terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Manipulando os cristãos – Martin Bobgan e Deidre Bobgan



De que modo às pessoas são arrastadas para um falso cristianismo? Muitas vezes começa nas relações interpessoais normais, quando algumas pessoas tentam convencer outras a adotar um certo ponto de vista ou a participar de um determinado grupo.
A partir do momento que uma pessoa é levada para dentro de um grupo, a dinâmica do grupo começa a atuar. Ao longo dos anos, temos visto o surgimento de movimentos de grupo que usam vários meios de manipulação para atrair, persuadir, intimidar e prender.
O povo de Israel aderia à idolatria das nações vizinhas quando o verdadeiro Deus vivo não lhe dava o que queria, na hora em que queria. É só lembrar que Saul preferiu procurar a feiticeira de En-Dor do que buscar o conselho do Deus vivo.
Quem está com pressa fica vulnerável a cair na tentação carnal de ir atrás desses aventureiros espirituais que afirmam ter encontrado um meio melhor, mais rápido e mais prático de alcançar a plenitude espiritual. Os testemunhos, cura e experiências profundas surgem aos montes.
Embora muito cristãos estejam prevenidos quanto alguns abusos espirituais, eles podem ser atraídos para esses desvios pelo uso de técnicas que descreveremos adiante.
À primeira vista, muitas dessas técnicas parecem inofensivas e até benéficas, mas elas podem ser apenas os primeiros passos que conduzirão o crente a ciladas e experiências contrárias à Bíblia, algumas delas oriundas do ocultismo.
As igrejas começaram a desenvolver ministérios com pequenos grupos, seguindo modelos semelhantes.
Tem ocorrido uma verdadeira explosão de grupos dentro da comunidade cristã que utilizaram atividades individuais e em grupo para promover doutrinas antibíblicas. Os cristãos precisam ter discernimento, porque esses grupos podem usar a Bíblia e parecer muitos bíblicos.
Existem métodos mais enganadores, como usar meios tortuosos para induzir alguém a entrar para um grupo ou seita e induzi-lo a aceitar um determinado sistema religioso.
Uma das mais eficazes dinâmicas de grupo é aquela que apela para as emoções. Se uma pessoa puder se induzida a participar de um evento que envolva as emoções, ela poderá passar facilmente de um sistema de fé para outro. Por exemplo, uma pessoa convidada a participar de uma reunião onde acontecem experiências emocionais.
Durante uma reunião, ela ouve apelos emocionais e vê outras pessoas participando de várias atividades. No meio de toda aquela excitação, a pessoa acaba se deixando envolver emocionalmente e participando daquela experiência. Em geral, essa pessoa se torna participante e apologista.   
Quando pessoas se envolvem em experiências, seu sistema de crenças com certeza é alterado para se ajustar a elas.
As principais formas de atrair os cristãos para participarem de grupos são os convites pessoais contendo testemunhos de crescimento espiritual, curas e aumento da percepção do poder e da presença de Deus.
Quase todos os grupos influenciam seus membros, começando pela família, passando pelos grupos informais de amigos e chegando até grupos mais estruturados.
Os grupos controlam seus membros através de uso de recompensas e castigos sociais (isolamento e desaprovação social).
Os cristãos precisam ficar atentos aos grupos que não são firmados na Palavra de Deus e que atraem e tentam doutrinar através do uso da psicologia e em promessas que agradam à carne.
Algumas técnicas são apenas meios que as pessoas empregam para influenciar umas às outras, tais como usar todo tipo de manifestação de carinho e amor para atrair os membros para o grupo.
Desse modo, elas apelam para o desejo que as pessoas têm de serem amadas e aceitas pelos outros. Primeiro vêm o amor e o carinho; depois vem a pressão para se fazer o que o grupo quer.
De inicio, os pedidos podem ser modestos e fáceis de atender, mas quanto mais a pessoa reagir positivamente, mais comprometida se tornará, chegando ao ponto de assinar acordos, dedicar tempo e/ou dinheiro, assumir mais compromissos e servir aos objetivos do grupo.
Uma técnica de atração particularmente eficiente e bastante utilizada é tratar o convidado de maneira especial, o cobrindo de gentilezas, como demonstração de afeto.
O mecanismo psicológico usado aqui é chamado de “reciprocidade”, cujo o principio é: quando alguém lhe dá alguma coisa, você deve retribuir.
Outra forma de persuasão de grupo tem a ver com a autoridade do líder. Se uma determinada pessoa é considerada uma autoridade, muitas vezes os outros acreditam no que ela diz sem questionar.
De fato, as pessoas frequentemente dão apoio ao líder quando qualquer elemento de fora questiona seus sentimentos.
Embora cada grupo tenha seus procedimentos próprios, há sempre um processo de indução: ser querido, aceito e amado, abandonar certos hábitos, obter cura emocional, ser transformado ou ter propósito e importância na vida.
Outros grupos correm atrás de uma causa comum, como resolver o problema da pobreza mundial.
Quanto mais nos identificamos com um grupo, mais propensos nos tornamos a participar de suas atividades e incorporar suas crenças.
Grupos que demonstram aceitação e amor fazem a pessoa se sentir bem vinda. Isso é comum a todos os grupos que desejam expandir seu número de membros.
A pessoa que já está emocionalmente ligada ao grupo pode aceitar facilmente crenças e práticas contrárias àquilo em que anteriormente acreditava e passar a fazer coisas que nunca teria feito antes.
Em alguns grupos,as pessoas são levadas a participar de atividades de cura interior e libertação de demônios que têm mais a ver com a psicologia e o ocultismo do que com a verdade bíblica.
Baseado em seu amplo conhecimento sobre as formas de controle da mente, o Dr. Philip Zimbarbo argumenta que “a verdadeira força de controle mental eficiente reside nas necessidades básicas que as pessoas têm de serem amadas, respeitadas, reconhecidas e necessárias”.
A teoria da influência social procura explicar várias fases da mudança do sistema de crenças através do envolvimento em grupos.
Primeiro vem a identificação com o grupo depois vem uma fase de transição e a etapa final é a internalização das crenças do grupo. Agora as crenças do grupo passa a ser as do novo membro.
Durante o estágio de identificação com o grupo, algumas pessoas podem descobrir que não se adéquam para elas, ou que não preenchem suas necessidades como pensavam, desta forma, deixam o grupo.    
Contudo, existem outros que gostariam de sair, mas têm medo, porque foram convencidas de que precisam participar para sobreviverem.
Este é um sistema de obras nas quais cristãos estão sob o controle de homens que exercem o poder através de autoritarismo, intimidação e manipulação de grupo.
Os membros são mantidos sempre ocupados com as atividades (reuniões, cultos, evangelismo, etc), até que passam a ter problemas em outras áreas, pois colocou todo seu tempo livre em função do grupo principal (igreja).
 Os lideres agem como mediadores entre Deus e o homem, e usam sua posição de autoridade para falar como se estivessem falando por Deus, tanto acusando como absolvendo.
Qualquer um que exerça esse tipo de liderança sobre a mente de outra pessoa está usurpando a autoridade de Deus e causando danos espirituais e emocionais ao individuo.
Para sabermos se um grupo tem base Bíblica devemos analisar:
1.           Tudo que for dito ou feito deve passar pelo teste de examinar as escrituras;
2.           Não se baseia em testemunhos mas no ensino Cristocêntrico;
3.           Tem como único mediado a Cristo (I Timóteo 2.5) não há homens;
4.           O líder jamais expõe os pecados dos membros;
5.           Os lideres não fazem da oração pregações para atingir determinadas pessoas;
6.           Não permite testemunhos que expõem pecados de terceiros;
7.           Cultiva a verdade e não se baseia em emocionalismo;
8.           Não se deixa guiar pela emoção que neutraliza a inteligência;
9.           Não usa meios de manipulação;
10.         Seus membros estudam a Bíblia.
Só grupos que não se fundam em sistemas humanos podem cumprir os mandamentos Bíblicos. O grupo deve ser o corpo de Cristo, e portanto deve funcionar de acordo com a Palavra de Cristo.

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