quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Paralítico de Betesta - Por Wagner Pedro



Evangelho de João capítulo 5 versículos 1 ao 15 nos relata a história.
Os evangelhos dizem que Jesus viajou pela Galiléia e pela Judéia e que curava os incuráveis.
Não foi para chamar um exército o que se esperava do salvador, que Cristo veio ao mundo, mas ele sempre demonstrou uma atitude radical. Buscava as multidões que eram desprezadas pelos sacerdotes do templo e os primeiros de sua lista eram os doentes e enfermos.
O evangelho de João conta a história de um tanque água subterrânea (aquífero) em um lugar chamado Betesda, em Jerusalém.
Os doentes podem ter vindo aqui com a esperança de uma possível cura, as águas, poderiam fazer com que os doentes acreditassem que era um sinal de que o tanque tinha poderes milagrosos, e todos entravam apressados para se banhar.
Em Hamat Gadeer, existe até hoje um antigo SPA na Galiléia,que pode ser bem esclarecedor para entendermos o texto, as banheiras são provas, da imensa demanda pela cura na antiguidade.
Existia pouca higiene na época, consequentemente muitas doenças, a vida era difícil, metade da população morria precocemente, entre 18 e 30 anos.
As pessoas iam ao aquífero tomar banho por várias razões diferentes, também para alcançar curas, independente da enfermidade.
Os doentes e enfermos eram um grupo de excluídos socialmente, razão pela qual Jesus queria cuidar deles.
Mas a passagem que conta sobre o homem do tanque comprovou sua existência, arqueologicamente, todavia, não milagrosamente. Atualmente, não existem tanques chamados Betesda em Jerusalém, os arqueólogos souberam onde procurar, devido às referências do evangelho de João, que diz que, Betesda estava logo ao lado do portão das Ovelhas.
O portão das ovelhas estava ao norte da cidade e o norte da antiga cidade, é hoje um sitio arqueológico com ruínas que datam do tempo de Jesus.
Nos anos 60, os arqueólogos encontraram um templo do século I, de Esculápio, o deus romano da cura, eles também encontraram uma série de tanques de pedra.
Desta forma, para mim, não resta dúvidas que em um desses tanques, que se passou a história do paralitico de betesda.
O lugar que João nos dá no capítulo 5 do evangelho é que ele estava do lado de fora do portão das ovelhas, e o portão das ovelhas na parede ao norte, do templo estava a apenas 50 metros do sítio arqueológico descoberto.
Em frente ao portão das ovelhas, os romanos construíram duas grandes piscinas, estas eram típicas banheiras romanas, onde o povo poderia vir a se banhar, isto durante o dia, os doentes provavelmente iam durante a noite, mas eles se dirigiam a um local atrás das duas piscinas, onde os romanos, também construíram um templo ao deus da cura Esculápio.
Abaixo do templo, foi construída uma série de banheiras, porque fazia parte do culto a Esculápio. Consequentemente, muitas pessoas doentes aderiram à religião e provavelmente congregariam nos tanques também.
 Diante do exposto, o que os pregadores do evangelho fazem na exposição deste texto, é mais um erro clássico, pensando que o anjo citado na história deve ser interpretado de forma literal, quando os indícios apontam, que se tratava de mais uma idolatria da época.

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