – Jorge Green, geólogo americano fotografou a arca, porém elas desapareceram após sua morte.

·         1955 – Fernand Navarra, explorador trouxe destroços para avaliação cientifica

Atualmente o governo turco não autoriza expedição da arca por questões políticas e religiosas.

 

O porquê do juízo?

Julgamento por afogamento daqueles zombadores que não crêem em Deus.

 

Nesta época o povo era:

·         De longa vida

·         População grande

·         Conhecimento avançado

·         Imoral e violento

·         A fé em deus praticamente inexistente

 

O Pacto que Deus Fez com Noé?

Genesis 9 não haverá mais julgamento pelas águas.

 

Os últimos dias da História Humana?

 

1.    Divisão de salvos e não salvos - Apocalipse 3:10

 

Condições para ser salvo do Juízo:

·         Ter o nome escrito no livro da vida – Apocalipse 20:12

·         Ser lavado pela palavra de Deus – João 15:3

·         Ter paz com o próximo – Hebreus 12:4

·         Procurar a santificação – Hebreus 12:4

·         Nascer de novo de água e de espírito – João 3:7

 

2.    O Novo Juízo sobre a terra. Os anjos anunciam cada Julgamento:

·         1º Trombeta: Fome – Apocalipse 8:7

·         2º Trombeta: Águas Furiosas – Apocalipse 8:8 e 9

·         3º Trombeta: Estrela (Absinto) = Sede – Apocalipse 8:10 e 11

·         4º Trombeta: Os astros são feridos (escuridão) - Apocalipse 8:12

·         5º Trombeta: Cairão estrelas na terra, abrirá o abismo e gafanhotos saíram a comer a carne dos homens (símbolo de demônios ou de material de guerra) – Apocalipse 9: 1-12

·         6º Trombeta: 4 (quatro) anjos soltos (demônios) e mataram a terça parte da humanidade (talvez com doenças) -  Apocalipse 9:13-21

·         7º Trombeta: Cairão chuvas com o peso aproximado de um talento, pela a atual tabela de pesos e medidas, equivalente a 30 quilos. As pessoas ficaram com chagas malignas e o sol se escurecerá 7 (sete) vezes mais. – Apocalipse 11:15-19

 

3.    1.000 anos de paz – Apocalipse 20

4.    O Juízo Final – Apocalipse 20:11-15

5.    Criação de Deus de um novo céu e uma nova terra – Apocalipse 21

 

Quem não herdará o novo céu e a nova terra?

Apocalipse 21:8 – Fraco (quem desistiu), incrédulo (quem não crê), abominável (aquele que Deus se aborreceu de suas atitudes), homicidas, fornicadores (aqueles que têm relações sexuais não permitidas, p.ex. adúlteros), feiticeiros (bruxos), idólatras (aqueles que adoram estatua, figura ou imagem) e os mentirosos. Todos estes serão lançados no lago que arde com enxofre.

 

 

Quem é a sua arca?

As histórias do antigo de testamento (antiga aliança) são sombras (símbolos) das coisas que estavam por vir no novo testamento (nova aliança). Na época de Noé uma arca de cedro foi o instrumento usado por Deus para a salvação daquela família temente a sua palavra. Aproxima-se um segundo Juízo, que será ainda mais doloroso do que o anterior, mas desta vez a salvação será através de Jesus Cristo que representa a arca nos tempos modernos.

 

Jesus Cristo de Nazaré o único Deus homem que existiu!

 

·         Napoleão Bonaparte quando estava preso na ilha de Santa Helena comentou com o general Bertrand: “Escute, Jesus Cristo não é um homem, seu nascimento, sua vida, sua doutrina, seu império, seus discípulos ao longo dos séculos, para mim é uma maravilha e um mistério inexplicável”.

·         Leonardo da Vinci, quando pintou “A Ultima Ceia”, convidou um amigo para ver a obra, o homem disse: “Que cálice lindo!”, então Leonardo cobriu o cálice com tinta e disse que nada poderia chamar mais a atenção do que o rosto de Jesus.

·         Voltarie, escrito francês, dizia que a fé cristã iria desaparecer durante sua vida. Mas na hora da morte, pediu perdão e disse: “Cristo! Cristo!”

·         Lecky, escritor, disse: “Três curtos anos tiveram mais influência para melhorar e regenerar a humanidade que todas as pesquisas filosóficas e todas as exortações dos moralistas.”

·         O imperador romano Juliano, o apóstata, abandonou o cristianismo, restabeleceu o paganismo, perseguiu os cristãos. Um dia desafiou um cristão: “E agora o que está fazendo o carpinteiro de Nazaré? O cristão respondeu: “Está cortando a madeira para fazer seu caixão”. Segundo a história, pouco tempo depois, em uma batalha contra os persas, ferido Juliano tomou um punhado do seu sangue, jogou para o alto, e gritou: “Você venceu Galileu!”





É sabido que no Brasil a sociedade comemora o nascimento de Jesus Cristo na data de 25 de dezembro. Este se prende ao fato do Papa Júlio I, em meados do século IV, estipular que a data oficial do nascimento de Cristo seria sempre no dia 25 de Dezembro. Curiosamente, nesta data a posição do sol fica num ponto mais alto, o que incentivava a realização de diversas festividades pagãs.

São muitos os deuses pagãos associados ao sol, e coincidentemente, todos tem seu nascimento comemorado na data de 25 de dezembro:
1.    Hórus (deus egípcio)
2.    Átis (deus romano)
3.    Krishina (deus indiano)
4.    Mitra (deus persa)
5.    Baco/Dionísio (deus Greco-romano) 
6.    Buda (deus em quase toda a Ásia)

Outra coisa intrigante é o simbolismo com o número 12 na Bíblia:
1.    As 12 tribos
2.    As 12 pedras do Jordão
3.    Os 12 irmãos de José
4.    Os 12 Juízes de Israel
5.    Os 12 profetas do Antigo Testamento
6.    Os 12 Reis de Israel
7.    Os 12 príncipes de Israel
8.    Os 12 anos de idade quando Jesus foi ao templo

Cumprem mencionar, as semelhanças de Jesus e José:
·         Nasceram de um milagre
·         12 irmãos/12 discípulos
·         Vendido por prata
·         Judá vende José/Judas vende Jesus
·         Ambos começaram seus serviços aos 30 anos

        Trouxe esses dados para instigar a curiosidade alheia, mas devemos ter cuidado com estudo teológico. 
         
        Conheço autores, que usam de um artifício da cabala, pegando os nomes bíblicos, e vendo o valor numérico de cada consoante, evidente que, chegará a um respectivo valor.  
        
       Mas isso não nos dá o direito de enxergar um significado oculto em cada detalhe das Sagradas Escrituras, em vez de exegético, não passa de especulação.






Babilônia – por Wagner Pedro


Os descendentes de Noé se estabeleceram em Shin ‘ ar (shainar). Deus queria que eles se espalhassem e multiplicassem.
Ninrode (bisneto) de Noé, em desobediência liderou uma rebelião contra Deus. Senão vejamos:
“E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.”
Gênesis 11:3-9
A palavra Babilônia é a forma grega de escrever Babel. No ano 2.000 antes de Cristo, Hamurabi reergue a Babilônia.
Hammurabi, foi o sexto rei da primeira dinastia babilônica. Conseguiu, durante o seu reinado, conquistar a Suméria e Acádia, tornando-se o primeiro rei do Império babilônico.

 No final do seu reinado, uma enorme "estela" em diorito, na qual ele é retratado recebendo a insígnia do reinado e da justiça do rei Marduk. Abaixo mandou escreverem 21 colunas, 282 cláusulas que ficaram conhecidas como Código de Hamurábi (embora abrangesse também antigas leis). Essa legislação estendeu-se pela Assíria, pela judéia e pela Grécia.
Os assírios dedicaram-se as técnicas de guerra, com um poderoso exército, o primeiro exército organizado do mundo. O segredo de sua eficácia militar era o domínio da tecnologia do ferro na fabricação de armas e ferramentas. A eficiência de seus ataques explica-se também pelos velozes carros de guerra puxados por cavalos. Seu objetivo era saquear os povos conquistados e obrigá-los a pagar tributos.
A cidade da Babilônia tornou-se o maior centro cultural e comercial de todo o Oriente.
A cidade da Babilônia:
Uma cidade que possuía 200 mil habitantes, sendo a maior cidade planejada e protegida da terra. Idólatras adoravam Ishtar deusa do amor e Meroque conhecido como Bel que quer dizer “Senhor”.
A cidade era o poço de vícios do mundo antigo. Nabucodonosor construiu uma torre chamada de zigurat no lugar da torre de Babel.


Legado Cultural da Mesopotâmia:
· Divisão do ano de 12 meses e a semana de 7 dias;
· A divisão do dia em 24 horas;
· A crença nos horóscopos e os doze signos do zodíaco;
· O hábito de fazer plantio de acordo com as fases da Lua;
· O círculo de 360 graus;
· O processo aritmético da multiplicação;
· O cálculo das quatro operações aritméticas;















· A extração de raiz quadrada;
          · A álgebra;
· O sistema de numeração sexagesimal, que dividiu a circunferência em 360º e à hora em 60 minutos;
· A distinção entre planetas e estrelas;
· A arte de prever eclipses;
· O primeiro conjunto de leis escritas, o Código de Hamurabi, feito pelos babilônios no século XVIII a. C.
Profecias:
Anunciai entre as nações; e fazei ouvir, e arvorai um estandarte, fazei ouvir, não encubrais; dizei: Tomada está babilônia, confundido está Bel, espatifado está Merodaque, confundidos estão os seus ídolos, e quebradas estão as suas imagens. Porque subiu contra ela uma nação do norte, que fará da sua terra uma solidão, e não haverá quem nela habite; tanto os homens como os animais fugiram, e se foram. Jeremias 50:2-3
Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão.Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortuosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro.Dar-te-ei os tesouros escondidos, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome.Isaías 45:1-3


Evolução Histórica:
1.          No ano de 1.400 A.C (600 anos depois de Hamurabi) os Hititas invadem e acabam com a Babilônia.

2.          No ano 689 A.C (711 anos depois de Hamurabi) o Rei Senaqueribe da Assíria queima a Babilônia.


3.          No ano 612 A.C (7 anos depois de incendiada)  a Babilônia comandada pelo Rei Nabucodonosor  toma o Egito. No mesmo ano toma Jerusalém e transforma Judá em seu servo.

4.          603 A.C (2 anos depois) Nabucodonosor invade Jerusalém e deixa suas tropas.


5.          597 A.C (6 anos depois) Joaquim o príncipe foi levado cativo e Zedequias foi colocado como Rei fantoche.

6.          596 A.C (1 ano depois que Zedequias foi empossado) tem a traição, Zedequias se alia ao Egito.


7.          587 A.C Nabucodonosor queima tudo inclusive o Templo de Salomão.

8 – No ano 562 A.C morre o ditador Nabucodonosor.
9- No ano 539 A.C (vinte e três anos depois) Belssazar neto de Nabucodonosor oferece banquete para 1.000 príncipes. Nesta mesma noite faleceu (Daniel cap. 5).
O tempo da Babilônia havia se acabado, no mesmo dia Ciro o Grande, invade a Babilônia e destrói tudo que encontra pela frente.
Conclusão:
A babilônia para nós cristãos representa um sistema mundano longe do nosso criador (apocalipse 17:5). A Babilônia recebeu o que merecia no curso da história humana porque aqueles que governaram pensavam em si mesmo como pequenos deuses. Todos aqueles que vivem em um sistema mergulhado no pecado, terá o mesmo fim desta nação, que foi amaldiçoada, destruída e que ficou no passado.
Bibliografia: 1 - História Mais – UNIP . 2 – Dicionários Filosófico Volt Arie – 3. Bíblia Online





PREGADORES OU CLONES? – PR. ELIEL SOBRINHO

 

No decorrer da história, homens como, Jerônimo Savonarola, Martinho Lutero, João Wesley, Carlos Finney, Hudson Taylor, Spurgeon, Dwight Moody e por não falar tantos outros, que a lista não seria pequena. Sem estes por sua vez, perder suas características foi grandes vultos humanos, homens ilustres em valor, valentes, fiéis, vencedores, desbravadores. Em fim, a vida desses homens nos inspira; e continua nos inspirando com seus sermões ardentes e empolgantes, bem como suas histórias.

Mas infelizmente o que se tem percebido é clones. Pregadores que perderam totalmente sua identidade, imitando no vestir, no falar, no gesticular, até mesmo na oração, os grandes do passado e do presente.

Aos que receberam do Senhor esse chamado, devem estar ciente dos fatos, principalmente da renuncia, que ela exige de cada um. Jesus certa feita se dirigiu algumas pessoas que queriam segui-Lo.

Ao primeiro disse: “As raposas têm covis, e as aves, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. Ao segundo Jesus lhe respondeu: “deixa aos mortos o enterrar os seus mortos”.
Ao terceiro “Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.

Alguém se ofereceu para seguir Jesus. E seguir a Jesus requer empenho radical de fidelidade. O que Jesus esta dizendo, que não há nada demais possuir uma casa, uma cama, ou de possuir filhos, de cuidar dos pais, ou demonstrar respeito com a família, mas seguir a Jesus exige-se um preço muito alto, até mesmo corte no laço familiar que muitas vezes nos prendem. (Lc.8:19;20)

A Bíblia nos mostra alguns homens deixaram alguma coisa para serviço do Senhor:
Abraão deixou sua terra e sua parentela. Gn.12:1-4
Moisés deixou sua elevada posição. Ex.3:4-10; At.7:20; Hb.11:24-26
Elizeu deixou seus bois e sua agricultura. I Rs.19:19-21
Mateus deixou a coleta. Lc.5:27,28
Pedro e André deixaram suas redes de pescar. Mt.4:18-20
Tiago e João deixaram seus barcos e seu pai. Mt.4:21,22

A Bíblia também trata de muitos homens, cujas vidas nos inspiram e nos ensinam preciosas lições. Estas qualidades deveriam ser inerentes nas vidas daqueles que receberam um chamado da parte do Mestre. Veja alguns exemplos:


Eliezer - Humildade – Gn.24:2,34
Moisés – Fidelidade – Nm.12:7
Samuel – Santidade – I Sm.12:2-5
Daniel – Integridade – Dn.6:4
Barnabé – Espiritualidade – At.11:24
Paulo – Fidelidade – II Tm. 4:7
Tíquico – Fidedignidade ou digno de confiança – Cl.4:7,8
Epafras – servo fiel - Cl.1:7; Fm.23
Demétrios – vida irrepreensível, caráter – III Jo.12.

Assim como a Bíblia exemplifica o sucesso de alguns obreiros no ministério, da mesma forma a Bíblia ilustra acerca dos maus obreiros, pregadores, pelos quais não devem ser admirados e nem seguidos como exemplos.
Jr.6:13 - profetas e sacerdotes avarentos
Ez.34:2,10 – pastores egoístas e vaidosos, que só cuidam dos seus próprios negócios.
Os.4:6 – obreiros omissos no ensino da lei divina.
Mt.25:26,30 – “servo mau, negligente, inútil”
At.20:30 – Falsos obreiros que atraem seguidores através dos falsos ensinos.
II Pe.2:1,19 – Falsos obreiros que anunciam um evangelho fácil, sem renuncia e sem santificação.

Há também dentro dessa classe, aqueles que trabalham em dupla como:
Simei e Zilba – II Sm.19:16,17
Acaz e Uzias – II Rs.16:10
Himineu e Fileto – II Tm.2:17,18
Nadabe e Abiu – Lv.10:1

Também existe um outro grupo que podemos chamar ou tratar de “os autochamados”, isto é, aqueles que se oferecem sem nenhuma preparação, chama-se a si mesmo, sem Deus ter qualquer participação no caso. Exemplos disso têm:
Ló simplesmente foi com Abraão. Gn.13:5
Aimáas era levita, filho do sacerdote Zadoque.
Aimáas saiu sem ser chamado, nem enviado. Esta é a figura do obreiro sem ministério e pior sem mensagem.

Billy Graham disse que os três maiores problema no meio cristão são:

a) Um cristianismo sem Cristo
b) Uma reconciliação sem perdão
c) Pregadores sem mensagem


A revista Defesa da Fé, ano 3; n° 20 de março de 2000; cujo o convidado prof. Christiano P. Neto da ABPC (pós-graduação em Ciências pela Universidade de Londres, professor universitário, como; por exemplo, na Universidade Federal de Viçosa – MG), veja o que escreveu sobre a “clonagem”.

“A verdadeira experiência de clonagem, entretanto, consiste em se obter um ser vivo (clone) exatamente igual, do ponto de vista genético, ao ser do qual ele foi clonado. Sabemos que os clones carregam consigo o mesmo material genético do ser que o originou, isto é, do qual foi clonado. Mas quanto ás características psicológicas, suas preferências, suas habilidades? Que podemos dizer acerca da questão espiritual?”

Abordando acerca dos clones em relação aos gêmeos; o prof. Diz que: “Oriundos do mesmo material genético, eles guardam entre si semelhanças muito significativas, mas não totais. Gêmeos idênticos, por exemplo, possuem impressões digitais distintas. Já com os clones, a situação é inteiramente diferente. Neste caso, os clones e o doador são de fato geneticamente idênticos...isto, entretanto, não significa que eles sejam réplicas exatas um do outro. Caso os clones humanos venham a ser tornar uma realidade, vamos ter alguns problemas nessa áreas. Como se sentiriam os clones sendo praticamente filhos de ninguém? Que diferença apresentariam em relação aos demais seres humanos? Seriam eles discriminados pelo restante da população?”

O fator predominante aqui é fazer aproveito do assunto abordado e chamar a atenção aos chamados pregadores (clones).
Muitos se vestem, falam, se comportam, oram, até se expressam da mesma maneira.

Vejam bem,... “eles guardam entre si semelhança muito significativa, mas não
totais.” Ainda que queira se reproduzir da mesma maneira em todos os aspectos será notado sem dúvida por alguém que você não é o outro, significando que não são réplicas exatas um do outro...”

Quando o apostolo Paulo nos aconselhou a imitá-lo (I Co.11.1), estava nos encorajando a imitá-lo na fé, no caráter, em seus procedimentos e ações diante de Deus e dos homens e não entoações de voz, gestos e maneiras de ser vestir.
Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo. O termo imitar vem do grego μιμηταί, esse termo imitação derivado do latim imitatio (resulta de imitari, da mesma raiz de imago, “imagem”) foi comumente utilizado como sinônimo do termo grego mimesis (resulta do verbo mimeisthai e de mimos, “mímica”, “imitação”, “arte”, “mimese”). Apesar das suas diversas metamorfoses semânticas, que vão desde uma cópia irrefletida quanto à representação, passando pela reprodução de modelos, pela duplicação realista ou pelo simulacro ilusionista, entre outras, existe entre elas um elemento comum: a imitação supõe a apresentação de qualquer coisa num plano-outro-mediato que se diferencia daquele plano-mesmo-imediato em que a coisa é apresentada. Deste modo, torna-se menos redutora e insuficiente a tradução verbal do conceito de imitação que, geralmente, se expressa como reprodução mais ou menos imperfeita de um original conhecido.

A Bíblia Pentecostal traz uma nota acerca dos crentes bereanos (At.17.11): “O exemplo dos crentes bereanos serve de modelo para todos quantos ouvem os pregadores e ensinadores expondo as Escrituras. Nenhuma interpretação ou doutrina deve ser aceita sem exame. Pelo contrario, tudo deve examinada (Gr.examinar; anakrino – peneirar para cima e para baixo; fazer um exame cuidadoso e exato) cuidadosamente. Somos levados a uma averiguação da palavra, e não a imitação.
John Ankerberg e John Weldon em seu livro; os Fatos sobre o Movimento da Fé, afirma-nos que: “ Não podemos nos tornar cristão maduros sem estudar. Estudar é necessário... cada um de nós tem a obrigação diante do Senhor de estudar a sua palavra e prepara para crescer...e tal maturidade só pode ser obtida mediante o conhecimento da sã doutrina e do viver conforme os seus preceitos.” No final ele diz “...erro gera erro, heresia gera heresia, sempre em nome da verdade e em nome do evangelho...”
Esse é o problema dos clones, se não meditar na Palavra de Deus.

Bibliografia:


Pregadores ou Clones? Eliel Sobrinho pag.28, 29, 30,31

Defesa da Fé – ICP, revista de Apologética do Instituto cristão de Pesquisa. Ano 3; nº 20 de março de 2000 – pg 18,21,22

Fatos sobre o Movimento da Fé – John Ankerberg e John Weldon – pg. 18,21,24,84

Antonio Gilberto – apostila – o obreiro do Senhor; pag. 2,3

Bíblia de Estudo Pentecostal – pag. 1669, 1735,1954,1973,1675

Ética e Esperança na Igreja no Brasil - Ariovaldo Ramos

 

" Vós não sabeis de que espírito sois. " disse Jesus em Lc 9.55, aos irmãos Tiago e João, que, quando perceberam que uma aldeia de Samaria se recusava a permitir a passagem de Jesus, perguntaram-lhe se gostaria que pedissem ao Pai que mandasse fogo do céu para destruir aquela vila. Jesus explicou que o filho do homem não veio para destruir o alma dos homens, mas para salvá-los. 

Jesus estava ensinando ética para os seus discípulos. O que eles sugeriram não combinava com caráter da obra, da pessoa e da natureza de Cristo. Ética é isso, a coerência entre meio e o fim. Sei que há muitas outras definições possíveis, mas, ficarei com esta, que aponta para a finalidade e a natureza como norte. O meio pode ser um pensamento, uma motivação, uma atitude, um ato, etc.. 

Tiago e João faltaram com a ética porque não entenderam quem eram, portanto, não sabiam como se portar. Porque quem não sabe quem é e para o que existe, não sabe o que pensar, que motivação deve ter ou aceitar, que atitude deve acalentar, que ação deve tomar. Jesus, ao contrário desses discípulos, sabia quem era, se chamou de o filho do homem, sabia que era o grande representante da humanidade, o modelo de gente e o único caminho para a nossa salvação. Jesus sabia, assim, exatamente, como deveria se portar em todos os sentidos.

Para falar sobre a relação entre a igreja e a ética, temos de entender o que é a igreja. A igreja é a comunhão dos seres humanos que receberam a mesma revelação que Pedro e que, portanto, adora a Jesus. A revelação que Pedro recebeu foi de que Cristo é o filho do Deus vivo, portanto, é Deus, e Deus a gente adora. Adorar a Cristo é proclamá-lo, ele, a encarnação da virtude de Deus e imitar Jesus de Nazaré. Porque o João disse que quem diz estar nele deve andar como ele andou, e Paulo disse, de si mesmo, que ele era um imitador de Cristo, e que nós deveríamos seguir seu exemplo, disse, também, que vivia para anunciá-lo. 

Assim, a igreja é a comunhão de pessoas que, individual e comunitariamente, no poder do Espírito, imitam e anunciam a Jesus de Nazaré, o Cristo, no seu dia-a-dia, em tudo o que fazem. O Cristo que a gente imita é o Cristo que habitou entre nós. Porque Paulo disse que a gente devia contemplar a glória do senhor e não o senhor da glória; e a glória do senhor é Jesus de  Nazaré, o Cristo, fazendo da vontade e comunhão com Deus a sua comida e bebida, e andando por todos os lugares fazendo o bem para todas as pessoas. 

Também, temos de nos lembrar de que, quando João estava nas regiões celestes chorando porque não havia quem pudesse tomar o livro da mão daquele que estava sentado no trono, um ancião apontou para ele o leão da tribo de Judá, porém, tudo o que ele conseguiu ver foi o Cordeiro que foi morto. O céu pode falar do leão, porém, a gente só vê o Cordeiro, se temos de imitar alguém, só podemos fazer isso em relação a alguém que a gente pode observar, e a gente vê o Cordeiro, portanto, só dá para imitar o Cordeiro. 

A espiritualidade cristã não é a do leão mas, a do Cordeiro. Isso deveria influenciar a nossa liturgia, de modo que tanto as nossas músicas como os demais movimentos litúrgicos deveriam nos mostrar o Cordeiro, que foi morto e que ressuscitou ao terceiro dia, em sua devoção ao Pai e serviço aos homens. 

A igreja também é um homem coletivo, Paulo disse que Jesus Cristo criou, nele mesmo, um Novo Homem, esse novo homem é fruto da reconciliação entre judeus e gentios. Recordemos que, para a mentalidade judaica, o mundo estava dividido em dois grupos: judeus e gentios. O que os separava era a compreensão e o relacionamento com Deus, os judeus sabiam de tudo sobre Deus e com ele tinham comunhão, os gentios, por sua vez, não tinham nada, estavam sem Deus no mundo e, portanto, sem senso de finalidade e sem esperança. Jesus Cristo ao apresentar-se a ambos como a única possibilidade de realmente se ter acesso às promessas de Deus, colocou-os numa mesma base, acabou a briga, tanto um quanto o outro precisam de Cristo para ter Deus. 

A medida que judeus e gentios vão admitindo isso, e se rendendo a Jesus, passam a formar a nova humanidade, porém, com uma diferença significativa em relação a anterior, são habitação do mesmo Espírito e passam a se amar tanto que essa unidade, o homem coletivo, fruto desse Espírito, aparece. E a imagem e semelhança da Trindade é plenamente manifestada. 

Então, viver a Igreja é fomentar o surgimento dessa comunidade que manifesta essa unidade. Isso, também, deveria dar o tom de nossa liturgia; vocês já se deram conta de quantas músicas nós cantamos enfatizando a primeira pessoa do singular, eu, eu, eu... onde está o nós?, quando vamos aprender a nos ver a partir da comunidade? 

E tem mais, a igreja também está identificada com o Reino de Deus. Em Daniel o Reino é um domínio exercido por um povo que nunca o perderá; em Apocalipse é um povo de sacerdotes que reinará sobre a terra; em João Batista o Reino exige que as pessoas se arrependam, o que vai desembocar na prática da solidariedade; na fala de Jesus, que confirma João, o Reino é um sistema onde o poder é o serviço; é um lugar que só pode ser visto do lado de dentro, pois, tanto para ver como para entrar a pessoa tem de nascer de novo, logo, só vê se entrar, então, quem viu, viu do lado de dentro; e só pode participar dele quem rompeu com tudo para viver apenas por ele; é um lugar onde só a vontade de Deus é feita; é uma realidade a ser vivida e a ser aguardada, assim como, uma mensagem a ser anunciada prioritariamente aos pobres. 

Na fala de Paulo, o Reino é um estado de alegria, paz e justiça, onde o trabalhador é o primeiro a desfrutar de seu trabalho; onde quem colheu de mais não tem sobrando e quem colheu de menos não passa necessidade, e todos trabalham para acudir ao necessitado. 

A Igreja é o povo do Reino, que o vive e o sinaliza. Ser ético, então, para a Igreja, é ser coerente na história, em meio a sociedade, com a complexidade de sua natureza e finalidade. Em que músicas, leituras e orações, mesmo, nosso compromisso como povo do reino aparece? A ética começa na liturgia, na forma como nós apresentamos o nosso culto a Deus. 

A gente é ético no contexto onde a gente vive. O nosso contexto é o Brasil, país de contrastes perversos: uma das maiores economias e um dos piores índices de distribuição dessa riqueza; uma tecnologia desenvolvida ao lado dos piores índices de alfabetização e de aquisição de cultura; uma das arquiteturas mais reconhecidas e respeitadas ao lado de um dos maiores de índices de déficit habitacional e de submoradias; um dos maiores territórios do planeta, com terras das mais férteis ao lado dos piores índices de distribuição de terra; uma das mais eficazes agriculturas ao lado da fome e da subnutrição; uma medicina das mais desenvolvidas ao lado de índices estarrecedores de mortalidade infantil. 

Temos uma das legislações mais avançadas na área dos direitos humanos ao lado de graves índices de violência contra a mulher, abuso de crianças e adolescentes e prática de tortura; um dos códigos penais de maior senso humanitário ao lado de um dos sistemas carcerários mais aviltantes e degradados; uma das democracias raciais mais celebradas ao lado de um racismo pérfido, pois, sutil, não confessado e disfarçado de problema sócio-econômico, onde o negro, cantado em prosa e verso, não consegue ser cidadão e está condenado à pobreza e a ignorância.  

Temos uma das constituições mais avançadas ao lado dos piores e mais corruptos políticos encontrados numa nação classificada entre as modernas; um dos sistemas de votação mais avançados ao lado de um processo eleitoral marcado pela preponderância do poder econômico e por vícios que perpetuam no poder uma casta de caudilhos, sistema onde se tem a obrigação do voto mas não se tem o direito de veto, onde o eleito pelo povo transforma o mandato em patrimônio pessoal e fonte de riqueza; uma cultura marcada pela criatividade ao lado de um mercado cultural colonizado e emprobecedor; um dos povos que mais confessam a existência de Deus ao lado de uma vergonhosa manipulação religiosa e de arraigadas práticas de superstição, que o tornam prisioneiro de forças malignas.

O que significa agir de forma coerente à nossa natureza e finalidade num contexto desse? 

A face mais visível e, aparentemente, a que mais cresce da igreja brasileira ao invés de denunciar a injustiça social e propor e viver uma economia solidária, passou a pregar uma teologia que sustenta a desigualdade ao afirmar que a riqueza deveria ser o alvo do crente, e que o caminho é a fé atestada pelo nível de contribuição e pela capacidade de arbitrar, por decreto, sobre o que Deus deve fazer. 

Ao invés de denunciar a miséria e a dívida do estado para com os excluídos passou a denunciar a provável pequena fé dos desgraçados; ao invés de socorrer aos enfermos, enquanto denunciava o descaso, começou a apregoar uma cura instantânea para aqueles que, com um certo tipo de fé, freqüentarem o ministério certo. 

Ao invés de combater o racismo passou a estigmatizar como maligna tudo o que se relaciona com a cultura negra, como se o demônio fosse negro e, portanto, tudo o que é negro fosse demônio.

Ao invés de denunciar a corrupção passou a fazer negociatas com sórdidos representantes da camarilha que mantém o país no subdesenvolvimento, assim como, a participar, sem restrições, do jogo político, cassando o direito político de suas ovelhas, pelo constrangimento, para que votem nos candidatos escolhidos pelos líderes; líderes que ao invés de praticarem o serviço para que se forme uma comunidade, tornaram-se caudilhos que se locupletam às custas da boa fé, de gente que apenas queria Deus. 

Líderes e que se escondem em títulos pomposos enquanto transformam a igreja numa cultura de massas fácil de manobrar; ao invés de pregar a graça que foi de modo abundante derramada através de Cristo Jesus, passaram a demandar sacrifícios acompanhados de doações cada vez mais constrangidas, para que o fiel se tornasse apto para receber a bênção desejada. 

Líderes que ao invés de promoverem a mansa espiritualidade do cordeiro, promoveram a esquizofrênica espiritualidade do leão, que tenta transformar em “já” o “ainda não” do reino, enquanto transforma o “já” do reino em “nunca”; ao invés de viverem, sinalizarem e anunciarem o reino, passaram a caçar os principados e potestades nas regiões celestiais, ora localizando e derrubando os seus postes ídolos, ora ungindo de alguma forma criativa a cidade, inaugurando o que James Houston chamou de evangelização cósmica. 

Líderes que ao invés de fomentarem o surgimento da comunidade do Reino, importaram modelos de agrupamento que aumentam a produtividade da igreja na promoção do crescimento numérico, que passou a ser aval de benção divina; ao invés de pregarem e praticarem a vitória de Cristo na cruz e na ressurreição sobre todos os agentes do mal, passaram, de um lado, a pregar uma teologia que mais infundia medo do que fé, e, de outro lado, a, segundo, o articulista  Ricardo Machado, umbandizarem as igrejas.

É claro que tivemos problemas éticos em outros segmentos de igreja, sim, porque Igreja Brasileira é uma categoria ideológica evocada nas generalizações; o que existe, de fato, é uma gama de Igrejas no Brasil, não estou falando das divisões denominacionais, que, aliás estão desfiguradas, mas, dos vários jeitos de ser igreja, que acabam, por se constituir em segmentos estanques entre si. 

Houve segmento que, diante dessa realidade cruel  recrudesceu o fundamentalismo legalista e alienado, outro houve que assumiu a igreja como uma empresa, sonhando também com impérios,  e passou a importar modelos de gerenciamento que a organizasse, desenvolvesse excelência ministerial, e produzisse crescimento, usando, muitas vezes, o princípio do “apartheid”; e as ovelhas foram feitas mão de obra e os pastores foram feitos gerentes de programa. 
Graças a Deus, porém, não precisamos entrar em desespero, pois, a crise na fé cristã não é o pecar é o não se arrepender. E há sinais de arrependimento. Pois há o outro lado: Jesus Cristo não diz apenas: “vós não sabeis de que espírito sois”,  diz, também: “vinde benditos de meu pai”. 

Nos vários segmentos da igreja, a resposta apareceu: pipocaram programas de ação social, creches, distribuição de cestas básicas, distribuição de alimentos para moradores de rua, entre outros. Os programas começaram assistencialistas, mas, pouco a pouco, foram se tornando mais voltados para soluções estruturais. 

Milhares de ONGs foram criadas com as mais diferentes finalidades de cunho social: escolas, casas-lar, programas de desenvolvimento comunitário, programas de alfabetização, e muito mais. Um leve mas decisivo movimento do Espírito tem se feito sentir cada vez mais, o interesse de grupos dos vários segmentos em se ajuntarem numa frente evangélica pela inclusão social. 

É crescente interesse dos jovens, pastores e leigos, no significado dessa resposta, na retomada da questão da espiritualidade, iniciada por parte do segmento da missão integral, nos fazendo revisitar a patrística, nos encorajando a repensar o fazer pelo fazer. São sinais que evidenciam esse movimento discreto mas firme do Espírito de toda a consolação, que nos está reconduzindo a coerência.  

É daqui que temos de continuar. Temos uma teologia para desenvolver, precisamos, sob essa nova ótica, repensar a teologia sistemática e a identidade protestante; temos uma espiritualidade para retomar, a espiritualidade do Cordeiro; temos uma igreja para edificar, de modo que, pelo menos nela, todas as raças e classes desapareçam dando lugar à única raça que Deus criou, a raça humana; e, com o fim das classes, todos sejam gente como gente tem de ser, à imagem de Jesus de Nazaré. 

Temos um país para influenciar, temos profecia a proferir. Precisamos refletir, a partir dessa compreensão teológica, sobre o labor político e partidário; sobre economia; sobre genética; sobre bioengenharia; sobre a globalização, sobre a chamada pós-modernidade, sobre a nova sexualidade, sobre a fermentação religiosa, sobre o desafio do Islã, sobre formas de fazer entendida a mensagem da cruz, num mundo em mutação; sobre a questão agrária e o meio ambiente; sobre a urbanização na América Latina; sobre a relação da igreja com o estado. 

Temos de retomar o movimento de missão transcultural,dentro e fora de nossas fronteiras.

Temos de nos encontrar mais, trabalhar mais juntos, abrir o círculo para que novos não só sejam atraídos, como já o estão sendo, mas, para que se sintam bem vindos e em casa. Temos um reino para viver e para manifestar. E não estamos sós: o Senhor Jesus está  onde sempre esteve, reinando sobre sua Igreja e sobre todo o universo; e o Espírito Santo está aqui, pairando sobre o caos, soprando vida, levando a Igreja que está no Brasil a um avivamento que ainda não conheceu, o avivamento que chama à história o clamor de Jesus, retratado por Lucas: “Bem aventurados os pobres porque deles é o Reino de Deus."
 

 

Urim e Tumim



Trata-se de duas pedras que ficavam presas no peitoral de ouro do sacerdote. Êxodo 25:7 – pedras de ônix e pedras de engate para efóde e o peitoral.
A preta quer dizer “sim” e a branca quer dizer “não”. Quando não se entendia os sinais de Deus, se fazia sempre uma pergunta objetiva, que ela servia para esclarecer (I Samuel 30:7-8).
Mas cumpre mencionar que, o antigo testamento é sombra de tudo aquilo que está a porvir.
As pedrinhas urim e tumim, que representa o Espírito Santo garantem a unção do ungido.
Para Aldery Nelson Rocha o peitoral do sacerdote do Novo Testamento tem muito mais pedras preciosas, pois o seu sacerdócio é segundo a ordem de Melquisedeque.







Moisés: um Homem Preparado e Usado por Deus


O potencial da liderança de Moisés teve origem na criatividade de sua família (Hb 11.23). Quando recusara aceitar o status de neto do Faraó, ele demonstrou firmeza e convicção (v.24). Ele escolheu ser maltratado e alienado, em vez de permanecer no conforto e na segurança do palácio. Moisés expressou sua segurança pessoal de um homem que reconhecera que Deus o tinha separado à parte para uma missão especial (vv. 25,26).
Sem medo perante a ira do rei, nem imprudência, demonstrou fé nas promessas de Deus, as quais o mantiveram cativo a Deus e seus propósitos por quarenta anos no deserto. Deus testou a paciência de Moisés severamente, enquanto assistia sua vida mergulhando nas areias do deserto, aparentemente, sem nenhum alvo desafiador ou resultados marcantes que pudessem virar história.
 Quando Deus, finalmente, o chamara para abandonar o pastoreio das ovelhas do seu sogro, para assumir uma posição ímpar de pastor da nação de Israel e libertar o povo do cativeiro, Moisés tentou escapar dessa responsabilidade. Deus superou sua relutância natural, devido ao seu impedimento de falar, para que, por fim, ele comunicasse bravamente a vontade de Deus ao Faraó, ainda que naquele momento isso pudesse custar sua própria vida.
Moisés demonstrou incríveis qualidades de liderança durante os quarenta anos de jornada pelo deserto. A paciência, a preocupação pela glória de Deus e a perseverança são as qualidades que especialmente se sobressaem.
Quase que com a mesma importância foram a sua coragem perante o perigo, a sua criatividade perante a rebeldia e a sua mansidão diante de tribulações. Todos esses elementos de liderança de alta qualidade são manifestos em Moisés.
Sua fama, depois de milhares de anos, eleva-o ao nível de um dos mais extraordinários líderes de todos os tempos.A atual análise de liderança mostra que as excelentes qualidades que Moisés apresentara são tão necessárias hoje quanto elas foram três mil anos atrás. Alguns líderes desenvolvem certos valores de âmbito pessoal. Por exemplo, James J. Cribbin enfatizou a seguinte lista de traços:

A. Desempenho atual: É a habilidade de desempenhar bem as funções na posição atual que uma pessoa se encontra. Moisés recebeu o melhor treinamento e educação disponível no Egito. Como pastor das ovelhas de Jetro, ele foi completamente confiável.

B. Iniciativa: É a habilidade de ser um "auto-iniciador". Moisés tomou sua posição ao lado dos rejeitados escravos hebreus contra o mestre-de-obra egípcio que batia em um companheiro hebreu. Caso não tivesse a fibra de um líder, certamente, Moisés não poderia ter escolhido se identificar com os oprimidos e ter assassinado o opressor (Ex 2.12-13).

C. Aceitação: É a habilidade de ganhar respeito e vencer a confiança de outras pessoas. Moisés levantou a questão de aceitação pelos israelitas desde o começo. Ele sabia que quarenta anos passados no deserto do Sinai, tomando conta de ovelhas, não era a experiência que a maioria consideraria como algo essencial à liderança (Ex. 3.11). Deus usara de pragas e da função mediadora de Moisés, infligindo aqueles julgamentos milagrosos, para ganhar o respeito dos egípcios e também o dos israelitas.
D. Comunicação: É a habilidade de articular claramente o propósito e os alvos do grupo. Embora Moisés acreditasse que não tinha eloquência, tendo sido afligido com uma "boca pesada” (Ex 4.10) durante o curso de sua vida, ele exibiu uma habilidade de comunicação incomum. A habilidade "de ter acesso" às pessoas em vários níveis precisa fazer parte das funções de um líder. Em várias ocasiões, Moisés teve que responder às murmurações e as incredulidades dos israelitas com argumentos válidos e decisões persuasivas. Mais importante ainda, ele foi especialmente perito em comunicar-se com Deus. Considere a exposição do autor da conclusão de Deuteronômio:
"Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o SENHOR houvesse tratado face a face" (Dt 34.10). Um homem de oração é a exigência básica para a liderança cristã.

E. Análise e discernimento: É a habilidade de alcançar conclusões idôneas baseadas na evidência. Moisés julgou corretamente a criação do bezerro de ouro, e a sua adoração, como repúdio a Deus. De alguma forma, Arão não demonstrou a habilidade para analisar o pedido da liderança israelita. Sua análise foi tristemente prejudicada pela falta de discernimento, de tal forma, que coincidiu com os desejos deles sem qualquer reação negativa (Ex 32.1-6). Como um líder deficiente, Arão trouxe destruição à nação. O resultado foi o caos espiritual, e milhares morreram como consequência.

F. Realização: É a quantidade e a qualidade de trabalho produzido através do uso efetivo do tempo. Mais uma vez Moisés se sobressai nessa categoria. Foi ele que, não somente liderou o povo para fora do Egito, mas também, deu a Lei, o tabernáculo e as cerimônias pelas quais Israel tinha que se aproximar de Deus e conhecer a sua vontade.

G. Flexibilidade: É a habilidade de adaptar-se a mudanças e de ajustar-se ao inesperado. De um príncipe honrado na corte do faraó, a um pastor insignificante no Sinai, até um porta-voz de Deus e líder de uma nação, Moisés demonstrou tremenda adaptabilidade. Sua humildade ímpar o fez verdadeiramente maleável nas curvas e travessas do caminho que Deus colocara perante ele.

H. Objetividade: É a habilidade para controlar sentimentos pessoais, uma mente aberta. A reação de Moisés, à sugestão de Deus que ele haveria de destruir Israel da face da terra e fazer de Moisés uma grande nação, demonstra como este era destituído de sentimentos pessoais e de ambições orgulhosas (Ex 32.11-13). Uma breve reflexão mostrará que cada uma dessas oito características foram refletidas na liderança de Moisés.

Um estudo supervisionado pelo Fuller School of World Mission em Pasadena, na Califórnia avaliou 900 líderes de igrejas do passado e do presente, na esperança de descobrir quais os comportamentos básicos que melhor podiam explicar sua eficiência. A primeira convicção desses líderes afirma que eles acreditam que a autoridade espiritual é um princípio básico do poder espiritual. Já que o impacto de uma vida flui do poder espiritual de um homem, é necessário esclarecer que aqueles que têm melhor servido a Deus são aqueles que têm vivido em relacionamento mais íntimo com ele. Moisés alimentou sua intimidade com Deus através da oração, da comunhão e da obediência.
Sabemos muito pouco sobre a mãe de Moisés para tecermos comentários sobre o seu impacto na vida do filho.
Podemos ter. certeza, porém, que sua criatividade, livrando a vida de seu filho (Ex. 2.3,4), e a coragem que ela demonstrou aceitando a responsabilidade de criá-lo para a princesa egípcia, foram fatores primordiais na formação do caráter de Moisés. Será que podemos justificar a criação de um paralelo entre a mãe de Moisés e Susanna Wesley que teve um impacto no mundo através da influência que ela exerceu nos seus filhos, John e Charles Wesley, os fundadores do Metodismo do século XVIII, na Inglaterra?
Os segredos da criação dos filhos de Susanna foram resumidos da seguinte forma:

1. Ela ensinou autoridade, pela sua reverência.

2. Ela ensinou domínio, pela sua satisfação.

3. Ela ensinou sucesso, pela sua criatividade.

4. Ela ensinou sofrimento, pela sua tolerância.

5. Ela ensinou responsabilidade, pela sua regularidade.

6. Ela ensinou disciplina, pela sua bondade.

7. Ela ensinou liberdade, pela sua lealdade.

8. Ela ensinou planejamento, pela sua determinação.

9. Ela ensinou propósito, pela sua fé.

10. Ela ensinou liderança, pela sua iniciativa.

11. Ela ensinou vitória, pelo amor.
12. Ela ensinou domínio, pela sua segurança.

13. Ela ensinou liberdade, pela sua virtude.

14. Ela ensinou responsabilidade, pela sua firmeza.

15. Ela ensinou alegria, pela sua alegria.

É verdade que não podemos saber completamente como a mãe de Moisés demonstrou essas virtudes. Porém, podemos ter uma idéia de que as qualidades que o escolhido de Deus apresentara durante os quarenta anos de exaustivos desafios e tribulações, foram instiladas por um tipo de retaguarda que ele e os Wesleys receberam. Os primeiros sete anos de vida de uma criança são os mais cruciais na formação da sua personalidade.
Será que as mães estão instilando qualidades de caráter bíblico em suas crianças? Qual a influência que a televisão e os filmes têm em nossos jovens? Será que eles estão sendo moldados para o serviço de Deus, líderes que guiarão a Igreja e as organizações cristãs para o próximo milênio de forma bem-sucedida?
Extraído do Livro: O líder que Deus usa usa -Resgatando a liderança Bíblica para a Igreja no Novo Milênio-RUSSELL P. SHEDD


 

 

Olhos que Não Enxergam : Russel Shedd


"A cegueira espiritual é semelhante à tentativa de discernir a tridimensionalidade do mundo a partir de uma fotografia"


.“Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?” (Jo 14.9, NVI). É de conhecimento comum que os descrentes sofrem de uma cegueira espiritual induzida pelo “deus deste mundo” (2Co 4.4). Mas essas palavras de Jesus revelam a possibilidade de estar com Cristo sem conhecê-lo. 


Deve ser comparável ao galho na Videira (Cristo) que não produz fruto; conseqüentemente, sofre a desgraça da remoção e ser lançado no fogo.Os deficientes visuais sabem que são distintos dos outros que gozam da visão boa. Os tristes seres humanos, aflitos com cegueira física, reconhecem seu isolamento num mundo escuro. Podem tentar imaginar este belíssimo mundo, invisível para eles, exuberante e com vivas cores, vistas empolgantes de montanhas, rios, oceanos e rostos expressivos. Temos pena dos que nunca tiveram a oportunidade de se deliciar com a vista perfeita. 


Mas deficiência física é muito menos sério do que a cegueira espiritual. A escuridão condena todos os que não têm fé a concluir que o mundo físico é tudo que há. A glória do Criador se percebe pela fé, de modo que todos os sinais da glória e da majestade do seu poder e inteligência inseridos neste mundo se perdem na cegueira do materialista.


C.S. Lewis comparou a tentativa de comunicar a existência do mundo espiritual a um incrédulo a uma criatura que em toda sua vida experimentou apenas duas dimensões. Alguém que tenta explicar as três dimensões do mundo real por uma fotografia acha que o triângulo é um caminho e outro triângulo, uma montanha. O indivíduo limitado às duas dimensões fracassa completamente ao tentar compreender a realidade que a fotografia representa. Como um cão que fareja o dedo da pessoa apontando um suculento pedaço de carne, em vez de virar a cabeça, o homem preso à compreensão materialista do mundo acha que toda essa realidade de Deus, salvação e Céu não passam de imaginação fértil do crente.


Mais complexo é o caso do cristão com olhos abertos, mas incapaz de ver. Paulo ora pelos efésios, rogando a Deus pela iluminação dos olhos a fim de que eles “conheçam a esperança à qual ele os chamou”. Escreveu John H. Newman: “Abençoados aqueles que finalmente verão aquilo que olho mortal não tem visto e somente a fé goza. Aquelas coisas maravilhosas do novo mundo já existem agora como serão então. São imortais e eternos; e as almas que então serão feitos conscientes delas, as verão em sua tranqüilidade e majestade aonde nunca chegaram. 


Mas quem é capaz de expressar a surpresa e o arrebatamento que descerão sobre aqueles que finalmente os conhecerão pela primeira vez? Quem pode imaginar, por uma extensão da imaginação, os sentimentos daqueles que, tendo morrido na fé, acordam para júbilo? A vida, então iniciada, durará para sempre; porém, se a memória for para nós então o que é para nós agora, aquele dia será um dia para ser muito celebrado para o Senhor durante todas as eras da eternidade” (Dia 153, Diary of Readings, ed. J.Ballie, 1955).


A falta de ver essa gloriosa realidade escatológica torna esta vida uma cena de competição, ambição e desespero. Crentes se desviam por falta de visão do futuro que não vêem e nem imaginam. Faltando iluminação nos olhos espirituais, ficam presos ao mundo material temporário. 


Transferem os valores do Céu para a Terra e interpretam a prosperidade em termos financeiros e passageiros. Seguir a recomendação de Jesus parece loucura. “Não acumulem para vocês tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam”, em vez de acumular tesouros nos céus. Isto faz sentido somente para quem tem uma visão clara da realidade além deste mundo material.
A Deus toda a glória!



Russell P. Shedd é PhD em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo (Escócia). Fundou a Edições Vida Nova há mais de 40 anos e atualmente é consultor da Shedd Publicações. É missionário da Missão Batista Conservadora no Sul do Brasil e trabalha em terras brasileiras há vários décadas. Lecionou na Faculdade Teológica Batista de São Paulo e viaja pelo Brasil e exterior participando de conferências em congressos, igrejas, seminários e faculdades de Teologia. É autor de vários livros, entre os quais estão A Justiça Social e a Interpretação da Bíblia, Disciplina na Igreja, A Escatologia do Novo Testamento, A Solidariedade da Raça, Justificação, A Oração e o Preparo de líderes cristãos, Fundamentos Bíblicos da Evangelização, Teologia do Desperdício, Criação e Graça: reflexão sobre as revelações de Deus, todos publicados pelas Edições Vida Nova ou pela Shedd Publicações. Além disso, é autor dos comentários da Bíblia Shedd (Vida Nova).
 



 

  

Para que Serve a Igreja? : Ed René Kivitz


O mundo religioso tem seu mais novo personagem: o evangélico não praticante. A informação aparece nos resultados das últimas pesquisas realizadas pelo Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais (Ceris) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas pela reportagem O novo retrato da fé no Brasil, publicada na edição 2180 da revista ISTOÉ, de agosto último.

Os evangélicos não praticantes são definidos como “os fiéis que creem mas não pertencem a nenhuma denominação”, sendo cada vez maior o número de pessoas que “nascem em berço evangélico – e, como muitos católicos, não praticam sua fé”. Os dados revelam que “os evangélicos de origem que não mantém vínculos com a crença saltaram, em seis anos, de 0,7% para 2,9%. Em números absolutos, são mais de 4 milhões de pessoas nessa condição”.

As pesquisas apenas confirmaram uma tendência há muito identificada, a saber, o crescente número de pessoas que buscam espiritualidade sem religião, e deseja a experiência da fé sem a necessidade de submissão às instituições religiosas. É o fenômeno da fé privatizada, em que cada um escolhe livremente o que crer, retirando ingredientes das prateleiras disponíveis no mercado religioso. O novo cenário faz surgir perguntas que exigem respostas urgentes: Para que serve a igreja? Qual a função da comunidade cristã na sociedade e na experiência pessoal de peregrinação espiritual? A experiência dos cristãos no primeiro século, no dia seguinte ao Pentecostes, narrada no livro dos Atos dos Apóstolos [2.42-47; 4.32-35], serve de referência para a relevância da vivência em comunidade.

Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a memória da pessoa e obra de nosso senhor Jesus Cristo: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos”. Em tempos chamados pós modernos, quando as crenças são desvalorizadas e as verdades se tornam subjetivas e particulares, é importante saber não apenas em quem se crê, e os cristãos compreendem a fé como confiar em uma pessoa, Jesus Cristo, mas também saber o que se crê, e por isso os cristãos chamam de fé também um conjunto de crenças e afirmações a respeito do Deus em quem crêem–confiam. O Evangelho é uma boa notícia, e os cristãos devem saber qual é essa notícia. A igreja é a comunidade que preserva a memória de Jesus, sua pessoa e obra.


Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a esperança que se fundamenta na abertura para o mistério divino: “Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos [...] com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus”. Em tempos de banalização do sagrado, as pessoas perdem a noção do que Rudolf Otto chama “mysterium tremendum”, isto é, já não têm na alma o temor que coloca o homem de joelhos diante da manifestação do divino e nem mesmo esperam que tal aconteça. A igreja é a comunidade que preserva a expectativa de que o céu se abra, de que o favor divino se derrame sobre a terra.


 Enquanto o mundo vai se tornando cada vez mais frio e fechado, condenado às estreitas possibilidades da racionalidade e dos limites do poder humano, a igreja fala do milagre como possibilidade real e os cristãos se dedicam às orações. Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a oferta do amor de Deus em resposta à solidão humana: “Eles se dedicavam à comunhão, ao partir do pão [...] Todos os que criam mantinham se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade [...] Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração.


Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham. Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um”. Em tempos de individualismo, egoísmo, segregação, e competição darwinista, a igreja é a comunidade da fraternidade, da partilha, da solidariedade e da generosidade. A igreja é a comunidade da aceitação, do perdão e da reconciliação. É na igreja que se concretiza a oração de Jesus a respeito de Deus e os homens: “que sejam um”.


Para que serve a igreja? A igreja serve para manter vivos os sinais do reino de Deus na história: “grandiosa graça estava sobre todos eles”. Conforme Jung Mo Sung, “a igreja é o povo de Deus a serviço do testemunho da presença do Reino de Deus”, que se completa com a afirmação de Ariovaldo Ramos: “a igreja deve viver o que prega para poder pregar o que vive”. A igreja é a comunidade em que o anúncio da presença do Reino de Deus entre os homens é seguido do convite desafio: “Vem e vê”, pois o Evangelho de Jesus Cristo não é apenas uma mensagem em que se deve crer, mas principalmente um novo tempo em que se deve viver. Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a esperança da ressurreição: “Com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus”.

Quando o lacre romano do túmulo de Jesus foi rompido no domingo da ressurreição, a vida afirmou sua vitória sobre os agentes promotores e mantenedores da morte, sobre os processos de morte, que serão enfrentados pela esperança de que um dia a própria morte, último inimigo, cairá de joelhos diante do Senhor da vida.


A igreja é a comunidade dos que se rebelam contra a morte em todos os lugares e todas as dimensões, e contra ela lutam com todas as forças que recebem do doador da vida. A igreja é a comunidade dos que já não vivem com medo da morte (Hebreus 2.14), dos que anunciam e vivem dimensões da vida, e dos que profetizam a ressurreição até o dia quando, aos pés do Cristo de Deus, celebrarão a vitória daquele que no Apocalipse diz: “Não tenham medo. Eu tenho as chaves da morte e do inferno”, pois “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último. Sou aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre!”. Amém. Compartilhe:


Fonte: www.edrenekivitz.com
 


 

Os Desigrejados – Por Augustus Nicodemus


Para mim resta pouca dúvida de que a igreja institucional e organizada está hoje no centro de acirradas discussões em praticamente todos os quartéis da cristandade, e mesmo fora dela. O surgimento de milhares de denominações evangélicas, o poderio apostólico de igrejas neopentecostais, a institucionalização e secularização das denominações históricas, a profissionalização do ministério pastoral, a busca de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado, a variedade infindável de métodos de crescimento de igrejas, de sucesso pastoral, os escândalos ocorridos nas igrejas, a falta de crescimento das igrejas tradicionais, o fracasso das igrejas emergentes – tudo isto tem levado muitos a se desencantarem com a igreja institucional e organizada.
Alguns simplesmente abandonaram a igreja e a fé. Mas, outros, querem abandonar apenas a igreja e manter a fé. Querem ser cristãos, mas sem a igreja.

Muitos destes estão apenas decepcionados com a igreja institucional e tentam continuar a ser cristãos sem pertencer ou frequentar nenhuma. Todavia, existem aqueles que, além de não mais frequentarem a igreja, tomaram esta bandeira e passaram a defender abertamente o fracasso total da igreja organizada, a necessidade de um cristianismo sem igreja e a necessidade de sairmos da igreja para podermos encontrar Deus. Estas idéias vêm sendo veiculadas através de livros, palestras e da mídia. Viraram um movimento que cresce a cada dia. São os desigrejados.
Muitos livros recentes têm defendido a desigrejação do cristianismo (*).
Em linhas gerais, os desigrejados defendem os seguintes pontos.
1) Cristo não deixou qualquer forma de igreja organizada e institucional.
2) Já nos primeiros séculos os cristãos se afastaram dos ensinos de Jesus, organizando-se como uma instituição, a Igreja, criando estruturas, inventando ofícios para substituir os carismas, elaborando hierarquias para proteger e defender a própria instituição, e de tal maneira se organizaram que acabaram deixando Deus de fora. Com a influência da filosofia grega na teologia e a oficialização do cristianismo por Constantino, a igreja corrompeu-se completamente.
3) Apesar da Reforma ter se levantado contra esta corrupção, os protestantes e evangélicos acabaram caindo nos mesmíssimos erros, ao criarem denominações organizadas, sistemas interligados de hierarquia e processos de manutenção do sistema, como a disciplina e a exclusão dos dissidentes, e ao elaborarem confissões de fé, catecismos e declarações de fé, que engessaram a mensagem de Jesus e impediram o livre pensamento teológico.
4) A igreja verdadeira não tem templos, cultos regulares aos domingos, tesouraria, hierarquia, ofícios, ofertas, dízimos, clero oficial, confissões de fé, rol de membros, propriedades, escolas, seminários.
5) De acordo com Jesus, onde estiverem dois ou três que crêem nele, ali está a igreja, pois Cristo está com eles, conforme prometeu em Mateus 18. Assim, se dois ou três amigos cristãos se encontrarem no Frans Café numa sexta a noite para falar sobre as lições espirituais do filme O Livro de Eli, por exemplo, ali é a igreja, não sendo necessário absolutamente mais nada do tipo ir à igreja no domingo ou pertencer a uma igreja organizada.
6) A igreja, como organização humana, tem falhado e caído em muitos erros, pecados e escândalos, e prestado um desserviço ao Evangelho. Precisamos sair dela para podermos encontrar a Deus.
Eu concordo com vários dos pontos defendidos pelos desigrejados. Infelizmente, eles estão certos quanto ao fato de que muitos evangélicos confundem a igreja organizada com a igreja de Cristo e têm lutado com unhas e dentes para defender sua denominação e sua igreja, mesmo quando estas não representam genuinamente os valores da Igreja de Cristo. Concordo também que a igreja de Cristo não precisa de templos construídos e nem de todo o aparato necessário para sua manutenção. Ela, na verdade, subsistiu de forma vigorosa nos quatro primeiros séculos se reunindo em casas, cavernas, vales, campos, e até cemitérios. Os templos cristãos só foram erigidos após a oficialização do Cristianismo por Constantino, no séc. IV.
Os desigrejados estão certos ao criticar os sistemas de defesa criados para perpetuar as estruturas e a hierarquia das igrejas organizadas, esquecendo-se das pessoas e dando prioridade à organização. Concordo com eles que não podemos identificar a igreja com cultos organizados, programações sem fim durante a semana, cargos e funções como superintendente de Escola Dominical, organizações internas como uniões de moços, adolescentes, senhoras e homens, e métodos como células, encontros de casais e de jovens, e por ai vai. E também estou de acordo com a constatação de que a igreja institucional tem cometido muitos erros no decorrer de sua longa história.
Dito isto, pergunto se ainda assim está correto abandonarmos a igreja institucional e seguirmos um cristianismo em vôo solo. Pergunto ainda se os desigrejados não estão jogando fora o bebê junto com a água suja da banheira. Ao final, parece que a revolta deles não é somente contra a institucionalização da igreja, mas contra qualquer coisa que imponha limites ou restrições à sua maneira de pensar e de agir. Fico com a impressão que eles querem se livrar da igreja para poderem ser cristãos do jeito que entendem, acreditarem no que quiserem – sendo livres pensadores sem conclusões ou convicções definidas – fazerem o que quiserem, para poderem experimentar de tudo na vida sem receio de penalizações e correções. Esse tipo de atitude anti-instituição, antidisciplina, anti-regras, anti-autoridade, antilimites de todo tipo se encaixa perfeitamente na mentalidade secular e revolucionária de nosso tempo, que entra nas igrejas travestida de cristianismo.
É verdade que Jesus não deixou uma igreja institucionalizada aqui neste mundo. Todavia, ele disse algumas coisas sobre a igreja que levaram seus discípulos a se organizarem em comunidades ainda no período apostólico e muito antes de Constantino.
1) Jesus disse aos discípulos que sua igreja seria edificada sobre a declaração de Pedro, que ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.15-19). A igreja foi fundada sobre esta pedra, que é a verdade sobre a pessoa de Jesus (cf. 1Pd 2.4-8). O que se desviar desta verdade – a divindade e exclusividade da pessoa de Cristo – não é igreja cristã. Não admira que os apóstolos estivessem prontos a rejeitar os livre-pensadores de sua época, que queriam dar uma outra interpretação à pessoa e obra de Cristo diferente daquela que eles receberam do próprio Cristo. As igrejas foram instruídas pelos apóstolos a rejeitar os livre-pensadores como os gnósticos e judaizantes, e libertinos desobedientes, como os seguidores de Balaão e os nicolaítas (cf. 2Jo 10; Rm 16.17; 1Co 5.11; 2Ts 3.6; 3.14; Tt 3.10; Jd 4; Ap 2.14; 2.6,15). Fica praticamente impossível nos mantermos sobre a rocha, Cristo, e sobre a tradição dos apóstolos registrada nas Escrituras, sem sermos igreja, onde somos ensinados, corrigidos, admoestados, advertidos, confirmados, e onde os que se desviam da verdade apostólica são rejeitados.
2) A declaração de Jesus acima, que a sua igreja se ergue sobre a confissão acerca de sua Pessoa, nos mostra a ligação estreita, orgânica e indissolúvel entre ele e sua igreja. Em outro lugar, ele ilustrou esta relação com a figura da videira e seus galhos (João 15). Esta união foi muito bem compreendida pelos seus discípulos, que a compararam à relação entre a cabeça e o corpo (Ef 1.22-23), a relação marido e mulher (Ef 5.22-33) e entre o edifício e a pedra sobre o qual ele se assenta (1Pd 2.4-8). Os desigrejados querem Cristo, mas não querem sua igreja. Querem o noivo, mas rejeitam sua noiva. Mas, aquilo que Deus ajuntou, não o separe o homem. Não podemos ter um sem o outro.
3) Jesus instituiu também o que chamamos de processo disciplinar, quando ensinou aos seus discípulos de que maneira deveriam proceder no caso de um irmão que caiu em pecado (Mt 18.15-20). Após repetidas advertências em particular, o irmão faltoso, porém endurecido, deveria ser excluído da “igreja” – pois é, Jesus usou o termo – e não deveria mais ser tratado como parte dela (Mt 18.17). Os apóstolos entenderam isto muito bem, pois encontramos em suas cartas dezenas de advertências às igrejas que eles organizaram para que se afastassem e excluíssem os que não quisessem se arrepender dos seus pecados e que não andassem de acordo com a verdade apostólica. Um bom exemplo disto é a exclusão do “irmão” imoral da igreja de Corinto (1Co 5). Não entendo como isto pode ser feito numa fraternidade informal e livre que se reúne para bebericar café nas sextas à noite e discutir assuntos culturais, onde não existe a consciência de pertencemos a um corpo que se guia conforme as regras estabelecidas por Cristo.
4) Jesus determinou que seus seguidores fizessem discípulos em todo o mundo, e que os batizassem e ensinassem a eles tudo o que ele havia mandado (Mt 28.19-20). Os discípulos entenderam isto muito bem. Eles organizaram os convertidos em igrejas, os quais eram batizados e instruídos no ensino apostólico. Eles estabeleceram líderes espirituais sobre estas igrejas, que eram responsáveis por instruir os convertidos, advertir os faltosos e cuidar dos necessitados (At 6.1-6; At 14.23). Definiram claramente o perfil destes líderes e suas funções, que iam desde o governo espiritual das comunidades até a oração pelos enfermos (1Tm 31-13; Tt 1.5-9; Tg 5.14).
5) Não demorou também para que os cristãos apostólicos elaborassem as primeiras declarações ou confissões de fé que encontramos (cf. Rm 10.9; 1Jo 4.15; At 8.36-37; Fp 2.5-11; etc.), que serviam de base para a catequese e instrução dos novos convertidos, e para examinarem e rejeitarem os falsos mestres. Veja, por exemplo, João usando uma destas declarações para repelir livre-pensadores gnósticos das igrejas da Ásia (2Jo 7-10; 1Jo 4.1-3). Ainda no período apostólico já encontramos sinais de que as igrejas haviam se organizado e estruturado, tendo presbíteros, diáconos, mestres e guias, uma ordem de viúvas e ainda presbitérios (1Tm 3.1; 5.17,19; Tt 1.5; Fp 1.1; 1Tm 3.8,12; 1Tm 5.9; 1Tm 4.14). O exemplo mais antigo que temos desta organização é a reunião dos apóstolos e presbíteros em Jerusalém para tratar de um caso de doutrina – a inclusão dos gentios na igreja e as condições para que houvesse comunhão com os judeus convertidos (At 15.1-6). A decisão deste que ficou conhecido como o “concílio de Jerusalém” foi levada para ser obedecida nas demais igrejas (At 16.4), mostrando que havia desde cedo uma rede hierárquica entre as igrejas apostólicas, poucos anos depois de Pentecostes e muitos anos antes de Constantino.
6) Jesus também mandou que seus discípulos se reunissem regularmente para comer o pão e beber o vinho em memória dele (Lc 22.14-20). Os apóstolos seguiram a ordem, e reuniam-se regularmente para celebrar a Ceia (At 2.42; 20.7; 1Co 10.16). Todavia, dada à natureza da Ceia, cedo introduziram normas para a participação nela, como fica evidente no caso da igreja de Corinto (1Co 11.23-34). Não sei direito como os desigrejados celebram a Ceia, mas deve ser difícil fazer isto sem que estejamos na companhia de irmãos que partilham da mesma fé e que crêem a mesma coisa sobre o Senhor.
É curioso que a passagem predileta dos desigrejados – “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20) – foi proferida por Jesus no contexto da igreja organizada. Estes dois ou três que ele menciona são os dois ou três que vão tentar ganhar o irmão faltoso e reconduzi-lo à comunhão da igreja (Mt 18.16). Ou seja, são os dois ou três que estão agindo para preservar a pureza da igreja como corpo, e não dois ou três que se separam dos demais e resolvem fazer sua própria igrejinha informal ou seguir carreira solo como cristãos.
O meu ponto é este: que muito antes do período pós-apostólico, da intrusão da filosofia grega na teologia da Igreja e do decreto de Constantino – os três marcos que segundo os desigrejados são responsáveis pela corrupção da igreja institucional – a igreja de Cristo já estava organizada, com seus ofícios, hierarquia, sistema disciplinar, funcionamento regular, credos e confissões. A ponto de Paulo se referir a ela como “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15) e o autor de Hebreus repreender os que deixavam de se congregar com os demais cristãos (Hb 10.25). O livro de Atos faz diversas menções das “igrejas”, referindo-se a elas como corpos definidos e organizados nas cidades (cf. At 15.41; 16.5; veja também Rm 16.4,16; 1Co 7.17; 11.16; 14.33; 16.1; etc. – a relação é muito grande).
No final, fico com a impressão que os desigrejados, na verdade, não são contra a igreja organizada meramente porque desejam uma forma mais pura de Cristianismo, mais próxima da forma original – pois esta forma original já nasceu organizada e estruturada, nos Evangelhos e no restante do Novo Testamento. Acho que eles querem mesmo é liberdade para serem cristãos do jeito deles, acreditar no que quiserem e viver do jeito que acham correto, sem ter que prestar contas a ninguém. Pertencer a uma igreja organizada, especialmente àquelas que historicamente são confessionais e que têm autoridades constituídas, conselhos e concílios, significa submeter nossas idéias e nossa maneira de viver ao crivo do Evangelho, conforme entendido pelo Cristianismo histórico. Para muitos, isto é pedir demais.
Eu não tenho ilusões quanto ao estado atual da igreja. Ela é imperfeita e continuará assim enquanto eu for membro dela. A teologia Reformada não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição, corrupção, falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente, enquanto aguarda a vinda do Senhor Jesus, ocasião em que se tornará igreja triunfante. Ao mesmo tempo, ensina que não podemos ser cristãos sem ela. Que apesar de tudo, precisamos uns dos outros, precisamos da pregação da Palavra, da disciplina e dos sacramentos, da comunhão de irmãos e dos cultos regulares.
Cristianismo sem igreja é uma outra religião, a religião individualista dos livre-pensadores, eternamente em dúvida, incapazes de levar cativos seus pensamentos à obediência de Cristo.------------------------------------------------------------------------------------------
NOTA:(*) Podemos mencionar entre eles: George Barna, Revolution (Revolução), 2005; William P. Young, The Shack: a novel (A Cabana: uma novela), 2007; Brian Sanders, Life After Church(Vida após a igreja), 2007; Jim Palmer, Divine Nobodies: shedding religion to find God(Joões-ninguém divinos: deixando a religião para encontrar a Deus), 2006; Martin Zener,How to Quit Church without Quitting God (Como deixar a Igreja sem deixar a Deus), 2002; Julia Duin, Quitting Church: why the faithful are fleeing and what to do about it (Deixando a Igreja: por que os fiéis estão saindo e o que fazer a respeito disto), 2008; Frank Viola,Pagan Christianity? Exploring the roots of our church practices (Cristianismo pagão? Explorando as raízes das nossas práticas na Igreja), 2007; Paulo Brabo, Bacia das Almas: Confissões de um ex-dependente de igreja (2009).
Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com/2013/09/os-desigrejados.html




 
Uma das profissões que mais atraem psicopatas é a de pastor. Pelo menos, segundo os estudos do psicólogo Kevin Dutton, autor do livro “A Sabedoria dos Psicopadas: O que santos, espiões e assassinos em série podem nos ensinar sobre o sucesso”. Dutton conta que psicopatas nem sempre são pessoas conturbadas como muitos acreditam. “Quando psicólogos falam sobre o termo psicopatia, eles se referem às pessoas que têm um conjunto distinto de características de personalidade, que incluem itens como destemor, crueldade, capacidade de persuasão e falta de consciência e empatia”.

Geralmente, os psicopatas são dotados de charme, simpatia, carisma, capazes de impressionar e cativar qualquer pessoa com invejável destreza. Ninguém imagina que por trás de seu jeito educado, inofensivo e gentil se esconde alguém desprovido de consciência, capaz de atitudes cruéis e desumanas.

Um pastor psicopata assume uma personagem performática quando sobe ao púlpito. É capaz de encenar os papéis mais dramáticos como se estivesse num teatro. Em questão de segundos, transita entre a tragédia e a comédia, provocando lágrimas e gargalhadas com a mesma desenvoltura. Mas tudo não passa de fachada para disfarçar sua astúcia.

Não se trata de um louco varrido, mas de alguém que vive na fronteira entre a sanidade e a loucura, mas sem perder o controle.

Suas maiores habilidades são mentir, enganar, ludibriar, trair, sem sequer sentir-se culpado ou envergonhado. Trapaceiam, difamam, traem, abusam de autoridade, roubam, e sentem-se confortáveis com isso. A única coisa que não admitem é serem desmascarados. Não pela vergonha que passariam, mas porque isso os impediria de continuar enganando.

Cinicamente, se aproveitam da dor alheia para se locupletar. São verdadeiros predadores soltos na
sociedade à procura de pessoas vulneráveis que caiam em sua lábia.

Psicopatas gostam de ser o centro das atenções. Por isso, sempre buscam oportunidade para roubar a cena. Querem estar em evidência a qualquer custo. Ainda que isso custe o sofrimento de outros.

Algumas das principais características do psicopata são:

1 – Carisma : Tem facilidade em lidar com as palavras e convencer pessoas vulneráveis. Por isso, torna-se líder com frequência. Seja na política, na igreja, no trabalho ou até na cadeia.

2 – Inteligência : O QI costuma ser maior que o da média: alguns conseguem passar por médico ou advogado sem nunca ter acabado estudado para isso.

3 – Ausência de culpa : Não se arrepende nem tem dor na consciência. É mestre em botar a culpa nos outros por qualquer coisa. Tem certeza que nunca erra.

4 – Vanglória: Vive com a cabeça nas nuvens. Mesmo que a sua situação seja de total miséria, ele só fala de suas supostas glórias. É do tipo que come sardinha e arrota caviar.

5 – Habilidade para mentir : Não vê diferença entre sinceridade e falsidade. É capaz de contar qualquer lorota como se fosse a verdade mais cristalina. Algumas vezes acredita em sua própria mentira.

6 – Egoísmo : Faz suas próprias leis. Não entende o que significa “bem comum”. Se estiver tudo bem para ele, não interessa como está o resto do mundo.

7 – Frieza : Não reage com sinceridade ao ver alguém chorando ou sofrendo.

8 – Parasitismo : Quando consegue a amizade de alguém, suga até a medula.

Infelizmente, algumas destas características têm sido fartamente encontradas em líderes religiosos, vitimando milhares de pessoas com suas artimanhas.

Os pastores psicopatas se apresentam como líderes atenciosos, polidos, cheios de amor, porém, sua intenção é a pior possível. Por fora, sempre impecavelmente vestidos, beirando ao narcisismo. Por dentro, um trapo imundo. Por trás de seu carisma sedutor, um mentiroso contumaz, um manipulador calculista. Sempre agem prevendo a reação de quem pretendem vitimar. Para eles, a vida não passa de um tabuleiro de xadrez. Se alguém se puser em seu caminho, passam como rolo compressor, sem dó nem piedade.

Quem os vê chorar em suas performances de púlpito, não imaginam o ser frio que se esconde por trás daquela capa. Se flagrados, jogam com as palavras e os gestos para tentar inverter o jogo a seu favor. Sabem como se passar de vítima sem deixar rastro. Estão sempre cercados de cúmplices que se deixam ludibriar por seus convincentes argumentos, sendo capazes de colocar sua mão no fogo por seus líderes.

Cerque-se de todos os cuidados necessários. E não seja negligente com a sua família e aqueles a quem você ama. Todos podem estar correndo perigo. Ninguém jamais imaginou que Jim Jones fosse um psicopata que levaria mais de 900 fiéis ao suicídio de uma só vez. Portanto, antes de submeter-se a uma liderança, verifique seu histórico. Veja se tem o respaldo de sua família. Se não é adepto do emocionalismo barato e manipulador.

Uma palavra aos líderes: seja prudente e não se precipite em ordenar alguém ao ministério. Observe-o exaustivamente. Verifique sua conduta em casa e fora da igreja. Cuidado para não colocar uma bomba relógio em posição de liderança na igreja. As estatísticas dizem que um em cada 25 brasileiros se enquadra neste perfil psicológico. Então, não custa nada redobrar a vigilância.

Aviso aos pais: adolescentes são sempre mais vulneráveis a este tipo de liderança extremamente carismática, mas sem escrúpulo e compromisso com a ética. Procure saber a quem seus filhos estão seguindo. Há casos em que pastores jogam os filhos contra os pais, exigindo deles absoluta obediência.

Não seja cúmplice de um pastor psicopata. Se verdadeiramente se importar com ele e seu séquito, tente convencê-lo a buscar ajuda psicológica. Se ele se recusar, denuncie-o. Antes que seja tarde demais...





De que modo às pessoas são arrastadas para um falso cristianismo? Muitas vezes começa nas relações interpessoais normais, quando algumas pessoas tentam convencer outras a adotar um certo ponto de vista ou a participar de um determinado grupo.
A partir do momento que uma pessoa é levada para dentro de um grupo, a dinâmica do grupo começa a atuar. Ao longo dos anos, temos visto o surgimento de movimentos de grupo que usam vários meios de manipulação para atrair, persuadir, intimidar e prender.
O povo de Israel aderia à idolatria das nações vizinhas quando o verdadeiro Deus vivo não lhe dava o que queria, na hora em que queria. É só lembrar que Saul preferiu procurar a feiticeira de En-Dor do que buscar o conselho do Deus vivo.
Quem está com pressa fica vulnerável a cair na tentação carnal de ir atrás desses aventureiros espirituais que afirmam ter encontrado um meio melhor, mais rápido e mais prático de alcançar a plenitude espiritual. Os testemunhos, cura e experiências profundas surgem aos montes.
Embora muito cristãos estejam prevenidos quanto alguns abusos espirituais, eles podem ser atraídos para esses desvios pelo uso de técnicas que descreveremos adiante.
À primeira vista, muitas dessas técnicas parecem inofensivas e até benéficas, mas elas podem ser apenas os primeiros passos que conduzirão o crente a ciladas e experiências contrárias à Bíblia, algumas delas oriundas do ocultismo.
As igrejas começaram a desenvolver ministérios com pequenos grupos, seguindo modelos semelhantes.
Tem ocorrido uma verdadeira explosão de grupos dentro da comunidade cristã que utilizaram atividades individuais e em grupo para promover doutrinas antibíblicas. Os cristãos precisam ter discernimento, porque esses grupos podem usar a Bíblia e parecer muitos bíblicos.
Existem métodos mais enganadores, como usar meios tortuosos para induzir alguém a entrar para um grupo ou seita e induzi-lo a aceitar um determinado sistema religioso.
Uma das mais eficazes dinâmicas de grupo é aquela que apela para as emoções. Se uma pessoa puder se induzida a participar de um evento que envolva as emoções, ela poderá passar facilmente de um sistema de fé para outro. Por exemplo, uma pessoa convidada a participar de uma reunião onde acontecem experiências emocionais.
Durante uma reunião, ela ouve apelos emocionais e vê outras pessoas participando de várias atividades. No meio de toda aquela excitação, a pessoa acaba se deixando envolver emocionalmente e participando daquela experiência. Em geral, essa pessoa se torna participante e apologista.  
Quando pessoas se envolvem em experiências, seu sistema de crenças com certeza é alterado para se ajustar a elas.
As principais formas de atrair os cristãos para participarem de grupos são os convites pessoais contendo testemunhos de crescimento espiritual, curas e aumento da percepção do poder e da presença de Deus.
Quase todos os grupos influenciam seus membros, começando pela família, passando pelos grupos informais de amigos e chegando até grupos mais estruturados.
Os grupos controlam seus membros através de uso de recompensas e castigos sociais (isolamento e desaprovação social).
Os cristãos precisam ficar atentos aos grupos que não são firmados na Palavra de Deus e que atraem e tentam doutrinar através do uso da psicologia e em promessas que agradam à carne.
Algumas técnicas são apenas meios que as pessoas empregam para influenciar umas às outras, tais como usar todo tipo de manifestação de carinho e amor para atrair os membros para o grupo.
Desse modo, elas apelam para o desejo que as pessoas têm de serem amadas e aceitas pelos outros. Primeiro vêm o amor e o carinho; depois vem a pressão para se fazer o que o grupo quer.
De inicio, os pedidos podem ser modestos e fáceis de atender, mas quanto mais a pessoa reagir positivamente, mais comprometida se tornará, chegando ao ponto de assinar acordos, dedicar tempo e/ou dinheiro, assumir mais compromissos e servir aos objetivos do grupo.
Uma técnica de atração particularmente eficiente e bastante utilizada é tratar o convidado de maneira especial, o cobrindo de gentilezas, como demonstração de afeto.
O mecanismo psicológico usado aqui é chamado de “reciprocidade”, cujo o principio é: quando alguém lhe dá alguma coisa, você deve retribuir.
Outra forma de persuasão de grupo tem a ver com a autoridade do líder. Se uma determinada pessoa é considerada uma autoridade, muitas vezes os outros acreditam no que ela diz sem questionar.
De fato, as pessoas frequentemente dão apoio ao líder quando qualquer elemento de fora questiona seus sentimentos.
Embora cada grupo tenha seus procedimentos próprios, há sempre um processo de indução: ser querido, aceito e amado, abandonar certos hábitos, obter cura emocional, ser transformado ou ter propósito e importância na vida.
Outros grupos correm atrás de uma causa comum, como resolver o problema da pobreza mundial.
Quanto mais nos identificamos com um grupo, mais propensos nos tornamos a participar de suas atividades e incorporar suas crenças.
Grupos que demonstram aceitação e amor fazem a pessoa se sentir bem vinda. Isso é comum a todos os grupos que desejam expandir seu número de membros.
A pessoa que já está emocionalmente ligada ao grupo pode aceitar facilmente crenças e práticas contrárias àquilo em que anteriormente acreditava e passar a fazer coisas que nunca teria feito antes.
Em alguns grupos,as pessoas são levadas a participar de atividades de cura interior e libertação de demônios que têm mais a ver com a psicologia e o ocultismo do que com a verdade bíblica.
Baseado em seu amplo conhecimento sobre as formas de controle da mente, o Dr. Philip Zimbarbo argumenta que “a verdadeira força de controle mental eficiente reside nas necessidades básicas que as pessoas têm de serem amadas, respeitadas, reconhecidas e necessárias”.
A teoria da influência social procura explicar várias fases da mudança do sistema de crenças através do envolvimento em grupos.
Primeiro vem a identificação com o grupo depois vem uma fase de transição e a etapa final é a internalização das crenças do grupo. Agora as crenças do grupo passa a ser as do novo membro.
Durante o estágio de identificação com o grupo, algumas pessoas podem descobrir que não se adéquam para elas, ou que não preenchem suas necessidades como pensavam, desta forma, deixam o grupo.   
Contudo, existem outros que gostariam de sair, mas têm medo, porque foram convencidas de que precisam participar para sobreviverem.
Este é um sistema de obras nas quais cristãos estão sob o controle de homens que exercem o poder através de autoritarismo, intimidação e manipulação de grupo.
Os membros são mantidos sempre ocupados com as atividades (reuniões, cultos, evangelismo, etc), até que passam a ter problemas em outras áreas, pois colocou todo seu tempo livre em função do grupo principal (igreja).
 Os lideres agem como mediadores entre Deus e o homem, e usam sua posição de autoridade para falar como se estivessem falando por Deus, tanto acusando como absolvendo.
Qualquer um que exerça esse tipo de liderança sobre a mente de outra pessoa está usurpando a autoridade de Deus e causando danos espirituais e emocionais ao individuo.
Para sabermos se um grupo tem base Bíblica devemos analisar:
1.           Tudo que for dito ou feito deve passar pelo teste de examinar as escrituras;
2.           Não se baseia em testemunhos mas no ensino Cristocêntrico;
3.           Tem como único mediado a Cristo (I Timóteo 2.5) não há homens;
4.           O líder jamais expõe os pecados dos membros;
5.           Os lideres não fazem da oração pregações para atingir determinadas pessoas;
6.           Não permite testemunhos que expõem pecados de terceiros;
7.           Cultiva a verdade e não se baseia em emocionalismo;
8.           Não se deixa guiar pela emoção que neutraliza a inteligência;
9.           Não usa meios de manipulação;
10.         Seus membros estudam a Bíblia.
Só grupos que não se fundam em sistemas humanos podem cumprir os mandamentos Bíblicos. O grupo deve ser o corpo de Cristo, e portanto deve funcionar de acordo com a Palavra de Cristo.


O êxodo – Por Wagner Pedro


Segundo o dicionário Michaelis[1] êxodo significa:


1 Ato de emigrar. 2 Emigração de um povo. 3 Saída. 4 O segundo livro do Pentateuco de Moisés, que narra a saída dos hebreus do Egito.


Logo, o êxodo bíblico é a narrativa da saída povo hebreu do Egito guiado por seu líder e legislador Moisés.


 1-          Livro êxodo


Vários sábios julgaram que o Pentateuco não pode ter sido escrito por Moisés. Dizem que da própria Escritura se evidencia que o primeiro exemplar conhecido foi encontrado no tempo do rei Josias, e que esse único exemplar foi apresentado ao rei pelo secretário Safã. Ora, entre Moisés e essa aventura do secretário Safã existem mil cento e sessenta e sete anos pelo cômputo hebraico. Porquanto Deus apareceu a Moisés no espinheiro ardente no ano do mundo dois mil duzentos e treze, e o secretário Safã publicou o Livro da Lei no ano do mundo três mil trezentos e oitenta. Esse livro encontrado sob o reinado de Josias foi desconhecido até o retorno da sujeição a Babilônia. [...] quem escreveu esse livro, isso é absolutamente indiferente desde que o livro foi inspirado [...].[2]


 2- Formação do povo Israel


 Deus fez promessas a Abraão, dizendo que a sua semente no futuro se tornaria uma grande nação. (Gênesis 15:13,14). Deu-se inicio ao período dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó).


 José um dos 12 filhos de Jacó foi odiado pelos seus irmãos, e segundo a narrativa, foi vendido para mercadores de escravos para o Egito, emergindo como grande governador, abaixo apenas de Faraó (Gênesis 45:5,-8). Cumpre mencionar que, José não se esqueceu da promessa feita a seus antepassados.


 Existe um hieróglifo que faz menção da Bíblia Sagrada, também foi encontrado o selo de José e os nove selos de seus oficiais no Egito.


 3-          Inicio da escravidão



Jacó e José morrem no Egito (Gênesis 47:29-31). Os israelitas chegarão 400 anos antes do êxodo no Egito, houve um grande crescimento dos hebreus no Egito. Inicia-se a escravidão no Egito (Êxodo 1:6-10).


 Basicamente se utilizava dos escravos para:


1-   Construção das cidades de Píton e Remesses (êxodo 1:11);


2-   Construção de represas para armazenar água no rio Nilo;


3-   Construção de sistema de canalização para abastecer a comunidade;


4-   Construção de pirâmides e muralhas.


 4-          Quem era o Faraó?


O Faraó era Remesses o Grande (Êxodo 1:11). Notável guerreiro que aos 25 anos já era comandante da infantaria, e tinha colecionado várias vitórias.


Sob seu governo os egípcios adoravam mais de 100 tipos de deuses diferentes. Reinou por 67 anos e morreu invalido com quase 90 anos em seu palácio (Êxodo 2:23).


 5-          Pragas atingem o Egito


Faraó não aceitou a ordem de Deus por intermédio de Moisés e Arão (Êxodo 7:19 – 12:33), no sentido de deixar o povo partir. Diante da recusa, pragas atingem duramente o Egito.


1º praga: Águas se tornam em sangue


A água no Nilo foi mudada em sangue e como o Egito não possui fontes, o povo experimentou que a sede é um dos maiores males.


Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Alegam que, houve um terremoto, desta forma, liberaram-se gases subterrâneos que veio a liberar ferrugem que escureceu as águas deixando-as vermelhas.


2º praga: das rãs


Um número incalculável de rãs cobriu a terra e comia tudo o que ela produzia.


As rãs entravam nas casas, nas vasilhas, nos pratos, estragavam todos os alimentos, pulavam sobre as camas e envenenavam o ar com seu mau cheiro.


Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Alegam que, a falta de oxigênio na água, devido à praga anterior, matou os peixes do Nilo, consequentemente houve um aumento da população de rãs que saíram para o solo.


 3º praga: piolhos


Segundo os pesquisadores foi consequência das alterações ocorridas pelas pragas anteriores. Os egípcios ficaram cheios de piolhos, eram comidos por eles, sem remédio.


 4º praga: moscas


Segundo os pesquisadores foi consequência das alterações ocorridas pelas pragas anteriores.


 5º praga: peste nos animais


Segundo os pesquisadores foi consequência das alterações ocorridas pelas pragas anteriores.


 6º praga: sarna e úlcera


Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Por causa da liberação de dióxido de carbono no ar, sendo o motivo do surgimento das bolhas e chagas.


 7º praga: saraiva


Estragou todos os frutos, perdendo a esperança da colheita. Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Alegam que, devido a uma erupção de um vulcão, foi expelido granizo vulcânico.


 8º praga: gafanhotos


Os pesquisadores acreditam que se deu por causa das variações climáticas no ambiente.


 9º praga: trevas


Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Alegam que, a escuridão se deu por causa de 40 km de altura de uma intensa nuvem de cinza causada pelas cinzas da destruição da ilha Santorini na Grécia e apareceu ao longo do rio Nilo.


 10º praga: morte dos primogênitos


Esta seria supostamente a única praga sem uma explicação cientifica.


 6-          Travessia do mar


Não tinham bem saído os hebreus do Egito, os egípcios, bem como Faraó, se arrependeram.  Faraó não acreditava que as pragas eram castigos de Deus, mas pensava que era obra de magia, pensava ainda que, seria muito fácil matar um bando de homens cansados e desarmados.


Quando os hebreus chegaram às margens do mar vermelho viram-se rodeados de todos os lados pelo exército dos egípcios, composto por 600 carros de guerra, 50.000 cavaleiros, 200.000 homens de infantaria bem armados, sem possibilidade de escape, pois estavam cercados por uma montanha. Estavam acuados e com medo, atônitos por causa dos gritos de milhares de mulheres e crianças desesperadas.


Êxodo 14 registra o milagre da travessia do mar. Conforme se crê, Moisés toca o mar com sua vara maravilhosa e no mesmo instante o mar se dividiu, para deixar o povo de Israel passar livremente a pés enxutos, como se estivessem andando em terra firme.


Seguindo o povo, veio a cavalaria dos egípcios e o resto do exército. Depois que todos entraram, foram engolidos pelas águas que sepultaram a todos com suas enormes ondas. De todo temido exército de Faraó não restou NE sequer um único homem para relatar a noticia. Segundo Flávio Josefo, no dia seguinte os ventos e as ondas cuspiram as armas dos egípcios na orla da praia.


 7-          Travessia do mar na ótica da ciência


Alguns pesquisadores atribuem o ocorrido a causas naturais. Os cientistas acreditam que a tradução de mar vermelho, se deu de maneira equivocada, YAM SUF do hebraico seria traduzido como mar de juncos.  O junco cresce em lagos de água doce jamais no mar em águas salgadas.


Também se encontrou um granito esculpido denominando Moisés como príncipe do deserto e narrando a travessia do mar através de uma ilustração de três ondas e duas facas em alusão das águas.


Escrito em hieróglifo trás a palavra piarot segundo o professor Manfred significa antigo lago, também trás a palavra patuf que significa lago pantanoso, e faz menção a um lago chamado El Baloh que significa lago onde Deus destruiu.


Desta forma, os cientistas, acreditam que não era um mar, mas provavelmente um lago. E que devido a uma placa tectônica africana que se elevou 1 metro e meio, criou-se uma passagem seca e segura para o povo de Israel atravessar.


Quando as placas tectônicas voltaram tiveram força de um tsunami, facilmente matando os egípcios.  


Avaris era habitada não só por israelitas mas também por gregos, que provavelmente saíram junto com os hebreus. E curiosamente, foi encontrada na Grécia uma lápide de 3.500 anos atrás no alto das câmaras mortuárias esculpido em pedra o relato bíblico da passagem do mar.


E comprovado que o primogênito de Remesses morreu na época do Êxodo, devido às gravuras pintadas de todos os filhos e datados com sua morte.


Ainda foi encontrado uma estela (coluna, laje, lápide) mas precisamente uma pedra achatada que ficava em frente ao templo, espécie de avisos do templo, fazendo menção ao Êxodo, ela foi erguida pelo sucessor do Faraó.


 8-          Conclusão


Moisés cumpriu sua carreira com fé em Deus. E Deus por sua vez, pelejou pelos hebreus fazendo cumprir todas as suas promessas. Ainda que os cientistas tentem dar uma explicação natural aos milagres ocorridos, é impossível eles explicarem a sincronicidade (fatos interligados) com que se deu cada evento.





[1] Dicionário Michaelis - 1998-2009 Editora Melhoramentos Ltda. © 2009


[2] Dicionário Filosófico Voltaire – Edição Ridendo Castigat Mores



 

Pentecoste o fogo que não se apaga - Pelo Rev. Hernandes Dias Lopes

 



Dois obstáculos se interpõem no caminho de um genuíno despertamento espiritual: o primeiro é a experiência mística, à parte da Bíblia, como normatização de vida; o segundo é a erudição teoló­gica sem a unção do Espírito Santo e sem piedade.


Muitos hoje correm atrás de experiências, prodígios e sinais. Buscam um calmante, um anestésico que alivie suas tensões do ago­ra. Comunidades inteiras são submetidas a catarses e extrojeções, em cultos de arrebatamento emocional, nos quais as pessoas decolam nas asas do histerismo coletivo e escapista e viajam pelos continentes da ignorância. Alguns até consultam a Bíblia, mas de forma equivo­cada, pois não contextualizam sua mensagem, não aplicam a exegese nem a estudam sob as leis da hermenêutica sagrada. Abrem-na a esmo, consultam-na como se fosse um livro mágico. Outros acham que a Bíblia tem poder exorcizante. Colocam-na aberta no Salmo 91, na cabeceira da cama, para espantar os maus espíritos e proteger o lar dos aleivosos perigos. Usam a Bíblia, mas não retêm a sua mensa­gem. Carregam a Bíblia, mas não discernem a voz de Deus. Escutam o som ruidoso que brota do coração, mas não ouvem a voz de Deus que emana da sua Palavra.


Outros, porém, examinam as Escrituras com os óculos do racionalismo, com as lentes da teologia liberal, e fazem uma leitura equivocada da Palavra de Deus. O liberalismo tem matado muitas igrejas. Onde ele chega, a igreja morre. Onde os homens tratam a Bíblia com descaso, negando sua inerrância e infalibilidade, a igreja estiola-se e perde seu vigor.


Neste tempo de confusão, apostasia e sincretismo, é preciso trabalhar de forma árdua para resgatar a centralidade da Bíblia. É preciso zelar pela erudição bíblica, sem deixar a piedade de lado. E preciso repudiar o fanatismo e o emocionalismo histérico, sem dei­xar de resistir de igual modo ao teologismo estéril. Esses dois extre­mos, embora façam muito barulho, não produzem resultados que dignificam o nome de Deus. São trovões sem chuva, folhas sem frutos, aparência sem realidade, entraves ao verdadeiro despertamento espiritual.


A igreja cristã precisa urgentemente de uma restauração. Ela não está causando impacto na sociedade. A igreja está perdendo sua autoridade. O que fazer? No final do século XVII e início do século XVIII, a igreja começou a sentir que estava perdendo sua autoridade. Decidiu então inaugurar uma nova série de preleções, com o objetivo de defender a fé cristã e produzir um sistema de argumentação e apologética na defesa da fé. Mas não foram as preleções de Boyle nem as obras de Butler que restabeleceram a posição da igreja e res­tauraram sua antiga autoridade; foi através do derramamento do Es­pírito Santo na vida de George Whitefield e John Wesley na Inglater­ra e de Jonathan Edwards na Nova Inglaterra. Um poderoso avivamento varreu a Inglaterra, arrancando dos escombros uma igreja sem vida. O que as preleções não puderam fazer, o Espírito Santo fez, usando homens cheios da Palavra e do Espírito Santo.


No início do século XIX a igreja sentiu mais uma vez a perda do poder. O que fazer? Conferiram mais autoridade ao pregador. Afas­taram-no das pessoas. Investiram-no de uma aura de autoridade. O pregador devia vestir-se de maneira diferente. Alçaram-no a um lu­gar mais elevado, o altar. Assim as pessoas o escutariam. Mas a mu­dança só veio quando o avivamento eclodiu na América em 1857 e no País de Gales em 1859. Foi Deus intervindo com o seu Espírito, e não as tentativas dos homens, que reergueram a igreja. Nesse tempo, os pregadores não mudaram suas mensagens, mas as mensagens mudaram o mundo. Seus sermões eram os mesmos, mas estavam vaza­dos pela unção do Espírito Santo e, por isso, milhares de vidas foram salvas. A igreja foi então sacudida, crentes foram despertados, peca­dos escondidos foram confessados e abandonados, vidas cativas fo­ram libertas, bares e lupanares foram fechados, cassinos tiveram as portas cerradas, enquanto abriram-se igrejas, o amor por Deus reacendeu nos corações, a avidez pelo estudo da Bíblia revigorou os crentes, doce e profunda comunhão estreitou os laços entre os filhos de Deus, e a igreja apática e sem poder tornou-se gigante, valorosa e impactante. Não se pode fazer um avivamento. Ele é obre do céu. è obra do Espírito Santo.


Martyn Lloyd-Jones , John Stott e 1 CO 12.13 – Por Augustus Nicodemus Lopes

O debate na Igreja brasileira sobre batismo com o Espírito Santo tem sido às vezes conduzido em torno das figuras dos falecidos Dr. Martyn Lloyd-Jones e do Dr. John Stott.

             O debate gira em torno da conhecida passagem de 1 Coríntios 12.13, “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.

             Como defende o teólogo D.Martyn Lloyd-Jones, o batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder para o serviço, ao contrário do que defende o teólogo John Stott, que defende que todo cristão recebe uma única vez o Espírito Santo no momento de sua conversão.

EM QUE LLOYD-JONES E STOTT CONCORDAM:

              Não há diferença entre eles quanto aos batizandos (aqueles sendo batizados) de 1 CO 12.13, e nem de fato deveria haver. Com a expressão todos nós Paulo se refere aos crentes em geral, e não somente a si mesmo e aos coríntios. Paulo está descrevendo na passagem uma experiência que une todos os cristãos, independente de raça, sexo, ou status social, e que isto o apóstolo faz porque seu objetivo, na segunda parte de 1 CO 12, é enfatizar a unidade dos cristãos, em contraste com a diversidade dos seus dons. Colocado dentro desta perspectiva, fica pouca dúvida de que 12.13 esteja se referindo a uma experiência na qual todos os cristãos participam.

             Da mesma forma, o propósito deste batismo é “colocar” o crente no corpo, que é a Igreja. Ambos concordam que esse é o alvo do batismo na passagem, e, portanto, também concordam que o batismo mencionado é o mesmo que a conversão.

EM QUE LLOYD-JONES E STOTT DIFEREM:

A tradução de έѵ

             Não é fácil decidir sobre quem está certo, se Lloyd-Jones com a tradução “por”, ou se Stott, com a tradução “com” ou “em”. Todas são gramaticalmente possíveis. A decisão finalmente, não será uma questão de gramática ou sintaxe, mas de teologia, das pressuposições teológicas que cada exegeta traz consigo ao analisar a passagem.

A favor da tradução “por um só Espiríto” (Lloyd-Jones) está o fato de que está é a tradução adotada pela maioria das traduções nas línguas modernas. Contra, está o fato de que esta tradução faz com que a passagem seja única no Novo testamento a fazer do Espírito Santo o agente do batismo, e não o elemento com qual o crente é batizado. Mas, para Lloyd-Jones, isto não é dificuldade, pois o batismo “pelo” Espírito é de fato distinto do batismo “com” ou “no” Espírito. E esta é a pressuposição com a qual ele se aproxima de 1 CO 12.13, ou seja, que o batismo com o Espírito mencionados nos Evangelhos e no livro de Atos é uma experiência distinta da conversão.

A favor de Stott está o fato de que, nas demais ocorrências da expressão, a preposição pode ser traduzida “com” ou “no” Espírito. Ao analisar 1 CO 12.13 à luz das seis outras ocorrências da expressão “ser batizado com o Espírito Santo”, Stott utiliza-se de um principio sadio e sólido de exegese bíblica: uma passagem da Escritura deve ser interpretada à luz de outras passagens que tratem do mesmo tema. Contra a sua interpretação está o fato de que, em última análise, sua posição exige que a conversão dos apóstolos, dos samaritanos e dos discípulos de João Batista, narradas em Atos, tenha ocorrido na mesma ocasião em que foram batizados com o Espírito. Esta posição é insustentável, do nosso ponto de vista, já que, pelo menos no caso dos apóstolos, é evidente que eles já eram regenerados quando foram batizados com Espírito Santo. Porém, se considerarmos as experiências de Atos como exceções, o caso muda de figura. É isto que Stott eventualmente faz. [1]

Experiências no livro de Atos

Em segundo lugar, ambos divergem com respeito à relação entre 1 CO 12.13 e as demais passagens paralelas nos Evangelhos e Atos. Como vimos, Loyd-Jones sustenta que se tratam de experiências diferentes: em 1 Coríntios “batismo pelo Espírito” se refere à conversão, enquanto que, em Atos, “batismo com o Espírito” se refere a uma experiência de confirmação e autenticação. Por outro lado, Stott afirma que em 1 Coríntios e em Atos, a expressão designa a mesma coisa, ou seja, conversão.

CONCLUSÃO

Parece-me concluindo, que a dificuldade com a posição de Lloyd-Jones é essencialmente uma questão de terminologia. Creio que ele está correto em sua tese fundamental. Ou seja, que a plenitude das bênçãos espirituais que recebemos em nossa conversão não esvaziam, necessariamente, a possibilidade de termos experiências espirituais profundas após a mesma, que envolvam o crente como um todo, que atinjam as suas emoções e transformem a sua vida, que o conduzam a níveis ainda mais elevados de vida cristã. A história Eclesiástica demonstra eloquentemente a possibilidade destas experiências. Porém, não estou convencido de que possamos usar a terminologia do “batismo com o Espírito Santo” para designá-las [...].


[1] Cf.Stott, Atos.172.


O EVANGELHO PARA CRENTES por Karl Kepler


Que Fazer Quando a Igreja Faz Mal





Geralmente a Igreja faz muito bem às pessoas que dela se aproximam, especialmente

as que são resgatadas de um modo de vida bastante corrompido, que de fato lhes fazia muito mal (“o mundo”). Mas há casos (cada vez mais numerosos) em que não é bem assim.



1) Doentes Mentais nos sanatórios e clínicas psiquiátricas: a maior parte deles é de evangélicos, especialmente pentecostais.


2) O grande estresse e alta ansiedade, que várias vezes paralisam muitos crentes, enquanto eles não têm certeza da vontade de Deus.



Causas prováveis


1) Afastamento da Verdade/Realidade – tentamos (ou tentaram-nos) “pintar” o Cristianismo como sendo, do ponto de vista humano, mais fantástico do que de fato é (mais sobrenatural, grandioso, soberbo, “mágico”). Jo 8.32; I Co 11:1; Tg 4.6



2) Relacionamento marcado pelo MEDO – de pecar, de castigo, de Deus. Imagem de um Deus insatisfeito (reforçada por sermões dominicais em tom cobrador). Relação de escravo – Romanos 8.15


O Caminho da Solução: O Evangelho de Jesus Cristo
Tal qual o irmão mais velho do Filho Pródigo (Lc 15), vivemos na casa de Deus, trabalhamos para Deus, mas não desfrutamos da graça de Deus.




FUNDAMENTOS DO EVANGELHO – A GRAÇA DE DEUS



(sabemos o começo, cfe. nossa pregação para incrédulos)



1) Mt 11.28 Vinde a mim – achareis DESCANSO – não há referência a mudar para cobrança depois de aceito o convite.



2) Rom 5.1 Para que foi dada a justificação pela fé? Para termos PAZ com Deus, e

para não termos mais nenhuma condenação (Rm 8.1), apesar de nossa pecaminosidade (Rm 7).



3) O que Deus queria em lugar do medo de um escravo? O amor “de coração” de um filho – Rom 8.15-17; I João 4.16-18;



4) A vida com Jesus neste mundo é, então, um processo de transformação em filhos de Deus, que são por Ele amados e também O amam João 1.12; Romanos 8.28,29.



5) Vários outros conceitos bíblicos apontam para a mesma direção: O ministério da reconciliação; a Nova Aliança; a crença básica em que Deus é bom, etc.



“MAPAS” PARA CLAREAR O RUMO



Crescendo na Graça e no Conhecimento de Deus



1) A busca da verdade.




1.1 Sobre nós mesmos: pecadores até morrer (I João 1.8 – 2.2 – João escreve aos 90 anos de idade)

1.2 Sobre a igreja: pecadora até morrer; sempre com falhas, sempre com joio e com trigo.


1.3 Sobre os pastores, pregadores e profetas: pecadores até morrer. A Palavra de Deus é só a Bíblia. Sermões e profecias são esforços bons e bem intencionados, mas “pecadores”; fazem parte da “tradição dos homens” e não da Palavra de Deus (o mesmo se aplica a esta palestra). Marcos 7.1-23


A verdade é que muita coisa que é dita “em nome de Deus” não foi Deus que disse. Pregadores e profetas: mais humildade e muito mais cuidado! I Ts 5.20,21 (não desprezar, mas “peneirar”tudo).


1.4 Sobre Deus: ama pecadores até morrer. Rom 5.8; João 13.1; e deixa seus filhos amados passar por aflições Jo 16.33 (com paz!).


2) Retificar: Temor de Deus significa apenas “prestar atenção, internamente” (Richard Rohr).


3) A libertação da Lei – Romanos 6 a 8, a “aposta” de Deus pelo caminho do amor livre (perceba o medo que isso gera).


4) A autoridade do exemplo de Cristo – andava livremente entre “igrejas” (sinagogas) e festas, prostitutas, fiscais corruptos, e também líderes do povo de Deus, e não teve medo das críticas por isso; Jesus é o exemplo máximo de santidade: ninguém pode ser mais santo do que Ele. Ele cumpriu plenamente toda a vontade de Deus.


“MULETAS” PARA OS PRIMEIROS PASSOS


Apóie-se na Bíblia: é de Deus. “Levanta, toma o teu leito, e anda!”


1) O interior é o que importa, o exterior não Mt 15.8-11,18,19


2) Pessoas são mais importantes do que leis (Davi e os pães sagrados) – esta é a primeira aplicação prática do “Vinde a mim e achareis descanso” (Mt11.28 a 12.8). Obs. 12.7: “Não condenaríeis inocentes”.


3) O amor é o cumprimento da Lei Rom 13.8.


4) Consciência não é o E.S. e pode adoecer I Jo 3.20.


5) A “Igreja Mínima” (2 ou 3) é bíblica. Busque relacionar-se primeiro com Jesus.

A Igreja local, a membresia, é secundária, efeito colateral. Não é desprezível, mas não é a prioridade mais urgente. O caminho da “Igreja primeiro” pode não funcionar.

6) Se o problema está na família (“obediência a pais”): Lc 14.26.



COMPANHIA PARA OS “SEGUNDOS PASSOS
Crescendo na Fé

1. Quem é Jesus.


O “curso” ministrado por Jesus aos 12 discípulos, através da convivência total, consistia basicamente de levá-los a crerem nEle, em quem Ele era (e por consequência na eficácia da Sua obra).

Por exemplo, as travessias do Mar da Galiléia (Mateus 8.23-27; 14.22-33) e a confissão de Pedro (Mt 16.13-17).

“Crer” no sentido bíblico é “crer em quem é Jesus”. Quanto mais conhecermos Jesus, mais fé teremos. Esse terreno sempre nos trará novidades.



2. Fracos e Fortes na Fé


Rom 14 e 15; I Co 8: Os fracos na fé crêem em Jesus, mas sentem que precisam também obedecer a certas leis para não serem rejeitados por Deus. Cfe. Gálatas (3.3-6; 4.10,11; 5.4), esse caminho corre o sério risco de nos afastar da graça de Deus.



Karl Kepler - Membro Pleno do CPPC - Presidente do CPPC

Psicólogo, Pastor e Professor







A Morte – Por Wagner Pedro



1. INTRODUÇÃO






A idéia de ir para o céu tem perseguido o homem por séculos e determinado o estilo de vida de muitos. Os religiosos se guiam por sua fé, os esotéricos têm suas crenças, e os ateus dizem que não há nada.



Em busca deste depois foram elaboradas inúmeras obras de arte, sacrificadas milhares de vidas e dedicados esforços na política, religião, ciência e em praticamente qualquer área.

Além da morte existem verdades que esperam por nós, lá em cima, nos céus, onde Deus aguarda com as respostas.

2. A MORTE SURPREENDE


Para o jogador de futebol Marc-Vivien Foe (28 anos) da seleção nacional de Camarões, 26 de junho de 2003 era um dia especial em sua vida. Ele e seus companheiros iriam jogar contra a Colômbia a possibilidade de disputar a final da Copa das Confederações. Era Também um dia especial para sua esposa e família que esperavam ansiosos pelo jogo, num estádio superlotado. Naturalmente todos esperavam por uma vitória do seu time e um bom desempenho de Marc-Viven. Ele se preparava intensivamente para o torneio e como todos os outros jogadores trataram de estar em excelente forma física.

O apito do juiz iniciou o jogo às 13h00 em Lyon, França. O time de Marc-Vivien jogava bem e aos nove minutos fez um gol que garantia sua colocação final contra a França.

Então aconteceu o inesperado. Aos 28 minutos do segundo tempo, sem nenhum motivo aparente, Marc-Vivien caiu, no momento em que voltava para ajudar a marcação. Nenhum de seus adversários o havia tocado, nem mesmo um dos jogadores de sua seleção. Com os olhos virados ele permanece estirado no chão! Chocados, os outros jogadores dão sinal ao departamento médico para fazer o atendimento.

Ainda em campo foi atendido pelo médico colombiano, Hector Cruz, que tentou “reanimá-lo”. Depois disso, na beira do campo, outros médicos tentaram, sem sucesso, por mais 40 minutos. Marc-Viven não reagiu a nenhuma tentativa de reavivamento e morreu, ali, no gramado, diante dos expectadores e das câmeras de televisão.

3. HÁ VIDA APÓS A MORTE?


Há vida após a morte? Esta é uma pergunta que tem deixado a humanidade perplexa por milênios. “Até mesmo teólogos ficam embaraçados quando se confrontam com [ela]”, diz Hans Kung, erudito católico.

O cristão acredita em céu e inferno. Os hindus, por outro lado, acreditam na reencarnação, já para os muçulmanos, após a morte, automaticamente, segue-se para o julgamento perante Alá.

Tanto budistas como católicos deixam as portas e as janelas bem abertas quando morrem alguém de sua família. Acende-se velas, e o caixão é colocado de modo que os pés do defunto fiquem na direção da porta da frente.

Desta forma, eles acreditam que essas medidas facilitam a saída do espírito, ou alma, do defunto de dentro da casa.

Os aborígines da Austrália, diz Ronald M. Berndt, da Universidade da Austrália Ocidental, acreditam que “os seres humanos são espiritualmente indestrutíveis”. Certas tribos africanas acreditam que, depois da morte, as pessoas comuns se tornam fantasmas, ao passo que as pessoas de destaque se tornam espíritos ancestrais, aos quais se dará honra e se farão súplicas como líderes invisíveis da comunidade.

Alguns adotam o ponto de vista, de que a vida consciente termina por ocasião da morte. Entre os que se negavam a crer na imortalidade pessoal estavam os famosos filósofos antigos Aristóteles e Epicuro, o médico Hipócrates, o filósofo escocês David Hume, o erudito árabe Averroés e o primeiro dos primeiros-ministros da Índia, após a independência, Jawaharlal Nehru.

4. ORIGEM DA DOUTRINA DA IMORTALIDADE DA ALMA


Pitágoras, famoso matemático grego, sustentava que a alma era imortal, antes dele, Tales de Mileto, considerado o mais antigo filósofo grego conhecido, achava que a alma imortal não existia apenas em homens, animais e plantas, mas também em objetos tais como um imã, visto que pode mover ferro.

No Irã, ou Pérsia, um pseudo profeta, chamado Zoroastro surgiu a. C. Ele introduziu uma adoração que veio a ser conhecida como zoroatrismo. Era a religião do império Persa, que dizia que a alma do justo ficava em alegria e a alma do mentiroso em tormento.

Os egípcios sustentavam que a alma da pessoa morta seria julgada por Osíris, o deus principal do mundo do além. Os egípcios também mumificavam seus mortos e preservavam os cadáveres de faraós em impressionantes pirâmides, visto que achavam que a sobrevivência da alma dependia da preservação do corpo.

Os babilônios também acreditavam que alguma espécie de vida, em alguma forma, continuava após a morte. Expressavam isso por enterrar objetos junto com os mortos, para uso deles no Além.

Cumpre mencionar, que tanto Sócrates como Platão retocaram o conceito que a alma é imortal, e o transformaram num ensino filosófico, tornando-se assim mais atraente às classes cultas dos seus dias e depois.

É cediço, que as testemunhas de Jeová, acreditam na doutrina do sono da alma. Segundo essa doutrina, as almas das pessoas que morrem ficam dormindo junto com o corpo.

5. IMORTALIDADE DA ALMA NAS RELIGIÕES ORIENTAIS


As tribos eurásicas, migratórias, trouxeram consigo à Índia a idéia de transmigração da alma, se espalhando por toda Ásia. Essa idéia agradou aos gurus Hindus, que se deparava com o problema do sofrimento humano, mesclando com o chamado lei do carma, desenvolveram a teoria da reencarnação, que é o suporte principal do hinduísmo.

O budismo foi fundado na Índia por volta de 550 a.C. Segundo a tradição budista, um príncipe indiano de nome Sidarta Gautaman, conhecido como Buda, fundou o budismo.

Visto que se originou do Hinduísmo, os ensinos são similares, para Buda, após a morte, se transmitia alguma condição ou força de uma vida para outra. Segundo o budismo, essa força não cessa com o não-funcionamento do corpo, que é a morte.

Desta forma, por este ensino, a existência, é eterna, a menos que a pessoa alcance o objetivo final do nirvana, e ficar livre do ciclo de renascimentos. O nirvana, não é uma vida após a morte, mas um completo estado de inexistência do ser. Vale frisar, que este pensamento do budismo altera dependendo o local, porque ele se ajustou aos usos e costumes de cada região.

Havia no Japão, antes do budismo, o xintoísmo, que entende que a alma que partiu, ainda conserva a sua personalidade, mas fica manchada por causa da morte. Para “lavar a alma”, os familiares em vida, devem fazer rituais em memória do falecido, só então este alcançara o paraíso.

Fundado por Lao-Tsé, o taoísmo, a pessoa que dele participa, buscando a união com a natureza se torna imortal. A busca pela imortalidade levou os taoístas a experimentar a produção de pílulas de imortalidade e alquimia.

Outra religião oriental é o jainismo, que foi fundado no século VI a.C. Seu fundador, Maavira, ensinava que todas as coisas vivas têm alma eterna.

6. A ALMA SEGUNDO A BÍBLIA


A palavra hebraica traduzida como “alma” é né-fesh, e ela ocorre 754 vezes nas escrituras hebraicas no antigo testamento. O nome hebraico refere-se ao inteiro ser vivo, ao individuo como um todo, p. ex. Gn 2:7.

É mencionada, mais de cem vezes no novo testamento, como psy-khé, muitas vezes, igualmente se referindo à pessoa como um todo, p.ex. Jo 12:27, At 2:43, Rm 13:1, I Ts 5:14, I Pe 3:20. Portanto, a alma também pode se referir a uma criatura viva.

Mas a alma também aparece ligada a questão da vida, p.ex. Êx 4:19, Js 9:24, II Re 7:7, Pv 12:10, Mt 20:28, Fp 2:30, em cada caso a palavra alma significa vida.

7. POR QUE MORREMOS?


Segundo o professor Eurico Bergstén[1], o pecado sujeitou o homem à morte, (Gn 2.17), o apóstolo Paulo escreveu que por um homem entrou o pecado no mundo, (Rm 5.12).

Existem três tipos de morte, pela ótica da teologia (física, espiritual e segunda morte), porém, estamos trabalhando nesta obra, com as duas primeiras.

A morte física começou desde o dia do pecado de Adão no Éden (Gn 3.19), assim com a morte, tem a separação do espírito, alma e corpo.

A alma segundo o entendimento do mesmo autor é a parte que orienta a vida do corpo, e estabelece o contato com o mundo em redor, enquanto o espírito é a parte do homem que lhe oferece a possibilidade de relacionamento com Deus.

8. QUE ACONTECE COM ALMA E O ESPIRITO NA HORA DA MORTE?


A alma e o espírito que deixam o corpo ficam a disposição de Deus para serem encaminhados ao lugar que corresponda com a vida que levaram, para ali aguardarem o dia da ressurreição.

O espírito/alma do justo para o paraíso, nos termos dos versículos, (Lc 23.43, II Co 5.8), onde gozarão descanso (Ap 14.13), consolação e felicidade (Lc 16.23,25).

Em outra situação é o espírito do injusto que irá para o hades, ou sheol em hebraico, um lugar de tormento, onde aguardarão a ressurreição para o julgamento final (Lc 16.22,23; Ap 20.11,12).

9. A MORTE PARA O VERDADEIRO CRISTÃO


Pelo fato de Jesus Cristo ter ressuscitado todos os crentes também ressuscitarão. Portanto, não precisamos nos desesperar quando uma pessoa crente a quem amamos morrer.

Todos os crentes que viveram em todas as épocas estarão reunidos na presença do próprio Deus, sãos e salvos. Desse modo, a morte não é mais uma fonte de apreensão e medo. Cristo venceu e nós também venceremos a morte. Por essa razão, temos uma esperança além do tumulo.

10. ORIGEM DO VELÓRIO



Existem controvérsias, contudo um fato esta intrinsecamente ligada ao velório como conhecemos, entre os anos de 1.600 a 1.700 na Europa, muitas pessoas morreram envenenadas porque usavam utensílios de estanho, que oxidava com seu uso.

Mas os copos de estanho, quando misturados com bebidas alcoólicas, davam o que a medicina chama de narcolépsia, espécie de sono profundo, cuja pessoa neste estado, poderia ser facilmente confundida com um morto.

Desta forma, muitos vigiavam o corpo antes de enterrar, para verificar se a pessoa realmente tinha ido a óbito, deste costume, pode ser que deu origem ao velório do corpo.

11. COMO AS GRANDES RELIGIÕES VELAM SEUS MORTOS?



  1. JUDAÍSMO – Reunião de familiares e amigos. O caixão sempre fechado, ladeado de velas para que o espírito encontre um caminho iluminado. As mulheres cobrem suas cabeças com um lenço e os homens com o quipá. Não existem palavras de consolo, contudo, é possível um discurso de homenagem ao falecido. Em voz alta se faz a leitura de salmos.
  2. HINDUÍSMO – Ritual de preparação do corpo, seguindo-se da cremação.
  3. BUDISMO - Reunião de familiares e amigos. Os visitantes levam ofertas para os familiares do morto. O corpo é colocado em um caixão, com um rosário budista enrolado em suas mãos, junto ao caixão acende velas e incensos. Fazem orações e recitam textos considerados inspirados. Alguns oferecem alimento e água sobre um altar como símbolo do desapego.
  4. ISLAMISMO – O corpo deve ser sepultado depressa, e a cerimônia, serve para os familiares terem tempo de agilizar a burocracia para o enterro. Os homens se apresentam bem trajados, e as mulheres de cabeça coberta. Todos os presentes ficam envoltos do caixão, e rezam para que a alma do falecido siga em paz seu caminho. Em alguns funerais, tem música na cerimônia.
  5. CRISTIANISMO - Reunião de familiares e amigos geralmente recebe as condolências. O caixão é aberto para que as pessoas presentes, caso queiram toquem o corpo. Os católicos celebram a missa. Existe a presença de um padre que faz as exéquias (reza para encomendar o corpo) para a vida eterna. Uma cruz é colocada em cima do caixão e quatro velas são acesas ao redor. As velas simbolizam a luz de Cristo ressuscitado e são acesas para iluminar o caminho da alma até a eternidade. Os familiares recebem flores, que simboliza “primavera da vida que floresce na eternidade”.

12. CONCLUSÃO


Desde o momento do nascimento há a constante possibilidade de que o ser humano morra a qualquer momento; e esta possibilidade inevitavelmente se tornará um fato consumado.

A verdade sobre a alma e o espírito, liberta você do medo da morte, do medo dos mortos, do desespero por causa da morte dum querido.

A palavra de Deus diz: “Todo aquele que crê em mim nunca morrerá.” João 11:26

Em cristo tenha paz e esperança, porque Ele é a ressurreição e a vida.


[1]BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora CPAD, 1999, p. 177 e ss.








Jonas – Por Pr. Espedito Marinho


O nome de Jonas, em sua forma hebraica, é Yonah, que significa pombo.


Jonas era filho de um profeta chamado Amitai, e que viveu em Israel no início do reinado de Jeroboão II, em cerca de 780 a.C (II Reis 14:25).


As descobertas arqueológicas atestam o poderio e riqueza vivida por Israel nos dias de Jeroboão II.


Ele construiu várias fortalezas, incluindo casas e muralhas inexpugnáveis. Não deixou de andar nos caminhos dos seus antecessores, adorando aos bezerros de ouro, feitos por Jeroboão I, filho de Nebate. Portanto foi reprovado pelo senhor (II Reis 14:24-25;Amós 8.14).   
Quanto à autoria do livro que leva seu nome, têm-se aceitado que ele mesmo escreveu seu livro perto do final da sua carreira, ao relembrar o ponto decisivo no seu ministério.
Isso explicaria o emprego do verbo no passado ao referir-se a Nínive (3:3), porque num período de várias décadas, as condições da cidade podem ter sofrido alterações desde a época da visita de Jonas. Isso colocaria a data da composição do livro por volta de 760 a.C.
Conforme a passagem de II Reis 14:25, verificamos que Jonas era natural de uma cidade chamada Gate-Hefer, da tribo de Zebulom. No atlas bíblico, constatamos que essa cidade ficava ao norte de Israel, cinco quilômetrosa noroeste de Nazaré.
Mas ao que parece, ele devia habitar em Jerusalém quando Deus lhe enviou à Nínive, pois Jope distava de Jerusalém apenas cerca de 55 quilômetros enquanto Gate-Hefer, sua cidade natal, ficava bem mais perto de Tiro e Aco, cidades também portuárias.
Jope onde Jonas embarcou com destino a Társis (Jonas 1.3), estava localizada a cerca de 55 quilômetros a noroeste de Jerusalém, na orla marítima do Mar Mediterrâneo e a 850 quilômetros em linha reta de Nínive.
A palavra “Társis” em fenício significava refinaria. Provavelmente tinha esse nome por estar próxima ao principal centro metalúrgico dos fenícios que ficava num local chamado Tartesso, perto de Gilbratar ao sul da Espanha.
Sobre essa cidade, verificamos que se tratava de uma colônia fenícia no sudoeste da Espanha onde havia um porto muito conhecido pelo seu comércio de minério.
Situava-se entre duas bocas do rio Guadalquivir, local completamente oposto à cidade de Nínive, para onde Deus havia enviado Jonas.
Társis distava de Israel cerca de 3.000 quilômetros e o tempo gasto para chegar até lá era de cerca de seis meses. Para o povo de Israel, Társis significava o fim do mundo.
 O texto de Isaias 66.19 relata que seus habitantes não possuíam nenhum conhecimento do Deus de Israel. Era uma cidade completamente habitada por pagãos.
Era de Társis que vinham para os fenícios os principais minérios: ferro, prata, chumbo e estanho (Ez 26-28:19;Jr 10:9). Portanto, as embarcações que ligavam Jope e Társis, normalmente eram de carga. Isso é um forte indício de que o navio em que Jonas embarcou era um cargueiro.
Nínive no mapa do antigo mundo bíblico situava-se na Mesopotâmia, nas margens do rio Tigre ao norte do golfo Pérsico. Ficando numa posição geográfica bastante privilegiada, formando uma junção entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Índico.
A cidade inteira era cercada por muralhas de 30,5 de altura e no topo da muralha era possível andar paralelamente três carros de guerra.
Mas nada disso adiantou, porque cem anos mais tarde (em 612 a.C.), ela foi completamente destruída em cumprimento da profecia de Naum 3.7.
De acordo com a passagem de Jonas 3.2, Nínive era uma grande cidade. Calculam-se que para percorrê-las em forma circular tinha que andar cerca de 97 quilômetros.
Isso indica sua enorme extensão mencionada no capítulo 3.3, onde diz que, para percorrê-la tinha que andar a pé durante três dias. Quanto a sua população, estima-se que era de 600.000 a um milhão de habitantes, pois só de crianças havia 120.000 (Jonas 4.11).
Quanto ao local onde Jonas foi expelido pelo peixe, a Bíblia não nos fornece a posição geográfica, só diz que foi em terra firme (2.10). O que não podemos pensar é que foi em Nínive, conforme ensinam alguns desenformados, pois Nínive não é banhada pelo oceano.
Ora se o capítulo 3.1 relata que, novamente Deus lhe ordenou que fosse pregar em Nínive, é porque ele não foi vomitado nas proximidades daquela cidade.
Em Gênesis 10.11 lemos que a cidade Nínive foi edificada pelo profano rei Ninrode, cujo nome, de acordo com alguns hebraístas, significa “rebelde”.
Quanto à relutância de Jonas para não pregar aos ninivitas, descobrimos em nossa pesquisa, que os israelitas nutriam grande repugnância por eles, devido seus métodos desumanos de tratamento para com os povos vencidos: esfolavam as pessoas, vazavam os olhos, decepavam as mãos, empalavam os corpos e muito mais.
Quando os soldados assírios sitiavam uma cidade, capturavam os que encontravam ao lado de fora, atravessavam uma estaca afiada desde o ânus até o tronco e fincavam em frente à cidade para aterrorizar seus habitantes, a fim de que se rendessem.
Em II Crônicas 33.11 relata que eles prenderam Manassés (rei de Israel) com ganchos, amarraram-no com cadeias de bronze e o levaram para a Babilônia.
Quanto a cidade de Nínive verificamos que ela era uma das três capitais da Assíria: Assur, Calá e Nínive que foi destruída por uma coalisão dos medos com os babilônicos por volta do ano 612 a.C.
Quanto aos ninivitas, alvo da missão de Jonas, viviam mergulhados em profunda idolatria, oferecendo sacrifícios humanos aos deuses Tamuz e Moloque.
Ali também, nos seus templos, se praticavam largamente, a chamada prostituição sagrada em homenagem a Astarote, a grande mãe do deus-príncipe Nínive.
As esposas eram dedicadas e entregues ao culto dessa deusa, que se praticava por meio da prostituição sagrada. Pois Astarote era a deusa da fertilidade.
Ao enviar Jonas àquela população desumana, Deus quis atingir o coração do império assírio com uma mensagem de juízo.
Se para Jonas era difícil enfrentar os ninivitas, para eles era mais difícil tolerá-lo com sua mensagem ameaçadora. Mas para Deus nada é impossível.     
Portanto, não devemos temer a reação dos pecadores porque é Deus quem faz a obra nos seus corações (Jo 16.8).
No tempo de Jonas havia em Israel outros profetas, mas foi a ele que foi dada a missão de pregar aos ninivitas.
Isso significa que a missão que Deus nos dá deve ser desempenhada por nós e não por outra pessoa.
Os ninivitas de hoje em dia são aqueles a quem devemos nos dirigir com a mensagem do evangelho.
Não devemos temê-los nem evitá-los movidos por preconceitos religiosos, mas irmos ao seu encontro com a mensagem de boas novas, como fez o Senhor Jesus aos samaritanos, arqui-inimigos dos Judeus.

Extraído do Livro Métodos de Estudos da Bíblia do Pastor Espedito Marinho.




ARCA DE NÓE - POR WAGNER PEDRO

A arca de Noé foi colocada por muito tempo em descrédito por aquele grupo de pessoas que duvidam da BIBLIA.
Principais argumentos dos que duvidam da existência do dilúvio e da arca de Noé:
·         Dizem que é um folclore religioso
·         Dizem que não havia água suficiente na atmosfera para destruir o mundo
·         Dizem que a arca não comportaria todos os animais
Pois bem, vamos às refutações:
A terra que existia no dilúvio era bem diferente do que vivemos hoje.
“E fez Deus a expansão e fez separação entre águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão” Genesis 1:7 (Deus fez separação entre o mar e o céu)
“E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente, e voem as aves sobre a face da expansão dos céus” Genesis 1: 20.
A terra era envolvida por inteiro de uma camada de vapor (Júpiter, Saturno e Venus), que a protegia dos raios. A terra era por inteiro tropical, repleto de verde e de neblina, contendo água suficiente na atmosfera.
Hoje temos provas do dilúvio:
  • Conchas de água doce no mar salgado
  • Turfeiras de água doce no mar salgado
  • Restos de arvore no mar
  • Restos de animais no mar
  • Amostra de cristais formados de sal a 1828 metros de altura no monte ararat
Da onde veio tanta água?
“... se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas do céu se abriram” Genesis 7: 11, segunda parte. (águas do oceano + águas dos céus).
O que fez as nuvens se transformar de estado gasoso em liquido?
A ação de um vulcão em erupção esfria a atmosfera da terra. Erupções em diversas partes da terra causariam a queda da temperatura, que faria a camada de vapor entrar em colapso liberando a chuva.
A arca existiu algum dia? E era de tamanho suficiente?
  • Formato de uma caixa 
  • 137 metros de cumprimento
  • 23 metros de largura
  • 14 metros de altura
  • 3 pavimentos, o mais baixo para os animais selvagens, o do meio para aves e animais domésticos e o nível mais alto para seres humanos, os animais machos foram separados das fêmeas para evitar procriação
Exemplos:
  • Equivalente a um prédio de quatro andares em um quarteirão
  • Metade do transatlântico Queen Mary
  • 24 quadras de basquete
  • Capacidade para 528 vagões de carga
De onde veio a madeira?
Noé plantou arvores antes do dilúvio, conforme narrativa do gênesis.
Comportaria todos os animais?
Foi calculado que o tamanho médio dos animais é o de uma ovelha. Tendo outros menores e maiores. Nesta proporção caberiam em 200 vagões de carga.
Lembrando que espécie é diferente de variedades, então não entrariam um casal de tigre e outro de gato, pois ambos são felinos. Cerca de 45.000 animais poderiam ter entrado na arca.
Hoje temos provas da arca de Noé:
  • 1904 – Jorge Racompiam escalou o monte ararat, descobriu a arca e a explorou
  • 1915 – soldados russos avistaram sob o comando do coronel Alexsander Cool, porém as evidências foram destruídas em 1917 com a revolução russa
  • 1953 – Jorge Green, geólogo americano fotografou a arca, porém elas desapareceram após sua morte.
  • 1955 – Fernand Navarra, explorador trouxe destroços para avaliação cientifica
Atualmente o governo turco não autoriza expedição da arca por questões políticas e religiosas.
O porquê do juízo?
Julgamento por afogamento daqueles zombadores que não crêem em Deus.
 Nesta época o povo era:
·         De longa vida
·         População grande
·         Conhecimento avançado
·         Imoral e violento
·         A fé em deus praticamente inexistente
O Pacto que Deus Fez com Noé?
Conforme o Genesis 9 não haverá mais julgamento pelas águas.




SERVINDO A HOMENS AO INVÉS DE DEUS – POR WAGNER PEDRO


Por mais que relute contra os ensinamentos que vem crescendo nos dias atuais, no sentido de dizer que a Igreja tem se tornado vazia de sentimentos ao próximo, que não serve mais de Hospital para os doentes, e que é uma instituição falida do ponto de vista da fraternidade, sou obrigado a concordar, que os bons costumes, tem ficado de lado, e atualmente a Igreja está trilhando um caminho perigoso.

Às vezes, a nossa comunhão com Deus nos anima, e nos permite ter um espírito voluntarioso para ter disposição de servir na Igreja, desempenhando qualquer função, pelo simples fato de ser membro ativo e participante.

Todavia, o partidarismo na igreja, os esquemas, as trocas de favores entre uns e a exclusão de outros, a inveja, a contenda e principalmente o sistema militar, faz com que pensemos se estamos servindo a Deus ou servindo a homens.

As cobranças são diárias, sempre é dito que Deus está insatisfeito conosco, dizem que nossa relação com Deus tem que ser de escravo, ao invés de uma relação de pai para filho.

No livro de Romanos está escrito que fomos libertos da lei, mas quando chegamos à Igreja, nos colocam um jugo pesado, somos obrigados a bater cartão, e se errarmos no desempenho das funções, nos é cobrado publicamente de maneira vexatória.

Aquelas pessoas que desempenham a mesma função que nós, às vezes fazem papel de mexeriqueiros, procuram arrumar intrigas para nos tirar do caminho, visando as promoções que o ministério promete.

Na igreja, as normas internas, são mais importantes que as pessoas, quem desiste de frequentar, são pejorativamente chamados de fraco, e para os desanimados, enfermos e de coração em aperto, estes ficam a deriva, sem apoio nenhum, sequer uma visita.

Os fracos na fé crêem em Jesus, mas sentem que precisam também obedecer a certas leis para não serem rejeitados por Deus.

Muitos na igreja ao invés de querer servir ao próximo, querem ser chefes. Os jovens da igreja estão se esgotando, quando não são engolidos pelos pecados deste mundão, são colocados para fora, pelos próprios obreiros, que só criticam, ofendem, e quando percebe que alguém tem potencial, fazem de tudo para abafar as qualidades deste, para que só ele seja o referencial.

Veja essa história abaixo:

Certo homem, com uma bengala em uma das mãos e uma mala na outra, aproximou-se vagarosamente da porta do vagão do trem. Já era hora do trem partir, mas o idoso homem não parecia ter pressa de embarcar.

 O jovem condutor, exibindo um alinhado uniforme, observava-o com desdém. Por fim gritou:

- Ei, seu aleijadinho, é melhor entrar, se não o trem parte sem você!

Mais tarde, quando o condutor pediu o bilhete da passagem, o velho respondeu:

- Eu não pago.

- Quem pensa que é? Lógico que vai pagar – disse o condutor com a mão estendida.

- Não senhor.

-Então desembarca na próxima estação! Falou asperamente o condutor.

-Ninguém viaja de graça neste trem!

Carrancudo, o condutor continuou pelo corredor verificando as passagens. Um dos passageiros perguntou:

- Sabe quem é o senhor coxo com quem esteve falando?

- Não, e não me interesso em saber.

- Bem, se fosse você, eu me interessaria muito. – respondeu o passageiro. – ele é Peter Warburton, o presidente da Viação Férrea.

O condutor ficou pálido.

- Tem certeza?

- Conheço-o pessoalmente. É Peter Warburton.

Após concluir sua tarefa de recolher as passagens, o condutor envergonhado aproximou-se do idoso senhor novamente. Entregou a ele seus livros de controle e as passagens.

- Estou pedindo demissão, senhor – disse o condutor.

- Sente-se meu filho – ordenou gentilmente o Sr.Warburton.

- Quero fala com você. O Presidente continuou:

- Não é necessário que você se demita. Não tenho desejo de vingança. Você foi rude. Eu poderia demiti-lo, mas não o farei. No futuro, seja educado com todos os que viajarem neste trem. Aqui estão seus livros e as passagens. Apenas lembre-se de que todas as pessoas merecem ser tratadas com bondade.

- Sim, senhor! Muito obrigado senhor! Respondeu atônito o funcionário.

No caso supracitado, é evidente perceber, que este funcionário estava servido ao dono, e não percebeu!

Assim como na igreja, que às vezes a pessoa pensa que está servindo a Deus, mas está servindo a homens. Mal tratando os pequenos, e advogando para o pastor, sem ao menos refletir se é a posição correta.

Nosso dever como cristão é servir uns aos outros, nunca se esquecendo, que todos são iguais para Deus.

Que Deus nos ajude a lidar com os bajuladores que estão em nosso meio como joio que não pode ser arrancado.

Amém!


A VIDA DE DAVI


1)Davi e sua vocação

Em Israel na época de Samuel o povo era dirigido pelo profeta. Porém os Israelitas pediram um Rei para reunir e liderar as 12 tribos, imitando assim o sistema de monarquia das outras nações.

Saul foi rejeitado pela sua desobediência:


E perguntou-lhe Samuel: "O que você fez? " Saul respondeu: "Quando vi que os soldados estavam se dispersando e que você não tinha chegado no prazo estabelecido e que os filisteus estavam reunidos em Micmás, pensei: ‘Agora, os filisteus me atacarão em Gilgal, e eu não busquei o Senhor’. Por isso senti-me obrigado a oferecer o holocausto".Disse Samuel: "Você agiu como tolo, desobedecendo ao mandamento que o Senhor seu Deus lhe deu; se você tivesse obedecido, ele teria estabelecido para sempre o seu reinado sobre Israel.


E Saul atacou os amalequitas por todo caminho desde Havilá até Sur, a leste do Egito. Capturou vivo Agague, rei dos amalequitas, e exterminou o seu povo.Mas Saul e o exército pouparam Agague e o melhor das ovelhas e dos bois, os bezerros gordos e os cordeiros. Pouparam tudo que era bom, mas a tudo que era desprezível e inútil destruíram por completo.Então o Senhor falou a Samuel:"Arrependo-me de ter constituído a Saul rei, pois ele me abandonou e não seguiu as minhas instruções". Samuel ficou irado e clamou ao Senhor toda aquela noite.
   
            Quando o povo saiu do Egito foi ferido na retaguarda todos os cansados. Deus deu uma ordem que quando o povo herdasse a terra deveria anaquilar os amalequitas.

            (Deuteronomio 25:17-19)
             Lembrem-se do que os amalequitas lhes fizeram no caminho, quando vocês saíram do Egito.Quando vocês estavam cansados e exaustos, eles se encontraram com vocês no caminho e eliminaram todos os que ficaram para trás; não tiveram temor de Deus. Quando o Senhor, o seu Deus, der a vocês o descanso de todos os inimigos ao seu redor na terra que ele lhes dá para dela tomar posse como herança, vocês farão que os amalequitas sejam esquecidos debaixo do céu. Não se esqueçam!

            A vocação de Davi foi divina:


E depois pediram um rei, e Deus lhes deu por quarenta anos, a Saul filho de Cis, homem da tribo de Benjamim.E, quando este foi retirado, levantou-lhes como rei a Davi, ao qual também deu testemunho, e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.

·         Ser conforme o coração de Deus é executar a ordem de Deus

2) Davi e o gigante

            Os filisteus dominavam a costa do mar mediterrâneo de Jope até Gaza. E todas as suas armas eram feitas por ferreiros. Poucos povos dominavam a arte de fazer armas com o ferro.

            Golias era descendente dos Refains que viviam na região de Amon na Transjordânia, e refugiou-se com os Filisteus.

            (Deuteronômio 2:19-21)

            E chegando até defronte dos filhos de Amom, não os molestes, e com eles não contendas; porque da terra dos filhos de Amom não te darei herança, porquanto aos filhos de Ló a tenho dado por herança.(Também essa foi considerada terra de gigantes; antes nela habitavam gigantes, e os amonitas os chamavam zamzumins;Um povo grande, e numeroso, e alto, como os gigantes; e o Senhor os destruiu de diante dos amonitas, e estes os lançaram fora, e habitaram no seu lugar;

            Segundo as escrituras Golias tinha 6 côvados e 1 palmo, era equivalente a 3 metros e 20 centimetros.


Então saiu do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo.

            A batalha foi no Vale Elá, uma vale estreito por onde passava um riacho. Golias afrontou o exército de Saul por vários dias. Tomou dali uma pedra e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa, e a pedra se lhe encravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra. (o gigante caiu para frente - 1 Samuel 17:49). Davi venceu a batalha pela fé e confiança em Deus.

3) Davi convivendo com Saul

Davi serviu o Rei Saul inicialmente como escudeiro (levava o escudo do cavaleiro). Agia com humildade, vontade de aprender e começando debaixo.

Sempre tendo bom relacionamento com Jônatas, com os demais servos e principalmente com o povo.
            Davi nunca bateu de frente com Saul, mas o respeitava muito.


4) O tempo na vida de Davi

Datas precisas e períodos de tempo exatos são difíceis, mas parece que Davi foi ungido por Samuel aproximadamente 16 anos depois que Saul foi enviado para destruir os amalequitas.


Tomai a soma de toda a congregação dos filhos de Israel, da idade de vinte anos para cima, segundo as casas de seus pais; todos os que em Israel podem sair à guerra.

Baseando-se na idade onde um homem é convocado a apresenta-se como recruta provavelmente ele tinha menos de 20 anos.

Davi tinha aproximadamente 23 anos quando matou Golias.

Davi tornou-se rei de Judá, com 30 anos.

Com 37 anos tornou-se o grande rei sobre todo Israel.

5) Davi em fuga

Saul tramou tirar a vida de Davi utilizando de seus soldados.

Davi em período de fuga teve 4 esconderijos:

1)      Escola de Samuel;

2)      Casa do Sacerdote Aimeleque;

3)      Gate;

4)      Caverna de Adulão

Na caverna de Adulão escreveu os Salmos: 34, 57 e 142

Davi neste período formou seu grupo de elite divididos em dois:

Primeiro composto por:

1)      Joabe seu sobrinho (I Crônicas 2.16;I Crônicas 18.15;I Crônicas 26.28 e I Crônicas 27.24);

2)      Jasobeão Oficial (I Crônicas 11.11);

3)      Eleazar (I Crònicas 11.12);

4)      Samá (II Samuel 23:11-13).

Segundo composto por:

1)      Abisai irmão de Joabe (II Samuel 21.17);

2)      Benaia (II Samuel 23.22-24).

6) Davi e sua equipe

Davi via seus liderados com respeito e apreciação. A equipe de Davi era fiel e submissa. Davi liderava pelo exemplo e amor.

7) Davi unifica as tribos

A chegada de Davi ao trono deu-se em 2 etapas:

Reinou em Hebrom 7 anos e meio sobre a Tribo de Judá.

Reinou sobre Israel 33 anos.

Total de 40 anos

(II Samuel 5.4-5)

Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; quarenta anos reinou. Em Hebrom reinou sobre Judá sete anos e seis meses, e em Jerusalém reinou trinta e três anos sobre todo o Israel e Judá.

8) Davi e sua fortaleza

Davi invadiu a cidade de Sião através do canal subterrâneo de água e tomou a fortaleza dos Jebuseus.


Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a cidade de Davi.
           
            Os dois nomes antigos de Jerusalém: Jebus e Cidade de Davi.


9) O pecado de Davi

            Davi cometeu duplo pecado adúlterio e assassinato. Natã o profeta o repreende através de uma parabola. As consequência e juízo seria severo pois viria de sua própria casa.

10) Arrependimento de Davi

Davi se arrependeu, confessou e abandonou o pecado. Oração Salmos 51.

11) Davi e seus problemas familiares

1)      Amon filho primogênito estuprou sua meia irmã Tamar;

2)      Absalão terceiro filho matou a Amon. Dormiu com 10 concubinas do pai e usurpou o trono;

3)      Adonias quarto filho declarou-se Rei antes da morte de Davi;

4)      Salomão matou a Adonias, e a Joabe sobrinho e melhor amigo de Davi. Casou-se com mulheres estrangeiras e se desviou por um período.

12) Davi e seu sucessor

Além de Salomão um filho de Davi ocuparia seu trono para sempre.


E há de ser que, quando forem cumpridos os teus dias, para ires a teus pais, suscitarei a tua descendência depois de ti, um dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. Este me edificará casa; e eu confirmarei o seu trono para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e a minha benignidade não retirarei dele, como a tirei daquele, que foi antes de ti. Mas o confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono será firme para sempre. Conforme todas estas palavras, e conforme toda esta visão, assim falou Natã a Davi.

Cumprimento em Jesus Cristo (Mateus 1.1).

13) Davi e o censo do povo

Davi queria fazer a contagem do povo somente para vangloria-se de seu exército. Quando percebeu seu erro quebrantou-se mais uma vez do seu erro.


E este negócio também pareceu mau aos olhos de Deus; por isso feriu a Israel.

 
14) Davi e o desejo de edificar o templo

Davi vivia em um suntuoso palácio de cedro enquanto a arca da aliança (simbolizava a presença de Deus) habitava em uma tenda.


E sucedeu que, estando o rei Davi em sua casa, e tendo o SENHOR lhe dado descanso de todos os seus inimigos em redor,Disse o rei ao profeta Natã: Eis que eu moro em casa de cedro, e a arca de Deus mora dentro de cortinas.

A mensagem de Natã foi clara Deus não desejava que Davi construisse o templo porque sua tarefa era unificar, liderar Israel e destruir os seus inimigos.

15) Conclusão


E morreu numa boa velhice, cheio de dias, riquezas e glória; e Salomão, seu filho, reinou em seu lugar.

Davi foi um homem segundo o coração de Deus. Ele teve altos e baixos na sua caminhada, assim como nós. Mas sem dúvidas nenhuma, o sucesso na vida de Davi, prende-se ao fato de sua escolha de servir ao seu criador na terra. Sua história de vida, nos inspira até os dias de hoje, e serve de referência de como servir com excelência e ter sucesso em Cristo.



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JUGO DESIGUAL


As pessoas tem uma ideia equivocada com o tema supracitado. Antes de tecermos alguns comentários, gostaria de transcrever a definição do Dicionário Aurélio [1]:


Jugo: s.m. A canga com que se jungem os bois para puxarem o arado ou o carro. / Junta de bois. / Forca por baixo da qual os romanos faziam passar os inimigos vencidos. / Fig. Opressão material ou moral: conservar alguém sob seu jugo. / Preito de obediência. // Sacudir o jugo, procurar libertar-se.


Desigual: adj. Que não é igual a outra coisa: linhas desiguais. / Que não é liso; acidentado: terreno desigual. / Irregular, não uniforme: movimento desigual. / Vário, incerto, volúvel: gênio desigual. / Desproporcional: luta desigual.


            Desta forma, este conceito aplica-se, nos relacionamentos de forma geral, não apenas entre namorados.

            Por exemplo, nos negócios, e a palavra aqui significa negar o ócio, ou seja, nos nossos trabalhos, empreendimentos, projetos.

            O bom rei Josafá fez uma aliança desastrosa com o mau Rei Acabe do reino apóstata de Israel: a aliança de ordem comercial (II Crônicas 18: 1-43 e 20.35-37), como consequência, Josafá quase morreu, todavia Acabe por desobediência não desfrutou da mesma misericórdia (v. 33,34).

            Em Números 22:31, as escrituras nos mostram uma aliança que envolve o ofício de Profeta, logo, uma aliança de ordem ministerial. A Bíblia nos diz que Balaão, homem ganancioso, tentou profetizar uma maldição contra o povo de Israel. Balaque, rei de Moabe, o contratou para usar seus dons proféticos contra o povo de Deus. Como o resultado não foi o esperado, Balaão, desesperado, sugere por fim a Balaque uma aliança entre Israel e Moabe, fazendo com que os israelitas de casassem com mulheres moabitas, o que era condenado por Deus (Deuteronômio 7:1-6).

            Por fim, gostaria de comentar um assunto polêmico. Namorar um descrente tem se tornado uma prática cada vez mais comum no meio da igreja, faremos algumas considerações pertinentes.

            Existe uma história interessante sobre um aconselhamento do saudoso Rev. Spurgeon. Certa feita uma jovem perguntou: - “Qual é o problema em eu me casar com um incrédulo? Eu poderia levá-lo ao Senhor. Isso não é bom?”.

            A resposta foi surpreendente: Spurgeon disse: “Tudo bem, vamos fazer uma coisa”. Havia uma mesa na casa. Ele pediu à jovem irmã para subir na mesa. Ela não sabia por que ele queria que fizesse aquilo, mas atendeu ao pedido e ficou de pé sobre a mesa. Então, Spurgeon estendeu a mão e disse-lhe: “Me puxe para cima”. No entanto, a irmã é que foi puxada para baixo. Ela não pôde puxar Spurgeon para cima da mesa.

Então, Spurgeon falou: “Se você quiser se casar com um incrédulo, isso é o que acontecerá. Você pensa que pode puxá-lo para cima, mas você será puxada para baixo”.

Antigamente, nas Assembleias de Deus, se proibia nas recomendações para os nubentes, inclusive a união de irmãos de Igrejas de denominações diferentes, porque já se observava um problema futuramente.

QUESTÃO CULTURAL/RELIGIOSA

A Bíblia fala sobre Raabe que se humilhou diante dos 2 espias e foi salva da destruição de Jericó. Mais tarde se casou com um homem da tribo de Judá chamado Salmom e teve um filho a quem chamaram de Boaz. Mas imagine as práticas que ela teve que abdicar e a paciência do cônjuge.

Quando José foi coroado no Egito como um homem de confiança ao Faraó, foi-lhe concedida a mão de Azenate, filha de Potífera, Sacerdote de Om (Gênesis 41:45), fico imaginando como era impregnado a idolatria na mente de Azenate.


CONSEQUÊNCIAS

A decadência de Sansão começou quando ele passou a priorizar sua vida pessoal, em detrimento de seu pacto e de sua aliança com Deus. Sansão resolveu casar-se com uma filistéia, contrariando a Lei do Senhor, que proíbe casamentos mistos, para não haver jugo desigual (Levítico 21.14; 2 Coríntios 6.14-18).

Observe que, após os filisteus matarem sua esposa, ele foi tomado por um sentimento de vingança, que foi o estopim, para desencadear vários erros graves na sua vida, que culminou em um fim doloroso para o grande herói da tribo de Dã.

O rei Salomão casou com muitas mulheres estrangeiras, além da princesa egípcia. Muitas delas vieram de nações onde se adoravam ídolos - Moabe, Amom, Edom, Sidom e dos heteus apesar do Senhor ter dado instruções expressas ao seu povo para que não casasse com pessoas dessas nações, porque as mulheres com quem eles casassem haviam de levá-los adorar os seus deuses. Apesar disso, Salomão deixou-se levar pelo amor por essas mulheres, e institucionalizou a idolatria no meio do povo de Deus (I Reis 11).

ESPERANÇA – ESPERAR COM PACIÊNCIA?

Antes de aceitar um compromisso com um descrente, deve-se pensar muito sobre o caso, ou não pensar e rejeitar qualquer possibilidade de isto vir a acontecer.

O fato é que, quando se envolve afetivamente, além do sentimento da paixão, que é momentânea, se constrói uma história, que não é fácil, de se colocar um ponto final.

Geralmente, o companheiro cristão, alimenta a esperança da conversão completa de seu companheiro (a), mas que isso pode não vir a acontecer, ou demandar um tempo muito grande, e neste ínterim, concerteza a expectativa criada, vai lhe trazer muitos momentos de lágrimas, pela uma situação que foi criada pelo próprio crente.

O grande erro, é que consultamos a Deus mais não aguardamos a sua resposta, e na nossa precipitação, estragamos muitas coisas, principalmente, intimidade com Deus.

A Bíblia diz que Satanás cegou o entendimento dos incrédulos (2 Co 4:4).  O companheiro incrédulo, nunca vai concordar com você, pois seus pontos de vista estão cauterizados. Existe uma influência em quase todas as áreas: filosóficas, educação, negócios, relacionamentos.

FAMÍLIA, AMIGOS E TEMPO.

            Outra questão importante é a família e amigos. Por mais que você evangelize, acontece como na parábola da semente, (Mt 13,1-9; Lc 8,4-8), vem os amigos ou os familiares, e com más conversações, põe a perder todo o investimento que você fez.

            Não poderia ser diferente, suponhamos que a família do companheiro (a) não cristão é seguidor do espiritismo, e a dos amigos do catolicismo, tudo isso já terá vindo de berço, e só um milagre para mudar essa situação, pois é uma influência direta.

            Cumpre mencionar que, o cristão em qualquer lugar, quando se comporta de acordo com os ensinos bíblicos, é sempre um alvo de ataques de todos, no caso em tela, será o criticado pela família.

No tocante ao tempo, é um grande problema de ordem geral, existem até pessoas se profissionalizando, para ensinar outras a como gerenciar o seu tempo.

Pois bem, imagine um obreiro (a), convivente com uma pessoa não cristã, que não está envolvido no mesmo ambiente. São evidentes os problemas que surgira oriundos p.ex. de festas sociais (aniversários, casamentos, comemorações em geral), como será que esta pessoa, conseguirá conciliar seu tempo? E se conseguir, imagine o estresse que não estará se sujeitando.

CONCLUSÃO

O julgo desigual em qualquer relacionamento, fará com que, o desobediente, sofra muito, em consequência de suas atitudes. Ainda que Deus, pela sua infinita misericórdia, endireite os caminhos, talvez o desgaste tenha sido muito grande para ambas as partes.

Outrossim, ainda que o companheiro (a) venha verdadeiramente se entregar aos pés de Jesus Cristo, é algo de muito enfado, pois trata-se de uma batalha no campo espiritual, então meu querido leitor, não será fácil.

Você como crente precisa entender os riscos e os sofrimentos que poderão vir, em decorrência de uma aliança com as pessoas erradas.

Acima de tudo, saiba que Deus cuida de seu futuro, se você não só confiar nele, mas principalmente obedecer.

Hoje tenho maturidade para entender o tema acima, não é um pecado em si, mas pode vir a ser uma tentação para o pecado. Todavia, é sim, um peso que a pessoa carrega, pela incompatibilidade de atitudes entre as partes.

Espero que esta mensagem edifique a sua vida e lhe salve de desgostos, caso não concorde com o que escrevi, por favor, se arrisque, pois falo com experiência, e você um dia irá se lembrar deste texto.

Sucesso em Cristo!!!

02/11/2013



[1] Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda Ferreira



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Sinopse da vida de João Ferreira de Almeida – Por Pedro Silva

João Ferreira de Almeida foi reformador protestante e 1º tradutor da Bíblia para a língua portuguesa.
            No ano de 1628 nasce João Ferreira de Almeida em Torre de Tavares, Portugal, filho de pais católicos.
            No ano de 1642 na sua infância muda-se para a Holanda. Aos 14 anos de idade converte-se a fé protestante ao ler um panfleto em espanhol, que impactou os seus sentimentos.
            Aos 16 anos de idade, movido pelo Espírito Santo deu inicio a tradução da Bíblia do espanhol para o português, copiando a mão, fez cópias dos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) e do livro dos Atos dos Apóstolos, entregando para as comunidades de portugueses na Holanda.
            A tradução do Novo Testamento foi concluída em 1645. Os manuscritos desta tradução quando foram encaminhados para serem impressos, estranhamente foram extraviados, causando embaraço aos trabalhos do tradutor, mas jamais desânimo.
            No mesmo ano João Ferreira de Almeida, dedica-se a aprender grego e hebraico com o intuito de realizar uma nova tradução, ainda mais perfeita, desta vez, utilizando os textos originais.
No ano de 1648 se torna Capelão, com o serviço de visitas as pessoas enfermas.
No ano de 1649 se tornou Presbítero, passando a administrar o Fundo Social de Assistência aos Pobres.
No ano de 1650 traduziu e publicou para a língua portuguesa e também holandesa, o panfleto evangelístico, que deu causa a sua conversão, intitulado: “Diferencias de La Cristandade”.
No ano de 1651 muda-se para Djacarta, na Batávia “Colônia Holandesa na Ásia” atual Indonésia, dando prosseguimento ao seu ministério de visitação de enfermos. Ainda no mesmo ano foi consagrado ao ministério pastoral, se aplicando mais aos estudos e dissertação de teses teológicas.
            No dia 22 de Agosto de 1656 é ordenado Pastor das Igrejas Portuguesas na Indonésia.
            No dia 18 de Setembro do mesmo ano, é enviado para uma obra missionária na Colônia Portuguesa do Ceilão (atual Sirilanka).
            No ano de 1658 muda-se para a capital de Ceilão, Colombo, adotando uma postura anticatólica, atacando diretamente as heresias da Igreja Católica Romana.
            No ano de 1661 muda-se para o Sul da Índia, onde sofre perseguições por parte da Inquisição da Igreja, ao ponto que, são queimados publicamente retratos seus. Desta forma, diante da pressão retorna em 1662 para a Batávia.
            No ano de 1670, já com idade avançada e com a saúde prejudicada, João Ferreira de Almeida, passa há dedicar menos tempo à atividade pastoral e maior tempo na tradução das Escrituras. Concluindo em 1676 a nova tradução do Novo Testamento.
            No ano de 1681, em Amsterdã, Holanda, ocorre a 1ª publicação da Bíblia em português, tradução João Ferreira de Almeida.
            No ano de 1682 a Bíblia traduzida para a língua portuguesa chega à Batávia. E em 1683, João Ferreira de Almeida concluiu a tradução do Pentateuco (Genesis, Êxodo, Levitico, Números e Deuteronômio) para a língua portuguesa.
            Diante da sua idade avançada, em 1689 solicita seu afastamento do ofício pastoral. No dia 6 de Agosto de 1691, João Ferreira de Almeida falece na Batávia, com 63 (sessenta e três) anos de idade.
            No ano de 1753 é publicado a tradução de Almeida, em 3 (três) volumes, em 1819 a 1ª publicação da Bíblia completa em um único volume, conhecida como: “Tradução João Ferreira de Almeida”.
            Uma nova versão da Bíblia de Almeida é lançada em 1898 conhecida: “A versão Revista e Corrigida”, encomendada para o Brasil pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira.

 
Fonte: Curso Bíblico: Caminho para o Céu, 12 de Novembro de 2.000.

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