1. INTRODUÇÃO
A idéia de ir para o céu
tem perseguido o homem por séculos e determinado o estilo de vida de muitos. Os
religiosos se guiam por sua fé, os esotéricos têm suas crenças, e os ateus
dizem que não há nada.
Em busca deste depois
foram elaboradas inúmeras obras de arte, sacrificadas milhares de vidas e
dedicados esforços na política, religião, ciência e em praticamente qualquer
área.
Além da morte existem
verdades que esperam por nós, lá em cima, nos céus, onde Deus aguarda com as
respostas.
2. A MORTE
SURPREENDE
Para o jogador de futebol
Marc-Vivien Foe (28 anos) da seleção nacional de Camarões, 26 de junho de 2003
era um dia especial em sua vida. Ele e seus companheiros iriam jogar contra a
Colômbia a possibilidade de disputar a final da Copa das Confederações. Era
Também um dia especial para sua esposa e família que esperavam ansiosos pelo
jogo, num estádio superlotado. Naturalmente todos esperavam por uma vitória do
seu time e um bom desempenho de Marc-Viven. Ele se preparava intensivamente
para o torneio e como todos os outros jogadores trataram de estar em excelente
forma física.
O apito do juiz iniciou o jogo às 13h00 em
Lyon, França. O time de Marc-Vivien jogava bem e aos nove minutos fez um gol
que garantia sua colocação final contra a França.
Então aconteceu o
inesperado. Aos 28 minutos do segundo tempo, sem nenhum motivo aparente,
Marc-Vivien caiu, no momento em que voltava para ajudar a marcação. Nenhum de
seus adversários o havia tocado, nem mesmo um dos jogadores de sua seleção. Com
os olhos virados ele permanece estirado no chão! Chocados, os outros jogadores
dão sinal ao departamento médico para fazer o atendimento.
Ainda em campo foi
atendido pelo médico colombiano, Hector Cruz, que tentou “reanimá-lo”. Depois
disso, na beira do campo, outros médicos tentaram, sem sucesso, por mais 40
minutos. Marc-Viven não reagiu a nenhuma tentativa de reavivamento e morreu,
ali, no gramado, diante dos expectadores e das câmeras de televisão.
3. HÁ VIDA
APÓS A MORTE?
Há vida após a morte? Esta
é uma pergunta que tem deixado a humanidade perplexa por milênios. “Até mesmo
teólogos ficam embaraçados quando se confrontam com [ela]”, diz Hans Kung,
erudito católico.
O cristão acredita em céu
e inferno. Os hindus, por outro lado, acreditam na reencarnação, já para os
muçulmanos, após a morte, automaticamente, segue-se para o julgamento perante
Alá.
Tanto budistas como
católicos deixam as portas e as janelas bem abertas quando morrem alguém de sua
família. Acende-se velas, e o caixão é colocado de modo que os pés do defunto
fiquem na direção da porta da frente.
Desta forma, eles
acreditam que essas medidas facilitam a saída do espírito, ou alma, do defunto
de dentro da casa.
Os aborígines da
Austrália, diz Ronald M. Berndt, da Universidade da Austrália Ocidental,
acreditam que “os seres humanos são espiritualmente indestrutíveis”. Certas
tribos africanas acreditam que, depois da morte, as pessoas comuns se tornam
fantasmas, ao passo que as pessoas de destaque se tornam espíritos ancestrais,
aos quais se dará honra e se farão súplicas como líderes invisíveis da
comunidade.
Alguns adotam o ponto de
vista, de que a vida consciente termina por ocasião da morte. Entre os que se
negavam a crer na imortalidade pessoal estavam os famosos filósofos antigos
Aristóteles e Epicuro, o médico Hipócrates, o filósofo escocês David Hume, o
erudito árabe Averroés e o primeiro dos primeiros-ministros da Índia, após a
independência, Jawaharlal Nehru.
4. ORIGEM
DA DOUTRINA DA IMORTALIDADE DA ALMA
Pitágoras, famoso
matemático grego, sustentava que a alma era imortal, antes dele, Tales de
Mileto, considerado o mais antigo filósofo grego conhecido, achava que a alma
imortal não existia apenas em homens, animais e plantas, mas também em objetos
tais como um imã, visto que pode mover ferro.
No Irã, ou Pérsia, um
pseudo profeta, chamado Zoroastro surgiu a. C. Ele introduziu uma adoração que
veio a ser conhecida como zoroatrismo. Era a religião do império Persa, que
dizia que a alma do justo ficava em alegria e a alma do mentiroso em tormento.
Os egípcios sustentavam
que a alma da pessoa morta seria julgada por Osíris, o deus principal do mundo
do além. Os egípcios também mumificavam seus mortos e preservavam os cadáveres
de faraós em impressionantes pirâmides, visto que achavam que a sobrevivência
da alma dependia da preservação do corpo.
Os babilônios também
acreditavam que alguma espécie de vida, em alguma forma, continuava após a
morte. Expressavam isso por enterrar objetos junto com os mortos, para uso
deles no Além.
Cumpre mencionar, que
tanto Sócrates como Platão retocaram o conceito que a alma é imortal, e o
transformaram num ensino filosófico, tornando-se assim mais atraente às classes
cultas dos seus dias e depois.
É cediço, que as
testemunhas de Jeová, acreditam na doutrina do sono da alma. Segundo essa
doutrina, as almas das pessoas que morrem ficam dormindo junto com o corpo.
5. IMORTALIDADE
DA ALMA NAS RELIGIÕES ORIENTAIS
As tribos eurásicas,
migratórias, trouxeram consigo à Índia a idéia de transmigração da alma, se
espalhando por toda Ásia. Essa idéia agradou aos gurus Hindus, que se deparava
com o problema do sofrimento humano, mesclando com o chamado lei do carma,
desenvolveram a teoria da reencarnação, que é o suporte principal do hinduísmo.
O budismo foi fundado na
Índia por volta de 550 a.C. Segundo a tradição budista, um príncipe indiano de
nome Sidarta Gautaman, conhecido como Buda, fundou o budismo.
Visto que se originou do
Hinduísmo, os ensinos são similares, para Buda, após a morte, se transmitia
alguma condição ou força de uma vida para outra. Segundo o budismo, essa força
não cessa com o não-funcionamento do corpo, que é a morte.
Desta forma, por este
ensino, a existência, é eterna, a menos que a pessoa alcance o objetivo final
do nirvana, e ficar livre do ciclo de renascimentos. O nirvana, não é uma vida
após a morte, mas um completo estado de inexistência do ser. Vale frisar, que
este pensamento do budismo altera dependendo o local, porque ele se ajustou aos
usos e costumes de cada região.
Havia no Japão, antes do
budismo, o xintoísmo, que entende que a alma que partiu, ainda conserva a sua
personalidade, mas fica manchada por causa da morte. Para “lavar a alma”, os
familiares em vida, devem fazer rituais em memória do falecido, só então este
alcançara o paraíso.
Fundado por Lao-Tsé, o
taoísmo, a pessoa que dele participa, buscando a união com a natureza se torna
imortal. A busca pela imortalidade levou os taoístas a experimentar a produção
de pílulas de imortalidade e alquimia.
Outra religião oriental é
o jainismo, que foi fundado no século VI a.C. Seu fundador, Maavira, ensinava
que todas as coisas vivas têm alma eterna.
6. A ALMA
SEGUNDO A BÍBLIA
A palavra hebraica
traduzida como “alma” é né-fesh, e ela ocorre 754 vezes nas escrituras
hebraicas no antigo testamento. O nome hebraico refere-se ao inteiro ser vivo,
ao individuo como um todo, p. ex. Gn 2:7.
É mencionada, mais de cem
vezes no novo testamento, como psy-khé, muitas vezes, igualmente se referindo à
pessoa como um todo, p.ex. Jo 12:27, At 2:43, Rm 13:1, I Ts 5:14, I Pe 3:20.
Portanto, a alma também pode se referir a uma criatura viva.
Mas a alma também aparece
ligada a questão da vida, p.ex. Êx 4:19, Js 9:24, II Re 7:7, Pv 12:10, Mt
20:28, Fp 2:30, em cada caso a palavra alma significa vida.
7. POR QUE
MORREMOS?
Segundo o professor Eurico
Bergstén,
o pecado sujeitou o homem à morte, (Gn 2.17), o apóstolo Paulo escreveu que por
um homem entrou o pecado no mundo, (Rm 5.12).
Existem três tipos de
morte, pela ótica da teologia (física, espiritual e segunda morte), porém,
estamos trabalhando nesta obra, com as duas primeiras.
A morte física começou
desde o dia do pecado de Adão no Éden (Gn 3.19), assim com a morte, tem a
separação do espírito, alma e corpo.
A alma segundo o
entendimento do mesmo autor é a parte que orienta a vida do corpo, e estabelece
o contato com o mundo em redor, enquanto o espírito é a parte do homem que lhe
oferece a possibilidade de relacionamento com Deus.
8. QUE
ACONTECE COM ALMA E O ESPIRITO NA HORA DA MORTE?
A alma e o espírito que
deixam o corpo ficam a disposição de Deus para serem encaminhados ao lugar que
corresponda com a vida que levaram, para ali aguardarem o dia da ressurreição.
O espírito/alma do justo
para o paraíso, nos termos dos versículos, (Lc 23.43, II Co 5.8), onde gozarão
descanso (Ap 14.13), consolação e felicidade (Lc 16.23,25).
Em outra situação é o
espírito do injusto que irá para o hades, ou sheol em hebraico, um lugar de
tormento, onde aguardarão a ressurreição para o julgamento final (Lc 16.22,23;
Ap 20.11,12).
9. A MORTE
PARA O VERDADEIRO CRISTÃO
Pelo fato de Jesus Cristo
ter ressuscitado todos os crentes também ressuscitarão. Portanto, não
precisamos nos desesperar quando uma pessoa crente a quem amamos morrer.
Todos os crentes que viveram em todas as
épocas estarão reunidos na presença do próprio Deus, sãos e salvos. Desse modo,
a morte não é mais uma fonte de apreensão e medo. Cristo venceu e nós também
venceremos a morte. Por essa razão, temos uma esperança além do tumulo.
10. ORIGEM
DO VELÓRIO
Existem controvérsias,
contudo um fato esta intrinsecamente ligada ao velório como conhecemos, entre
os anos de 1.600 a 1.700 na Europa, muitas pessoas morreram envenenadas porque
usavam utensílios de estanho, que oxidava com seu uso.
Mas os copos de estanho,
quando misturados com bebidas alcoólicas, davam o que a medicina chama de
narcolépsia, espécie de sono profundo, cuja pessoa neste estado, poderia ser
facilmente confundida com um morto.
Desta forma, muitos
vigiavam o corpo antes de enterrar, para verificar se a pessoa realmente tinha
ido a óbito, deste costume, pode ser que deu origem ao velório do corpo.
11. COMO AS
GRANDES RELIGIÕES VELAM SEUS MORTOS?
- JUDAÍSMO
– Reunião de familiares e amigos. O caixão sempre fechado, ladeado de
velas para que o espírito encontre um caminho iluminado. As mulheres
cobrem suas cabeças com um lenço e os homens com o quipá. Não existem palavras
de consolo, contudo, é possível um discurso de homenagem ao falecido. Em voz
alta se faz a leitura de salmos.
- HINDUÍSMO
– Ritual de preparação do corpo, seguindo-se da cremação.
- BUDISMO
- Reunião de familiares e amigos. Os visitantes levam ofertas para os
familiares do morto. O corpo é colocado em um caixão, com um rosário
budista enrolado em suas mãos, junto ao caixão acende velas e incensos.
Fazem orações e recitam textos considerados inspirados. Alguns oferecem
alimento e água sobre um altar como símbolo do desapego.
- ISLAMISMO
– O corpo deve ser sepultado depressa, e a cerimônia, serve para os
familiares terem tempo de agilizar a burocracia para o enterro. Os homens
se apresentam bem trajados, e as mulheres de cabeça coberta. Todos os
presentes ficam envoltos do caixão, e rezam para que a alma do falecido
siga em paz seu caminho. Em alguns funerais, tem música na cerimônia.
- CRISTIANISMO
- Reunião de familiares e amigos geralmente recebe as condolências. O
caixão é aberto para que as pessoas presentes, caso queiram toquem o
corpo. Os católicos celebram a missa. Existe a presença de um padre que
faz as exéquias (reza para encomendar o corpo) para a vida eterna. Uma
cruz é colocada em cima do caixão e quatro velas são acesas ao redor. As
velas simbolizam a luz de Cristo ressuscitado e são acesas para iluminar o
caminho da alma até a eternidade. Os familiares recebem flores, que
simboliza “primavera da vida que floresce na eternidade”.
12. CONCLUSÃO
Desde o momento do
nascimento há a constante possibilidade de que o ser humano morra a qualquer
momento; e esta possibilidade inevitavelmente se tornará um fato consumado.
A verdade sobre a alma e o
espírito, liberta você do medo da morte, do medo dos mortos, do desespero por
causa da morte dum querido.
A palavra de Deus diz: “Todo aquele que crê em
mim nunca morrerá.” João 11:26
Em cristo tenha paz e esperança, porque Ele é
a ressurreição e a vida.