Pode-se se perguntar: em que se consiste, portanto, a diferença entre sacerdotes e leigos no seio da cristandade, uma vez que todos os cristãos são sacerdotes? Resposta: a multidão abusou dos termos “sacerdote”, “padre”. “eclesiástico”, etc., aplicando-os ao pequeno grupo que agora denominamos estado eclesiástico. A única distinção que a Sagrada Escritura reconhece se reduz ao que ela chama sábios ou cristãos consagrados, “ ministri ”, “ servi ”, “ oeconomi ”, ou seja, “ministros”, “servos”, “administradores” porque eles devem pregar aos outros cristãos, a fé e a liberdade cristã. Com efeito, embora sejamos sacerdotes, não podemos todos oficiar ou assegurar o serviço divino e pregar. É o que diz São Paulo (1ª Epístola aos Coríntios 4:1 “Não queremos mais ser considerados senão como servidores de Cristo e como administradores do Evangelho”). Mas agora, dessa função de administrador surgiu uma dominação e um poder temporal e exterior tão pomposo e tão temível que o verdadeiro p...
Nas coisas essenciais, a unidade; nas coisas não essenciais, a liberdade; em todas as coisas, a caridade